Miudinhas
Tasso Franco
25/03/2021 às  14:01

BRASIL TEM MAIS DE 300 MIL MORTOS PELA COVID E GRANDE CRISE HOSPITALAR

Crise hospitalar em grande dimensão em várias cidades


   1. Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.830 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) e 3.955 recuperados (+0,5%). O boletim epidemiológico desta quarta-feira (24) também registra 135 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas hoje. Dos 779.321 casos confirmados desde o início da pandemia, 748.687 já são considerados recuperados, 16.142 encontram-se ativos e 14.492 tiveram óbito confirmado.


2. O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.103.680 casos descartados e 180.804 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira. Na Bahia, 45.016 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

3. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.492, representando uma letalidade de 1,86%. Dentre os óbitos, 55,94% ocorreram no sexo masculino e 44,06% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,98% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,29%, preta com 15,08%, amarela com 0,51%, indígena com 0,14% e não há informação em 8,00% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 68,49%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,04%).

4. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
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5. O Brasil chegou a 300.015 mortes pelo novo coronavírus nesta quarta-feira, 24. São mais de 300 mil despedidas em pouco mais de um ano de pandemia - muitas delas em meio ao colapso hospitalar e sem a assistência médica necessária. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram 2.009 óbitos nas últimas 24 horas, totalizando agora 300.685 vítimas fatais.

6. Brasil vive seu pior momento na pandemia, tendo registrado na véspera um recorde de mais de 3 mil óbitos em um único dia. O País é apenas o segundo a ultrapassar as 300 mil mortes por covid-19 no mundo, após os Estados Unidos.

7. Além disso, o Ministério da Saúde ainda reportou nesta quarta-feira 89.992 novos casos confirmados de coronavírus no País, o que eleva o total de infectados a 12.220.011, também a segunda maior marca global.

8. Esse total de vítimas é um número grande demais para caber na cabeça da gente. São todas as pessoas que moram em cidades como Palmas, no Tocantins, ou Limeira, no interior paulista. Nessa escala, os números já não são distantes de nós. Estão no relato da vizinha que perdeu o marido, na prima que mora longe ou mesmo no condomínio ou na nossa rua. Direta ou indiretamente, todos perdemos alguém ou conhecemos alguém que se foi. Trezentos mil.

9. O descontrole da pandemia aqui tem reflexo no mundo. O Brasil completou na sexta-feira, 19, o período de duas semanas como o país com mais mortes diárias pela covid no mundo, apontam dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford (Reino Unido). Nessa última semana, o Brasil foi responsável por 27% dos óbitos de todo o planeta. O País ultrapassou os Estados Unidos na sexta-feira, 5, quando registrou 1,8 mil novos óbitos (ante 1.763 dos EUA). A partir daí, a diferença só aumentou.

10. A maior crise sanitária e hospitalar da história do País, na definição da Fiocruz, tem vários rostos por trás dos números. São pessoas que sofreram perdas - algumas evitáveis - relacionadas às diversas carências do Brasil no combate à pandemia. Em Bauru, a família do comerciante Marco Aurélio Oliveira precisou de uma medida judicial para conseguir uma vaga na UTI. Em Teresina, a técnica de enfermagem Polyena tentou uma reanimação no chão por falta de maca disponível - a unidade de pronto-atendimento (UPA) estava cheia.


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