Miudinhas
Tasso Franco
31/08/2016 às
19:31
CICLO PETISTA NO PLANALTO se encerra, mas o PT ainda está vivo (TF)
Veja nosso comentário e opiniões do governador, da senadora Lidice e de parlamentares baianos
MIUDINHAS POLITICAS:
1. Há quem diga que o ciclo político do PT no Brasil, pelo menos no poder máximo, se encerrou com a saída de Dilma Rousseff. Ledo engano. Houve e há um desgaste enorme do partido e dos seus chefes políticos, especialmente, Lula da Silva, os quais meteram as mãos pelos pés e muitos deles estão presos na Operação Lava Jato e o próprio ex-presidente já denunciado pela Policia Federal, mas, o PT ainda é um partido vigoroso.
2. A presidente Dilma insiste em passar a imagem de uma politica insuspeita diante da opinião pública mas tem imensa responsabilidade no que aconteceu com o país, esse enredo que levou a Petrobras a uma semi-falência, como se ela não soubesse de nada e a gestão pública estivesse acima das leis. A Petrobras é apenas um exemplo do descalabro de um governo que deixa um legado de 11.5 milhões de desempregados.
3. O PT, com Lula no governo, em tempos idos, antes de se lambuzar com a elite, fez muito pelo país. Isso deve ser registrado. A presidente Dilma, dando sequência a esse ciclo, a rigor, foi uma peça usada por Lula para alcançar o poder absoluto e se viu envolta numa teia de aranha, sem saída, sem articulações com o Congresso Nacional sofrendo uma derrota pior do que a do afastamento de Fernando Collor.
4. O que vai acontecer daqui para a frente só o tempo dirá, mas, uma coisa esboça-se como certa, desde já, que o PT sofrerá um imenso desgaste nas eleições municipais que se aproximam e poucos vão querê-la em palanque. E, muito menos a Lula. O caso de Salvador é sintomático: um estado com um governador petista este partido não conseguiu sequer lançar um candidato no colégio eleitoral mais importante, a capital.
5. Os petistas (e outros) vão usar o argumento de que houve um golpe, como a ex-presidente Dilma diz, um duplo golpe porque sofrera também com 1964, ou um golpe parlamentar como se coloca, e/ou uma perda para a democracia, mas, o impeachment é um peça constitucional e os petistas de hoje estão esquecidos do impeachment de Collor que apoiaram e votaram. Quando Itamar assumiu, em 1992, ninguém disse que a democracia estava golpeada.
5. Diga-se, sim, que houve uma agressão à Constituição por parte do Senado ao votar um destaque que modifica termos da Constituição ao pemitir que a ex-presidente tenha direitos políticos assegurados e possa exercer cargos públicos. O que é um absurdo uma vez que se trata de matéria reservada a uma PEC e isso só pode ser aprovado por Emenda Constitucional e não por destaque.
6. O importante, a partir de hoje, é que o país deixa essa condição de ter dois presidentes, uma afastada e outro em exercício, e passa a ter um presidente de direito e de fato. Caberá a Michel Temer e sua equipe dar uma organizada no país, resolver essa questão da Previdência que é um saco sem fundos, cuidar da saúde pública, outra grande mazela, e colocar o país nos eixos acabando com essa bagunça de desrespeito às leis com invasões de terras, de propriedades e assim por diante.
7. E trabalhar no sentido de buscar investimentos, de gerar empregos, colocar a economia para funcionar o governo ajustando suas contas, reduzindo seu absurdo custeio e fechando os cofres para um monte de projetos que só faz sangrar os recursos do país. A população que foi às ruas desfraldando a bandeira do Brasil estará atenta a essas questões. Roubalheira nunca mais.
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OPINIÕES:
8. A votação do Senado Federal confirmando o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff da Presidência da República, nesta quarta-feira (31), por meio do impeachment, foi comentada pelo governador Rui Costa.
9. Rui criticou duramente a decisão, fruto, segundo ele, de “fome de poder”, e afirmou que a democracia é a causa que leva a liberdades e transformações sociais, mas, para o governador, muito ainda tem que ser feito para a sua consolidação no país.
10. “Trinta e um de agosto passa a ser uma data amarga para a história do Brasil. Não lutei durante minha juventude para permitir o regresso do autoritarismo, do poderio na marra, revelados no decorrer de todo esse processo. Vou continuar lutando de forma intransigente em defesa dos interesses da Bahia", disse.
11. Logo após a sessão final de julgamento do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (31/08) no Senado, Lídice da Mata, senadora pelo PSB-BA, disse que “o que aconteceu foi a cassação do mandato de uma Presidente da República, sem crime de responsabilidade”.
12. A votação foi feita em duas etapas: na primeira, 61 senadores aprovaram o impedimento de Dilma, contra 20 votos por sua manutenção na Presidência da República. Na segunda etapa, os senadores decidiram se ela ficaria inabilitada para funções públicas por oito anos. Nessa questão, Dilma manteve seus direitos por 43 votos favoráveis, 36 contrários e 3 abstenções.
13. Indignada com o resultado, Lídice disse que o Senado foi transformado num “colégio eleitoral”. E completou: “É lamentável. Estarei lutando, a partir de amanhã, para a mudança imediata da lei do impeachment. Esta é uma lei superada, uma lei que não aprimora a democracia no Brasil e cria a instabilidade política e jurídica que, agora, estará sob as cabeças de todos os governantes desse País, governadores e inclusive do novo Presidente”.
14. O líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Sandro Régis (DEM), acredita que agora, após o impeachment de Dilma Rousseff, o Brasil terá, enfim, condições de seguir adiante o rumo da sua reconstrução.
15. O parlamentar, que ressaltou o caráter legítimo e constitucional do processo de afastamento da presidente da República, lamentou o fato de o país ter sido obrigado a passar por momentos tão dolorosos de descrédito internacional e estagnação econômica que tanto afetaram a vida dos brasileiros.
16. " O nosso sentimento nesse momento é de que o Brasil inicia um novo ciclo de reconstrução e fé no futuro", enfatizou, acreditando que o povo brasileiro e suas instituições democráticas saem fortalecidos e dispostos a virar a página de um período de 13 anos governado por um partido que, segundo Régis, em nome do seu projeto de perpetuação de poder, aparelhou o Estado, cometeu crimes de responsabilidade fiscal, manipulou contas públicas para assegurar a reeleição e protagonizou o mais alarmante escândalo de corrupção que se tem notícia.
17. A líder da Bancada Feminina na Assembleia Legislativa, deputada Luiza Maia (PT), comentou nesta terça-feira (31) a cassação da presidenta Dilma Rousseff: “A prova de que esse impeachment não passa de golpe é que, mesmo impedida, Dilma vai permanecer elegível. Enquanto o usurpador e golpista Michel Temer, agora empossado, está inelegível”.
18. “Dia triste para a nossa Democracia! Não queria estar na pele daqueles que hoje comemoram esse golpe. Tenho certeza que muitos dos que gritam ‘tchau querida’, amanhã irão chorar com o pacote de maldades que Temer vai concretizar no país”, afirmou a parlamentar.
19. O deputado estadual Alex da Piatã (PSD), através das suas redes sociais, lamentou a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rouseff (PT) nesta quarta-feira (31). Para o pessedista, a democracia brasileira vive um dia de luto.
20. “A democracia vive um dia de luto pelo golpe sofrido. Uma presidente foi eleita por 54 milhões de brasileiros e teve seu mandato ceifado pelo Senado Federal sem a comprovação do seu crime de responsabilidade. Isso fragiliza as nossas eleições. Isso fragiliza a democracia”, disse.
21. O parlamentar estadual, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, também parabenizou a postura dos senadores baianos que foram contra o impeachment, principalmente o senador Otto Alencar (PSD).
22. O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) declarou, nesta quarta-feira (31), após o fim do julgamento que afastou a presidente Dilma Rousseff (PT) definitivamente, que “o processo foi um golpe para aprovar medidas que atentam contra os direitos dos trabalhadores e para salvar os envolvidos em corrupção”.
23. Acompanhando a votação do Palácio do Alvorada, junto com outros parlamentares e movimentos sociais, Valmir lembrou a origem do impeachment com as chantagens do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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