Miudinhas
Tasso Franco
17/04/2014 às
21:50
GREVE DA PM: Wagner perde mais uma e Prisco sai como lider maior da PM
Veja nosso comentário da geve da PM que durou 3 dias e os reflexos no mundo da política
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Óbvio se dizer que a greve da PM é politica. Já comentado aqui neste site de que não existe "greve filantrópica" nem "greve cultural". Terminada a geve, por decisão da Assembleia dos PMs, a questão a ser analisada é quem ganha e perde com a geve dos 3 dias entre os partidos e candidatos.
2. Nas greves de 2012, da PM e a prolongada dos professores, quem perdeu foram Nelson Pelegrino, então candidato a prefeito da capital pelo PT, e o governador Jaques Wagner, o qual teve sua imagem de eficiência administrativa arranhada. Deixar professores em 100 dias de greve passou de limites do razoável, do poderável, o ensino público baiano capenga até hoje.
3. Agora, com tons diferenciados das greves de 2012, não há greve dos professores cujo sindicato já assinou acordo com o governo até 2016, e a greve da PM, que terminou hoje, teve uma dimensão de pavor menor do que a de 2012, ainda que tenha sido alarmante para a população e com nítidos prejuizos ao comércio, a Cesta do Povo e a cidadania.
4. A greve mostrou que a cidadania do povo baiano é quase zero na medida em que foram destruidos equipamentos públicos que só beneficiam a própria população, os ônibus circulam com meia boca e a cidade viveu dias de pânico. Não sei se em outra parte do mundo tem coisa nesse similaridade.
5. A partir de agora, a "guerra verbal" amplia seu curso com parlamentares governistas acusando particularmente o vereador Prisco (PSDB) e o deputado capitão Tadeu (PSB) de serem os mentores da greve para beneficar a sí, o primeiro candidato a deputado estadual, e o segundo a deputado federal, e também com o objetivo de beneficar Paulo Souto, candidato da coligação DEM/PSDB/PMDB ao governo; e a senadora Lidice da Mata, candidata a governadora do PSB/Rede.
6. Os partidos de oposição negam e rebatem as insinuações dizendo que, se há alguém culpado pela greve é o governador Jaques Wagner que teve tempo de sobra para negociar com a categoria e não conseguiu chegar a um acordo. E mais: que a situção se deve ao caixa quebrado do governo.
7. De chofre, diria que Wagner voltou a ser o perdedeor, mas, não saberia auferir, em tão pouco tempo, se esse reflexo vai prejudicar em qual dimensão a campanha de Rui Costa, PT ao governo, ainda que não seja da mesma forma como prejudicou Pelegrino, pois, os PMs, liderados por Prisco, souberam recuar a tempo, não promoveram arruaças como em 2012 e se mostraram mais inteligentes.
8. O mesmo podemos dizer de Wagner, o qual agiu rápido, convocou a Força Nacional e se cercou de cuidados para que a greve tivesse fim o mais rápido possível mantendo o diálogo com a tropa mesmo depois de declarada a greve.
9. Wagner diz que não deseja criminalizar a política carimbando a greve como de mero oportunismo político, ainda que reconheça que foi isso que existiu. Mas, Wagner tem precedente e particou de greves no estado quando era candidato a deputado federal. Portanto, dificil dele sustentar que a greve foi meramente politica ou politiqueira.
10. Souto e Lidice se comportaram bem. Negaram qualquer aspecto de natureza política na greve para os ajudar na campanhar 2014, o primeiro dizendo que deveria prevalecer o bom senso e a negociação;e a segunda afirmando que desjeva que a PM retornasse logo ao trabalho.
11. Também é fato que, o soldado Prisco é o grande líder da PM, isso sem desmerecer em nosso comentário o papel das outras associações, incluindo a dos oficiais.
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12. Com o encerramento da paralisação dos praças e oficiais, o Governo do Estado e representantes de entidades de policiais militares vão retomar as negociações para implantação do Plano de Modernização da PM. As conquistas anunciadas antes do movimento foram mantidas e houve consenso nos seguintes pontos:
13. - aumento da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) dos praças na proporção de 25% para as funções administrativas, 45% para as operacionais, 65% para os motoristas e Regime de Tempo Integral (RTI) para os oficiais, com atualização da lei;
14. - retirada para nova discussão da proposta do Código de Ética e rediscussão das propostas do Estatuto e Plano de Carreira;
15. - rever os processos administrativos e disciplinares referentes à mobilização de 2012; e regulamentar o artigo 92 do Estatuto dos Policiais Militares, nas bases a serem negociadas com o Governo do Estado, Associações e PM o artigo trata dos auxílios alimentação, funeral, fardamento para alunos em formação, transporte e bagagem.
16. Os pontos de consenso estão em um documento assinado por dirigentes de seis associações representativas da categoria, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, e o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.
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16. Estamos no México acompanhando o noticiário e a repercussão local da morte de Gabriel Garcia Marques, o escritor colombiano Nobel da Paz que morreu hoje nesta cidade e aqui vivia há anos. A comoção é geral no meio intelectual e nos setores da midia. O Gabo era muito querido no México e suas obras são muito lidas.
17. O mexicano tem muito mais apreço pela cultura do que o brasileiro. Impressiona em quaisquer comparativos. A cidade tem 150 museus com filas nas portas. O Mueseu de Antropologia só perde em dimensão para o do Egito.
18. O ex-prefeito de Camaçari e pré-candidato a deputado federal, Luiz Caetano, rebateu a matéria publicada na revista norte-americana “The Economist”, intitulada como "Soneca dos 50 anos".
19. A publicação faz uma dura crítica ao mercado de trabalho do Brasil e a produtividade dos trabalhadores brasileiros. De acordo com Caetano, os Estados Unidos é o responsável pelo declínio da economia internacional, que levou diversos países para a maior crise econômica dos últimos cinco anos. "Improdutivo é o imperialismo norte-americano que, há tempos, explora o mundo inteiro e, ainda assim, quebrou a própria economia", disparou.
20. Para o deputado federal Nelson Pelegrino (PT), que acompanhou as negociações entre o Governo do Estado e a Polícia Militar (PM) durante toda a semana, o fim da greve reflete o esforço conjunto pelo diálogo.
21. “Estou muito satisfeito. A sociedade estava sofrendo com esta paralisação que não podia se prolongar. Trabalhamos para que o desfecho fosse o melhor. O Governo acatou exigências e fez concessões, sempre dialogando com a categoria” - explicou.
22. Pelegrino ainda parabenizou a “conduta firme, mas serena” do Governo para evitar que a greve acontecesse e depois para que se encerrasse o mais rápido possível. “Sou testemunha deste esforço e realmente a paralisação tinha de terminar. Agora, só torcer para que tudo volte logo à normalidade”.
23. O senador Walter Pinheiro (PT-BA) destacou, nesta quinta-feira (17), a atuação do Governo da Bahia para o fim da greve da Polícia Militar (PM). “O fim da greve tem o posicionamento firme do governo em defesa da segurança para população. A proposta aprovada é a mesma de terça”, disse.
24. Ele participou da coletiva que o governador Jaques Wagner deu à imprensa para anunciar o fim do movimento grevista.
25. Ainda segundo Pinheiro, "o compromisso com a população, o respeito à corporação por parte do governo e o papel do judiciário foram decisivos para o entendimento", disse.
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