Miudinhas
Tasso Franco
25/06/2021 às  20:19

NÚMERO DE INFECTADOS PELA COVID APÓS SÃO JOÃO CAI PARA 15.482 NA BAHIA

Estatística apresentada pela Sesab com 89 óbitos


   1. Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.088 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) e 3.448 recuperados (+0,3%). O boletim epidemiológico desta sexta-feira (25) também registra 89 óbitos. Apesar de as mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram realizados hoje. Dos 1.114.392 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.075.250 já são considerados recuperados, 15.482 encontram-se ativos e 23.660 tiveram óbito confirmado.


2. O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.357.373 casos descartados e 231.063 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta sexta. Na Bahia, 50.664 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

3. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 23.660, representando uma letalidade de 2,12%. Dentre os óbitos, 55,78% ocorreram no sexo masculino e 44,22% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,94% corresponderam a parda, seguidos por branca com 22,26%, preta com 15,45%, amarela com 0,42%, indígena com 0,13% e não há informação em 6,79% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 60,83%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (72,91%).

4. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
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5. Um misto de esperança e alegria. Este sentimento é unânime entre todos os profissionais envolvidos na estratégia de imunização contra a Covid-19 em Salvador. São pessoas como a coordenadora Ana Cristina Nicomedes, a Maria Gotinha, até o marinheiro da ambulancha do Samu, que leva os imunizantes às ilhas, passando pelos guardas municipais e agentes de trânsito que dão suporte no transporte e ordenamento das filas nos pontos de imunização – todos eles trabalhando para uma missão em comum: salvar vidas.

 6. Em cerca de cinco meses e meio, a megaestrutura de imunização montada pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), contribuiu para que a capital baiana ultrapassasse a marca de 1 milhão de pessoas vacinadas com a primeira dose – atualmente, são aplicadas na cidade as vacinas CoronaVac, da Oxford/Astrazeneca, da Pfizer e a Janssen. 

7. Nessa estratégia, que atualmente envolve mais de 1,5 mil profissionais, alguns desses trabalhadores relatam o dia a dia e a alegria de poder imunizar mais e mais soteropolitanos, nessa verdadeira batalha contra o coronavírus.

  8. Com 20 anos de profissão, Nicomedes, como gosta de ser chamada, atua na vacinação desde março. Hoje, ela gere a Unidade Básica de Saúde Eunísio Coelho Teixeira, no Saboeiro, e também coordena equipes de vacinadores nos drive-thrus e postos. Além de imunizar, ela também leva alegria ao público. “Estávamos em um momento tão sofrido, tão tenso, e resolvi levar a dança para animar as pessoas. Levo meu radinho e começo a dançar e alegrar a espera da vacinação”.

   9. Ela, que trabalha oito horas por dia, também incorpora personagens. Nesse período junino, criou a Nico Gotona, ou Maria Gotinha, inspirada no mascote do Ministério da Saúde. “Comprei os materiais, fiz o rosto do Zé Gotinha, me vesti e fizemos o forró. Vou sempre nessa animação, com esse brilho, essa luz que tentamos resgatar e levar a dose de esperança para a população”.

  10. A gestora afirma que as pessoas ficam bastante empolgadas quando vão receber a dose e ela se sente feliz em participar deste ato, porque, nas palavras dela, “a coisa está braba”. “Eu tô nessa garra, nessa luta no dia a dia para que a gente consiga o mais rápido possível voltar a ter essa energia, essa troca tão gratificante de ter o contato um com o outro com um abraço forte, muito gostoso. Eu durmo e acordo pensando que dia vamos conseguir realmente vacinar todos de fato, e esse vai ser o dia de uma grande festa – a da imunização de toda a população”.

 11.  O coordenador do Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário e Ilhas, Moisés Teles, é aquele que chega às comunidades com a esperança em mãos, levando os lotes da vacina para a população mais distante nas ilhas de Maré, Bom Jesus dos Passos e dos Frades. Aos 42 anos e há cinco deles atuando na região, ele comenta que o dia começa sempre antes das 7h e segue até tarde da noite, organizando toda a logística para o embarque do dia seguinte.

  12. “Dois dias, três dias antes realizamos uma reunião para fazermos o esquema com segurança e qualidade, e sempre conscientizando os profissionais de que a imunização é por um bem maior”, relata. Ele lembra que a chegada do primeiro lote foi marcante. “Foi um misto de abrir as portas e dar as boas vindas à esperança, a algo novo”, afirma Teles, que se mostra orgulhoso em ver a vacinação nos jornais não só da Bahia, mas do país.

   13. O profissional destaca ainda que foi necessário vencer também os desafios no âmbito pessoal: uma separação e o momento longe dos filhos. “Estar longe deles para protegê-los foi um momento diferente na vida, que me ensinou muito e vem ensinando diariamente. Digo que papai não pode estar presente todos os dias, que estou salvando vidas, cuidando das pessoas e isso mexe comigo. Mas, quando tenho folga tento ficar com eles”, conta.

   14. O lema, segundo Teles, é amar o que faz. “A gente está marcando o nome na história, é algo muito mais além do que estávamos acostumados. E você ouvir da população um ‘Deus te abençoe’, ‘estou orando por você’, isso não tem preço. É de onde tiro a força: das palavras, do olhar, de todo o gesto de carinho de um paciente imunizado”, salienta.

   15. Marinheiro com 20 anos de navegação, Charles Almeida, de 45 anos, é o responsável por levar e trazer os vacinadores e os imunizantes com segurança na ambulancha do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele diz que poder ajudar e contribuir com a cura das pessoas é uma coisa maravilhosa.

   16. “Bato no peito e digo: vou levar a vacina para o pessoal de um lugar que não tem acesso direito, e fico contente com isso. Eu ajudo a levar esperança ao pessoal que não tinha como vir pra cidade, transportando a vacina até eles. É indescritível”, declara.

   17. O apoio na vacinação também envolve profissionais de outras áreas, como os agentes da Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador). Com 22 anos no órgão, o agente de trânsito André Almeida se diz privilegiado por participar desse processo, algo que está acontecendo em todo o mundo. “Fazer parte dessa história, poder estar na linha de frente é um privilégio. A gente é o primeiro chegar e o último a sair, por isso, pra mim, é gratificante”.

  18. Os agentes iniciam o serviço de ordenamento das filas nos drives e apoio aos pedestres às 6h, com o deslocamento para os pontos de vacinação. Todos os locais contam com ao menos dois agentes e uma viatura de apoio. Nos pontos com mais fluxo como, por exemplo, no Centro de Convenções de Salvador (Boca do Rio), na Arena Fonte Nova (Nazaré) e no 5º Centro de Saúde (Barris), o efetivo é maior, chegando a quatro agentes e duas viaturas.

   19. Já a Guarda Civil Municipal (GCM) atua na escolta dos lotes de vacinas – um bem tão importante nesta pandemia e que traz esperança de dias melhores, como considera o inspetor-geral Marcelo Silva. “Também levamos alegria através da Banda Guardiões da Cidade (formada por agentes da GCM) para os pontos de vacinação e instituições hospitalares. É uma parceria que tem sido exitosa”.

   20. Silva conta que, no início da vacinação, os agentes chegaram a trabalhar mais de 12h por dia, começando a rotina às 6h30 saindo do Complexo Municipal de Vigilância à Saúde com as vacinas em direção aos postos, já que a imunização tem início às 8h. Ele lembra que, em um único dia, o efetivo chegou a atuar em mais de 80 pontos de Salvador. “É muito satisfatório, porque a cidade depositou em nós a missão de ajudar de maneira tão direta em um momento difícil. O sentimento é de honra e felicidade”, completa.




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