Miudinhas
Tasso Franco
10/01/2023 às  12:36

MAIS VELHA QUE A INDEPENDÊNCIA DA BAHIA 78 ANOS LAVAGEM CELEBRA O BI

Bem mais velha do que a folclórica Guerra da Independência em que Maria Quitéria não deu um tiro


   1. Para garantir que o roteiro até a Colina Sagrada, durante a Lavagem do Bonfim, seja realizado da forma mais confortável e agradável possível, a Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Manutenção (Seman) e da Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), realiza periódicas ações de manutenção. São efetuados reparos, adequações e substituições conforme a necessidade de cada logradouro.


 2. Dentre as atividades realizadas estão a manutenção de toda malha viária, através da Operação Tapa Buracos, fator que proporciona segurança no tráfego dos pedestres por todo o cortejo. Outra ação efetuada com frequência diz respeito à constante poda das árvores em todo o percurso da lavagem e no perímetro da Colina Sagrada.

 3. Também são alvos de constantes manutenções a revisão do sistema de drenagem, com ações de limpeza, desobstrução e recuperação dos dispositivos, o reparo pontual em calçadas públicas e manutenção do mobiliário urbano e das academias de ginástica nas praças que foram requalificadas. As equipes promovem ainda reposição de tampas e grelhas furtadas ou vandalizadas, a exemplo do que foi realizado recentemente na Praça Marechal Deodoro (Praça das Mãozinhas), no Comércio, bem como a limpeza manual das caixas de sarjeta e a desobstrução da rede de drenagem da região.

 4. No Largo do Bonfim, a Seman realizou o reparo das lixeiras e dos bancos, reposição de peças de granito quebradas, e a cobertura no local das grelhas de ferro furtadas, além da limpeza manual das caixas de sarjeta e a desobstrução da rede de drenagem.

 5. No chamado "Caminho da Fé", que envolve o trajeto entre o Santuário de Santa Dulce dos Pobres até a Baixa do Bonfim, houve manutenção dos totens, limpeza manual das caixas de sarjeta e desobstrução da rede de drenagem. Foram realizadas ainda ações de manutenção e revisão do sistema de drenagem na Praça Municipal, Igreja da Conceição, Mercado Modelo, Avenida Jequitaia, Água de Meninos, Largo da Calçada e Caminho da Fé (Avenida Dendezeiros). Nas praças do percurso houve ações de pintura, recuperação e reposição de equipamentos vandalizados.

 6. O secretário de Manutenção, Luciano Sandes, explica que, mesmo com todas as ações de manutenção realizadas no último mês, é possível observar que o vandalismo dos bens públicos é uma constante, e que o furto das tampas e grelhas de ferro dos dispositivos da rede drenagem estão numa crescente. “Algumas grelhas furtadas na Praça das Mãozinhas, no Comércio e na Colina Sagrada, no Bonfim, foram substituídas por peças de granito, mas algumas destas já foram furtadas ou quebradas. Essa ação criminosa também ocorre em itens do mobiliário urbano, como vasos de plantas, bancos das praças e totens do Caminho da Fé, na Avenida Dendezeiros”.

 7. O gestor completa que, apesar do cronograma intenso de vistorias e serviços, surge constantemente a necessidade de intervenção imediata ou realização de desobstrução urgente da rede de drenagem, geralmente bloqueada pelo descarte irregular de lixo.

  8. A Companhia de Desenvolvimento Urbano de de Salvador (Desal) também já concluiu as ações de recuperação e manutenção das áreas do entorno do circuito da Lavagem do Bonfim. Foi executada a recuperação de passeios, meio fio, mobiliários urbanos e equipamentos públicos nos limites do circuito.

 9. Do entorno da Igreja da Conceição da Praia até a colina sagrada, vários metros de passeios foram construídos do zero, alcançando um total de aproximadamente seis quilômetros de atuação, onde foram recuperados meio-fio, rampas de acessibilidade, bancos e pintura completa.

 10. A Desal concluiu também a recuperação de bancos e balaustradas. Praças e monumentos passaram por manutenção e recuperação de alguns brinquedos e equipamentos, além de pinturas e substituições. As equipes de campo efetuaram ainda a colocação de esculturas em formato de esfera, para determinar a divisão de ruas e acessos. A fim de realizar qualquer ação emergencial, equipes de carpintaria, serralheria, fabril e pinturas estarão a postos em locais estratégicos, para eventuais ações de emergência.

  11. Quatro anos depois de sofrer um incêndio, o Monumento à Cidade do Salvador, também conhecido como Fonte da Rampa do Mercado, volta à Praça Cairu, no Comércio, após ser completamente recuperado pela Prefeitura. Além disso, o local também receberá mais uma peça artística: um monumento em memória às vítimas da Covid-19 e em homenagem aos profissionais de saúde na capital baiana. A entrega dos equipamentos acontecerá na Praça Cairu nesta quarta-feira (11), às 17h, com as presenças do prefeito Bruno Reis e demais autoridades municipais.

  12. O Monumento à Cidade, também chamado de Fonte da Rampa do Mercado, foi reproduzido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal) com fidelidade ao projeto anterior, de autoria do artista Mário Cravo Júnior (1923-2018).

  13. Já o monumento em memória às vítimas da Covid-19 e em homenagem aos profissionais de saúde foi encomendado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e produzido pelo artista plástico Tatti Moreno (1944-2022).

  14. Quatro anos depois de sofrer um incêndio, o Monumento à Cidade do Salvador, também conhecido como Fonte da Rampa do Mercado, volta à Praça Cairu, no Comércio, após ser completamente recuperado pela Prefeitura. Além disso, o local também receberá mais uma peça artística: um monumento em memória às vítimas da Covid-19 e em homenagem aos profissionais de saúde na capital baiana. A entrega dos equipamentos acontecerá na Praça Cairu nesta quarta-feira (11), às 17h, com as presenças do prefeito Bruno Reis e demais autoridades municipais.

  15. O Monumento à Cidade, também chamado de Fonte da Rampa do Mercado, foi reproduzido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal) com fidelidade ao projeto anterior, de autoria do artista Mário Cravo Júnior (1923-2018).

  16. Já o monumento em memória às vítimas da Covid-19 e em homenagem aos profissionais de saúde foi encomendado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e produzido pelo artista plástico Tatti Moreno (1944-2022).

  17. Completando 278 anos, a Lavagem do Bonfim, a maior festa religiosa da Bahia, retorna em 2023 com o tradicional cortejo saindo de Comércio em direção à Colina Sagrada, após dois anos de interrupção, devido ao protocolo sanitário imposto pela pandemia. Na quinta-feira (12), as atividades terão início às 6h, com a “Corrida Sagrada” e em seguida, às 7h, ocorrerá a saída da 8ª Caminhada “Lavagem de Corpo e Alma”, que deverá reunir 20 mil pessoas no percurso de 8 km.

  18. Às 8h acontecerá a cerimônia religiosa, denominada “Ato de Fé”, celebrada pelo pároco da Basílica da Conceição da Praia, padre Everaldo Pires da Cruz, e encerrada com o Hino ao Senhor do Bonfim, entoado pelo coral da Basílica. A queima de fogos na Rampa do Mercado anunciará o início do cortejo, com a presença de baianas, autoridades, entidades culturais e população seguindo a pé até a Basílica Santuário Nosso Senhor do Bonfim.

 19. Na Colina Sagrada, o reitor da Basílica do Bonfim, padre Edson Menezes, transmitirá uma mensagem da janela central da igreja, rezará com os fiéis uma oração pela paz e concederá a bênção, apresentando a imagem do Senhor do Bonfim ao público. Em seguida, haverá a lavagem do adro da igreja e o recolhimento de doações de gêneros alimentícios.

  20. A programação religiosa traz como tema “Há 100 anos cantando Glória a Ti neste dia de glória”, em homenagem ao bicentenário do Dois de Julho – a Independência do Brasil na Bahia. “A expectativa é de grande participação de fiéis, uma vez que ficamos dois anos sem a festa. Além da lavagem, destaco a celebração, no último dia da novena (já em curso), da santa missa solene, a principal, que acontece no domingo (15), às 10h30, presidida por Dom Sérgio da Rocha, cardeal arcebispo metropolitano da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, que, em seguida, dará a bênção apostólica com indulgência plenária”, disse o pároco da Basílica do Bonfim.

 21. Autor do livro “A Invenção da Tradição – Uma História sobre o Culto Festivo ao Senhor do Bonfim da Bahia”, o historiador Francisco Nunes explica que a celebração “nasce em Salvador com fórum de tradição, devido ao culto que já havia ao Senhor Bom Jesus do Bonfim em Portugal, como ele é conhecido naquele país. Essa história se relaciona com Theodózio Rodrigues de Faria, capitão de mar e guerra da marinha portuguesa, que trouxe a imagem do santo para Salvador, em 1745. Três anos antes, ele se livrou de um naufrágio com sua tripulação e aportou em Lisboa, fato que atribuiu à sua fé no santo”.

 22. Nunes acrescenta que o culto ao Senhor do Bonfim é institucionalizado na hoje capital baiana, em 1754, quando sua imagem é trasladada da Igreja da Penha, onde ficou abrigada por nove anos, para a então recém-construída basílica do santo. “Embora já houvesse irmandade e missa ao Senhor do Bonfim, é só então que a lavagem ganha seus primeiros contornos e a devoção se amplia. No fim do século XVIII, surgem as baianas, um dos elementos mais emblemáticos da festa. As mulheres negras ligadas às casas mais antigas de candomblé participam do cortejo com roupa branca, de ração, chegando à colina para distribuir aos fiéis banhos com água de cheiro, com a qual elas lavam o adro da igreja”.

23.  O historiador ainda explica que a famosa fitinha com a inscrição “Lembrança do Senhor do Bonfim” foi criada em 1809, por Manoel Antonio da Silva Servo, tesoureiro da irmandade devotada ao santo, com a finalidade de amealhar fundos para as obras da igreja. “O nome não era fitinha nem lembrança, mas medida. Porque tratava-se da medida que correspondia à distância entre a mão esquerda e o coração da imagem do santo. E só vinha escrito ‘Senhor do Bonfim’”, pontuou. 


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