Miudinhas
Tasso Franco
08/12/2019 às
20:59
BAHIA JÁ COMPLETA 13 ANOS E SEGUE ADIANTE COM RESPEITO À INFORMAÇÃO
Na trilha de espinhos seguimos em frente com a lição de que os antidemocráticos passarão
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O nosso site www.bahiaja.com.br completa neste 8 de dezembro, 13 anos de existência. Lançamos a primeira versão experimental quando da fundação da Ojuobá Projetos de Comunicação, em julho de 2006, mas, só fomos de fato ao ar no dia 8 de dezembro. Na época, a produção editorial era feita em Brasília, pois, em Salvador, pouquissimos profissionais atuavam nessa área do web-design.
2. E, claro, entre marchas e contra marchas, ajusta daqui e dacolá, conferências online foram 4 meses de pente-fino para lançar o site. Lembro e registo, a contribuição do saudoso jornalista Badu que nos ajudou nessa tarefa e dos jovens designer Adriana e Bruno.
3. Projeto relativamente ousado para a época, 2006, uma vez que sequer as agências de publicidade da Bahia sabiam como lidar com essa nova tecnologia não possuiam carteiras ou departamentos voltados para os sistemas on-line.
4. Já tinha enfrentado esse mesmo problema quando, em 1993, montei o Bahia Hoje, com o basco Pedro Irujo, que foi o primeiro jornal com sistema computadorizado da Bahia e um dos primeiros do país com planta completa toda no computador. As agências de publicidade, ainda mecânicas e manuais, como se diz na linguagem da web "piraram".
5. Pioneirismo tem seu preço. A questão é que alguém tem que começar. E o Bahia Já, junto com o Bahia Noticias, ainda naquela época com o nome de Samuel Celestino, e outros sites de veículos impressos da capital, trilharam por esse caminho, sem retorno. Hoje, estima-se, há mais de 1500 sites e blogs de informações na Bahia, sem contar outros dedicados a música, a engenharia, ao direito, a medicina e demais.
6. Imaginem vocês que, em 1993, quando colocamos o Bahia Hoje, planta do primeiro jornal informatizado a cultura dos sites era praticamente inexistente no Brasil ainda que, nos Estados Unidos, os primeiros dominios da internet datem entre 1985/1987. A internet foi criada com o nome de "Arpanet", em 1969. O popularíssimo, hoje, Google foi fundado em 1998.
7. Portanto, quando fundamos o Bahia Hoje não criamos um portal porque faltava-nos informações, conhecimento. A internet chegou ao Brasil, em 1988, o NYT colocou seu portal em 1993 e o JB pioneiro no Brasil, em 1995. Mesmo assim, o arquivo do Bahia Hoje extingiu a pesquisa do estilete (gilete press) das pastas e jornais encadernados.
8. Teria sido uma chance de ouro se tivessemos feito isso. Não houve um erro por que nem tecnologia havia na Bahia. E, também não pensamos nisso.
9. O Bahia Já nasceu 13 anos depois, em 2006, mas, já tinha lançado, em 2003, um portal intitulado "Crônicas da Bahia", só de crônicas literárias. Ainda era secretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador quando implantei essa página, pioneira no Estado.
10. Os sites e blogs vieram para ficar e deram uma baixa enorme nos jornais impressos. É só olhar, no caso da Bahia, o que aconteceu com A Tarde, Correio e Tribuna da Bahia. Hoje, o Portal A Tarde e a FM A Tarde são mais importantes do que o jornal. A Tarde (o impresso) teve uma hegemonia e poder na midia durante mais de 40 anos. Hoje, perdeu terreno. E o Correio, que superou A Tarde, em impresso; também perdeu terreno para seu portal.
11. O mais novo site de Salvador nasceu na semana passada, o Muita Informação, comandado pelo ex-editor de Politica da Tribuna da Bahia, Osvaldo Lyra, que teria sido demitido do jornal por isso. Quem perdeu? O jornal, óbvio. A informação, com os sites, ficou mais democrática e um jornalista vira empresário da noite para o dia. Quem poderia fazer isso, em 1980?
12. O Bahia Já durante esses 13 anos passou por várias mudanças para dar aos seus leitores o melhor que pode. Há limitações. Poderia avançar para uma TV e rádio, mas, falta-nos recursos financeiros e disposição fisica. Não é fácil está à frente de um veículo no ar 24h, com uma equipe de colaboradores pequena, e aos 74 anos de idade, de domingo a domingo, e ainda sofrendo boicote de gestores de contas publicitárias antiemocráticos. Tarefa dura, dificil. Espinho puro.
13. Hoje, também enfrentamos as redes sociais, todos nós sites e blogs. Todo mundo acha que pode ser jornalista e divulga em contas pessoais pelo twitter, facebook e outros, opiniões de toda natureza, muitas delas "fake-news". A robótica também chegou forte nesse meio e é público e notório como alguns políticos estão se aproveitando dela para manipular opiniões. E empresas para vender produtos.
14. Ninguém sabe o que é gato e o que é lebre. Consumidor e leitor se deixa influenciar porque usam-se técnicas de conscientização de forma massificada. Não duvide você comprar um pedaço de papelão como se fosse bacalhau. Há, nos dias atuais, muita gente caindo no conto da internet do E-Comércio pirata comprando iphone e recebendo tijolo.
15. Como distinguir o joio do trigo é a questão que se enfrenta nessa "guerra" da comunicação. Uma coisa, no entanto, é consensual, a notícia se impõe pela responsabilidade como se trata um fato e o público, com o decorrer do tempo, salvo para os fanáticos (e o Brasil está repleto deles) segue aqueles que têm cuidados especiais com a apuração dos acontecimentos. Com os produtos a mesma coisa. Prefira, sempre, as marcas e empresas respeitadas. Nome disso: credibilidade.
16. Essa é a nossa missão. Não mudaremos esse foco, hoje, com o jornalismo da integração, e vamos seguir adiante até que tenhamos forças físicas e mentais.
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*** O Bahia Já usa as ferramentas do twitter, instagram, facebook e canal de youtube.
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