Miudinhas
Tasso Franco
04/10/2012 às  19:00

ENXURRADA DE PESQUISAS É NOVA ONDA DO MARKETING POLITICO DA ENGANAÇÃO

Usineiros do Nordeste vão colocar a boca no trombone diante da quebradeira



Foto: FO
Ivete Sangalo e Xuxa missa de 7º dia em memória a Hebe Camargo.
   MIUDINHAS GLOBAIS:

    1. Faltando dois dias para as eleições impressiona a quantidade de divulgação de pesquisas feitas por "institutos" do interior do estado, alguns deles sem a menor credibilidade, tanto que juizes têm impugnado várias simulações, numa nova onda de marketing de encomenda que se transformou num grande negócio. E o que é mais grave: tem blogs e outros veiculos de comunicação assinando pesquisas que, em tese, seriam encomendadas por candidatos.

    2. É uma pouca vergonha sem limites. O TRE/TSE precisa regulamentar esse mercado de encomenda além da exigência de registrar a pesquisa, uma vez que basta um grupo ou pessoa criar uma empresa, registrar como instituto de pesquisa, copiar técnicas consagradas para aferição de procedimentos e, pronto, armou-se uma pesquisa. Nesta eleição municipal são dezenas de "institutos" atuando em todos 417 municípios baianos.

   3. Os candidatos descobriram esse processo, alguns deles têm veiculos de comunicação no interior, especialmente emissoras de rádios, e isso provoca grandes estragos em seus adversários, muitas vezes com dados forjados. Só hoje juizes suspederam divulgações de 3 pesquisas no interior do Estado.
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    4. Quem assistiu ao debate entre Barack Obama e o  republicano Mitt Romney, transmitido ao vivo pela Globo News, com tradução simultânea, e CNN Internacional, em inglês, deve perguntar aos seus botões onde foram buscar as regras que norteiam os debates entre os candidatos brasileiros. O que se passa aqui, como disse Hamiltion Assis, na TV Aratu, é um "teatro".

    5. Mesmo quando são somente dois os contendores, não se vê um embate direto e incisivo com grande adrenalina, deixando a sensação que a TV brasileira quer agradar a gregos e troianos e irritar os pobres incautos que gastam suas horas de sono para presenciar algo modorrento.
 
     6. A presidente Dilma foi obrigada a declarar, em comício que participou em Belo Horizonte, que não é contra a cobrança, pelos estados, de "royalties" sobre a exploração mineraria, apesar de ter vetado, na promulgação da MP nº 563, a criação da Contribuição Financeira sobre Extração Mineral - CFEM, conforme esse BJÁ registrou atraves do link http://www.bahiaja.com.br/colunista_texto.php?idArtigoColunista=2607 , a qual foi incluída no texto por iniciativa das bancadas mineiras e paranaenses, ligadas a governadores pessedebistas.

    7. Tentou, em verdade, se livrar do desgaste do veto sobre uma fonte de receita que beneficiaria Minas Gerais e seus municípios, dizendo que a motivação foi de ordem jurídica, porque daria lugar a muitas questões de ordem legal e que vai mandar projeto de lei para estabelecer o tributo, que pode beneficiar também a Bahia.




    8. Tudo leva a crer que os usineiros nordestinos começam a dar sinais de que vão botar a boca no trombone sobre a crise que enfrentam, já que o Sindicato do Açúcar de Pernambuco - Sindaçúcar - vai pedir a antecipação do dia 6 de dezembro para 26 deste   da reunião da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura  e Pecuaria – Mapa, com  objetivo de submeter logo   ao citado orgão consultivo  uma agenda de competitividade para o setor sucroalcooleiro.




   9. Argumenta que precisa da retomada da nossa competitividade e não aceita mais  desdém com um setor que é pilar de sustentação sócio-econômica no Nordeste e no Brasil, pois,  somente no Norte e Nordeste o setor gera mais de 300 mil empregos diretos.




   10. O setor produtor de energia limpa deva ser também incentivado por suas externalidades ambientais, diante do quadro em que a safra da região Nordeste será, em média, inferior à temporada passada, entre 12% e 15%, sendo que em alguns locais, a queda chegará 30%.




   11. Como em Pernambuco dá cobertura ao empresariado muita gente quer saber qual é a posição do setor na Bahia.




    12. A empresa  Hershey, maior fabricante de chocolate da America do Norte, decidiu  que, até 2020, usará, como fonte, 100% do cacau certificado  nas  suas linhas de produtos de chocolate, pelo que deve acelerar seus programas para ajudar a eliminar o trabalho infantil no oeste africano, com uso de  auditores independentes.




   13. Atualmente, o cacau certificado representa menos de 5% da oferta mundial do produto, embora a Hershey acredite que seu futuro compromisso de compras  deva expandir significativamente a oferta global de cacau certificado, particularmente do oeste africano, que produz cerca de 70% da colheita mundial da amêndoa.

   14. Quanto ao cacau brasileiro continuará na sua “via crucis” com preços de venda  não remunerativos aos produtores, levando-os a adotar o sistema de parceria com trabalhadores, que estão, em regra, inscritos no programa Bolsa Família.

    15. E continua o inferno astral do dito homem mais rico do Brasil, já que a média de produção por poço da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, em Tubarão Azul, na Bacia de Campos, foi de 5,2 mil barris de óleo equivalente (BOE)/dia em setembro, taxa, ligeiramente inferior à observada em agosto (5,7 mil BOE/dia), sendo considerada  a menor desde o início da produção no campo.

    16. De acordo com o material de atualização  entregue à Comissão de Valores Mobiliários - CVM, a produção total da OGX atingiu 10,4 mil BOE/dia em setembro, volume  inferior aos 10,6 mil BOE/dia registrados em agosto, sendo que, em junho, a petroleira frustrou o mercado ao definir a vazão ideal para os dois primeiros poços de Tubarão Azul em 5 mil BOE/dia.

    17. No material disponibilizado, a OGX informou que pretende utilizar injeção de água (técnica que permite elevar a vazão do reservatório) e tecnologias de fraturamento químico hidráulico para aumentar produção, tendo também informado que está perfurando um poço de delimitação, o OGX-85, na acumulação batizada de Fortaleza, em águas rasas no pré-sal da Bacia de Santos, mas  ressalta ter encontrado apenas  indícios de óleo leve e condensado.

    18. Tomara que não se confirme as previsões dos técnicos da Petrobras, inclusive externada pelo ex-presidente, José Sergio Gabrielli, de que os planos de Eike Batista eram mirabolantes e não retornariam os investimentos efetuados.

    19. Segundo o Banco Mundial - BIRD, o crescimento econômico na América Latina será menor do que o estimado anteriormente devido à contínua desaceleração global,  projetando para a região crescimento de 3% neste ano, abaixo de sua estimativa anterior de 3,5  a 4 %, contra um crescimento, em 2013, de 3,8 a 4%.

    20. A justificativa é a queda no ritmo de crescimento da China, como  maior risco imediato à região, dado a politica economica impulsionada por um crescimento nas commodities, ficando  fortemente dependente de exportações e vulnerável a um declínio na demanda global, especialmente a chinesa, dada a importante parceria comercial.

    21. Alguns economistas acreditam que o declínio chinês é cíclico, um resultado da menor demanda mundial por seus bens, especialmente na Europa, bem como outros acreditam que a China pode estar experimentando uma mudança estrutural, em que o forte crescimento liderado por exportações do passado transforma-se em ganhos mais modestos baseados na expansão doméstica.

    22. A desaceleração do crescimento na América Latina, segundo o BIRD, não se traduziu, entretanto, em menos emprego, pois  a taxa de desemprego de 6,5%, em 2011, se aproximou de mínimas históricas, abaixo do pico de 11% na virada do século.

   23. Produtores de Goiás se associaram a indústrias gaúchas para a produção da cabaça, cujo  fruto seco é usado na confecção de cuias de chimarrão, em virtude do  clima seco  dessa região, que se assemelha com o oeste baiano, podendo a se tornar numa alternativa de produção, apesar dos plantios serem de cerca de 200 ha e os produtores baianos desta região só pensarem em cultivos  mega, da ordem de 1.00 há para cima.

   24. Na região sul do País, a cabaça é plantada na safra de verão e leva seis meses entre o plantio e a colheita, mas, no cerrado goiano,  a cultura é uma alternativa para a safrinha (realizada entre duas grandes safras) e em menos de cinco meses os frutos ficam prontos para serem transformados em cuias de chimarrão, com os  agricultores recebendo cerca de R$ 0,30 por cada unidade da cabaça.

 

 


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