18/08/2012 às  08:01

ÁRVORE DA VIDA, UM FILME QUE ME CATIVOU E RECOMENDO

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Foto: DIV
Árvore da Vida: melhor filme de Terence Malick
Árvore da vida, Terrence Malick, EUA, 2011. Estupendo, porém difícil colocar em letras aquilo que me foi revisto, ou melhor, rediregido. Uma certeza sobre a abstrata e genial fita eu tenho: Estamos vendo colocações de diálogos e cenas que valoram o sentido da vida, de viver.

E como isso não é fácil a fita vai nessa mesma toada; não de suma é um filme de difícil entendimento, mas de fato um entendimento assertivo, pessoal e intransferível.

A minha percepção sobre sem duvidas a melhor obra desse diretor de mais de trinta anos de carreira a apenas cinco realizados, é que se narra a vida, que nunca foi fácil com todas suas nuances, dificuldades, porém em contrapartida abordam-se as coisas boas como o fato de "vir para o mundo", ter o amor dos seus filhos, educá-los, etc.

Esse filme me cativa, confesso, e aí já pegando a palavra "confesso"como um pano de fundo para comentar sobre o lado religioso que o filme através de sua atriz esposa do Brad Pitt sempre citara que era: na vida ou segue-se o caminho da natureza ou o da glória: diz ela , que aprendera com as freiras que o caminho da glória é o melhor, mais digno.

E o caminho da natureza não respeita nada, só quer saber de ter e dar prazer. Muito radical, mas para um filme do mesmo gênero não poderia existir início e desfecho de "sugestão" melhor para estupendo filme. Aos críticos à moda antiga que me perdoem que só escrevem filmes de época, mas Árvore da Vida tem seu lugar não só como um dos melhores filmes contemporâneos, mas como um dos melhores filmes da história.  
                                                         **
E aí comeu?
Com a pífia direção do Felipe Joffily , 2012, Brasil. Esta é uma típica comédia nacional que satisfaz em cheio o nosso produto consumidor, ou seja as populações das classes C, D e E.

Com uma forte pegada machista do começo ao fim em seu roteiro o filme alista, ou melhor convoca três atores de ponta desse vulgo nicho: Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira e Emílio Orciollo Neto E o filme não diferente de seus protagonistas vai sempre nessa toada de conversa de botequim sobre o sexo oposto, quais deles são traídos, quantos deles traem , o que elas gostam na cama e eles por sua vez, ou seja um tremendo besteirol made in Brasil que apetece em cheio a maioria da população.

Porém mesmo com um roteiro caótico e atores fazendo o que se esperavam dele: papéis de canastrões, a película tem suas tiradas de sarro, tais como a piada do oferecer um danoninho a uma adolescente sedenta por sexo, ou seja: querendo dar. E com essa deixa do "querendo dar" ou "querendo comer" e de certa forma entrando ( lá ele ) no espírito da comédia nacional me despeço dessa resenha razoável de um filme pra lá desse mesmo termo também.  
                                                              **
Prometheus
do sempre visionário Ridley Scott, EUA, 2012. Visionário pelo fato da superprodução colocar em "cheque" a origem da "origem humana", sem pleonasmos, mas com reticências pertinentes e cabíveis. A ideia central do filme é que o homem fora oriundo de extraterrestres e não da teoria Darwiniana das evoluções das espécies.

E estes por sua vez, os nossos "pais" extraterrestres, digamos que ficaram descontentes com o resultado final de sua "prole", nós humanos; de modo que "nossos pais"resolvem nos exterminar de uma vez só ao invés de esperar matarmos um ao outro menos rapidamente. Nós, humanos e inteligentes, antevendo esse "problema" damos um pulo para fora do nosso planeta a fim de descobrirmos ou tentar "frustrar" os planos "maternos" de destruição da mãe Terra.

Com esse enredo e bons atores o filme te puxa para baixo da poltrona e você fica ali vendo, percebendo e remoendo tudo aquilo que jurava ter sabido. Que nós somos seres evoluídos de espécies menos evoluídas, que a estória de Adão e Eva, que fora feita da costela dele, tudo isso é jogado para o alto e você já quase no chão saindo da poltrona tem vontade de gritar: Para aí essa nave que eu quero descer, já não sei o que acreditar. Com essa visceralidade ficto-científica Ridley Scott faz umas das suas melhores obras, embora muitos discordem achando a fita um belo devaneio. Exagerado ou não a fita tem seu valor por mostrar fatos que nos tirem da poltrona ou do nosso conforto e de certo modo instiga a debater de que nem tudo está explicado como deveria.

 
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