Miudinhas
Tasso Franco
29/07/2012 às
21:01
A CRISE INTERNACIONAL, JAC E SINAIS NEGATIVOS NA ECONOMIA, p T. FRANCO
O Mercosul, a chegada dos chineses na Venezuela e interesses da Odebrecht e Cia
: Pimenta na Muqueca |
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Protesto dos professores em Itabuna e falta de recursos para 22% de reajuste |
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O adiamento da instalação da Jac Motors, em Camaçari, é apenas um dos sinais negativos na economia brasileira já salientados pela presidente Dilma Rousseff, em Londres, ao saber de demissões na GM, em SP, e cobrando da montadora manutenção dos empregos diante da isenção do IPI. Mas, a presidente, com bom senso, reconheceu que a crise européia atingiu o Brasil e o mercado global e não serão medidas aqui e acolá que podem resolver o problema. No máximo, caso do IPI, ameniza.
2. A receita dada pela presidente, que já foi um copydesk de Lula, foi tentar aumentar o consumo interno brasileiro com os brasis. Acontece que o endividamente das famílias chegou ao limite e está todo mundo segurando o cinto, alguns apertando, para que não aconteça um desequilibrio maior, tanto que o comércio, apesar das inúmeras promoções, teve a primeira queda das vendas desde 2009, da ordem de 0.8%, em maio último.
3. A grande maioria das familias brasileiras já está com o básico, salvo aqueles que estão na linha da pobreza e recebem ajuda do governo pelo Bolsa Família e pelo Brasil Sorridente. A expectativa do mercado mesmo com a crise rondando o Brasil é de manutenção dos empregos nos patamares atuais com crescimento do PIB em 2% ou pouco mais; pouco menos.
4. Hoje, o grande problema apontando pelos especialistas está na falta de competitividade da indústria nacional , além de sofrer uma retração nas exportações em 45% no primeiro semestre do ano. O problema é complexo e mesmo com a Selic em 8% ao ano a indústria não dá sinais de colocar o pé no acelerador, num país onde é cada dia mais caro produzir por acá.
5. Além disso, há uma sobreoferta de produtos no mundo diante da crise européia e os consumidores da Ásia e dos Estados Unidos e Canadá, salvo em comodities e produtos do agronegócio, compram pouco do Brasil. Quando a China traz carros da JAC via Porto de Salvador para vender na Bahia pode se tirar o que está acontecendo no mundo. Enquanto isso, não temos competência para uma contrapartida nos mercados sequer os emergentes, incluindo a própria China.
6. O governo sinaliza que neste segundo semestre a economia vai embalar um pouco mais, mas, os sinais até agora não apontam nessa direção. Os reflexos são imediatos: a arrecadação de impostos no Brasil caiu 6.5% pela primeira vez no ano. E, na Bahia, não será diferente. A Sefaz ainda não anunciou os números do semestre do ICMS. A próxima rodada sobre o desempenho da economia estatal se dará na Assembleia, do segundo quadrimestre, no inicio de setembro próximo. É esperar.
7. O governador Wagner segura tb o cinto. Está com a greve dos professores em sua porta desde abril, mas, sabe que se afrouxar o cinto, desequilibra as finanças do estado. E, em ano de crise internacional, vide o que aconteceu em 2009, toda cautela é pouca.
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8. Depois da "bolsa-revolucionário" e aqui na Bahia tem até deputado recebendo vem aí a "bolsa-idoso".
9. Quando se imaginava já ter visto tudo na vida vê a lista dos supersalários do TJ/BA. Que loucura!
10. A ministra da Cultura, Ana Hollanda, anuncia nesta quinta-feira, 2, programa de fomento às artes com verba de R$160 milhões.
11. O recado de Manoel Horácio diretor da TIM na TV é inóquo. Primeiro tem que melhorar os serviços para depois aparecer na TV falando lero-lero.
12. Enquete do BJÁ aponta nos leitores copm 36.35% que o Bahia não tem jeito, em 2012; 30.3% disseram que só terá jeito se houver eleições diretas no clube; 18.18% apontam que a direção precisa deixar de trazer "ferro-velhos" para o time; 10.61% dizem que é preciso organizar uma boa divisão de base; 4.55% que a direção deveria contratar o técnico português José Mourinho.
13. (Âmbito Financiero - AR, 26) - 1. A conceituada revista The Economist já deixou bem claro: - "O MERCOSUL se dirige para uma união sócio política" para abandonar a estrutura comercial original. Existem vários acordos (comerciais) já firmados pelo bloco que exigiriam uma adesão imediata (e pronunciamento político) por parte de Caracas.
14. Entre eles, o tratado comercial assinado entre o MERCOSUL e Israel (país com o qual o governo de Chávez rompeu relações, (pois ele está atualmente alinhado com o Irã e a Síria, entre outros) e o acordo de livre comércio assinado em 2004 com a CAN (Comunidade Andina: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, ao qual a Venezuela renunciou em 2011).
15. Em relação à rapidez com que se deu a incorporação da Venezuela na cúpula realizada no final de junho, no sopé dos Andes, testemunha de nervosas discussões (quase não houve negociações cordiais) desliza sobre a mesa algumas das razões para isso, curiosamente todas brasileiras.
16. Pois foi o Brasil que, mais do que ninguém, alertou para o perigo dos "dois CH". O primeiro deles, a saúde de Chávez, com diagnóstico pouco claro. O segundo CH, assinalado por Brasília, é o avanço da China sobre a Venezuela: os chineses já prometeram investir 32 bilhões de dólares somente em infraestrutura.
17. Isso colocou de cabelos em pé a Odebrecht, a Camargo Correa, a Andrade Gutierrez e a Queiroz Galvão, gigantes brasileiras da construção. E colocou, também, para fazer contas, o BNDES, Banco de financiamento e investimento que financia boa parte dos empreendimentos dessas empresas no exterior.
18. "É parte da nossa política de integração regional", comenta, com um sorriso discreto, uma fonte do governo brasileiro. Integração, é claro, com Brasília na locomotiva e o MERCOSUL..., nos vagões.
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