Miudinhas
Tasso Franco
19/10/2008 às  22:27

DEBATE NA TV ITAPOAN REFORÇA DISTANCIAMENTO DA ALAINÇA PT E PMDB

Ministro Geddel diz que secretário de Saúde do governo é lerdo



João e Pinheiro trocaram acusações durante todo o debate (Foto/Fábio di Castro)
  Miudinhas globais:

  1. O debate realizado entre os dois candidatos a prefeito de Salvador neste segundo turno, promovido na noite deste domingo, 19, revelou a ampliação do que aconteceu nos palanques do PT na última sexta-feira, 17, e do PMDB, no sábado, 18, com aprofundamento de críticas de parte à parte e o distanciamento do PMDB do bloco aliado a Wagner.

  2. João foi extremamente crítico com o governo Wagner, creditou ao que classificou como entraves à sua administração algumas ações do governo, ou melhor, a falta de ações e não deu trégua ao PT mesmo no crime de Neylton Souto, o qual, aconteceu em sua gestão, mas, fez referências as mandantes do crime como indicadas pelo PT.

  3. João começou falando sobre as conquistas de seu governo. Na seqüência o petista Walter Pinheiro recorreu a experiência como deputado federal e sua proximidade com o presidente Lula. No primeiro tema, saúde, os candidatos iniciaram a troca de farpas. O peemedebista chamou atenção dos eleitores quanto às críticas que estava recebendo de seu adversário.

  4. Na questão alianças, censurou o PT pôr ter participado durante 40 meses de seu governo, com quatro secretarias e mais de 200 cargos em comissão. Pinheiro respondeu que não o atacou, quis apenas reivindicar questões de incompetências administrativas que levam ao atraso.
  5. Pinheiro manteve e ampliou às criticas ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) sobretudo na um conselho de representantes para participar das negociações sobre os projetos para o povo.


  6. No segundo bloco, fazendo perguntas entre si, João questionou Pinheiro sobre a participação do PT em sua gestão: "Por que na época não havia críticas?". Pinheiro respondeu que contribuiu muito para o crescimento do governo municipal. O petista enumerou as ações como a viabilização do SAMU e verba para pagar o funcionalismo.


  7. Walter Pinheiro respondeu como avaliava a postura do PMDB nos governo estadual. Ele disse "essas parcerias são fundamentais", e ressaltou que Salvador precisa de um governo que faça parcerias.


  8. No terceiro bloco, Pinheiro indagou sobre a falta de qualificação dos 370 mil desempregados que Salvador possui. O atual prefeito disse que seria impossível em três anos e meio requalificar todos, mas disse que possui um programa de qualificação.

O petista acusou seu adversário de mudar de opinião com freqüência. "A opinião muda conforme o vento".
 
  9. O prefeito advertiu três vezes Wagner pela falta da construção de um estádio de futebol para o time do Bahia poder jogar. Obra que seria responsabilidade do governo Estadual, administrado pelo PT.


  10. No último bloco, Pinheiro fez um balanço de todos os assuntos abordados durante o debate e enumerou os problemas existentes em Salvador. "Talvez o Bahia tivesse jogando há muito tempo, se o prefeito tivesse sido mais ágil". Chamou o atual prefeito de ingrato pôr não levar em conta a contribuição do PT na administração municipal.


  11. João Henrique seguiu a mesma linha e fez reflexão sobre os assuntos debatidos. Porém, ressaltou o lado bom do que foi feito pelo seu governo. Disse aos ambulantes que o rapa não apreender mercadorias. Lembrou o banho de asfalto e o banho de luz que está dando na cidade. E criticou a falta de policiamento, responsabilidade do governo estadual.
 
  12. Resumo da ópera: as relações do PMDB com o PT em Salvador (e na Bahia) foram para o espaço. Uma recomposição de João com o governador Wagner vai ser muito difícil. Até então, as críticas ao governo Wagner se davam num plano mais institucional, do governo como um todo. Agora, as críticas de João foram mais diretas, no fígado. E, na política, esse tipo de investida sempre deixa sequelas irreparáveis.

  13. Estamos no horário de verão. A Bahia deveria adotá-lo há anos. Inconcebível que um Estado do porte da Bahia, situado no centro do país e com relações com o círculo do poder político (Brasília) e econômico-cultural (Rio de Janeiro, São Paulo e o Sul do país) fique atrelado ao Nordeste. Não tem cabimento. 

  14. Que trapalhada o debate que não houve da TV Aratu. Em nota no seu site, lê-se que em reunião realizada no dia 09 de julho, e devidamente arquivada junto ao TRE, ficou acordado com os representantes dos candidatos a prefeito de Salvador, a realização do debate do segundo turno das eleições, hoje, no dia 19 de outubro.

 

  15. Mesmo após a coincidência das datas com a programação de uma outra emissora local, a TV Aratu confiou no acordo anteriormente firmado com os representantes de cada coligação e se manteve aberta ao diálogo.

 

  16. Em nova reunião, os representantes das coligações "Salvador, Bahia, Brasil", do candidato Walter Pinheiro, e "A Força do Brasil em Salvador", do candidato João Henrique, concordaram com dois horários oferecidos pela TV Aratu para a realização do debate deste domingo, às 18h e 21h30.

 

   17. Em respeito a você, nosso telespectador, a emissora alterou o horário das 21h30, anteriormente acordado, para as 18h. Infelizmente, não houve acordo para a alteração do horário pretendido pela TV Aratu.

 

   18. Ou seja, a emissora alterou o horário visando o telespectador e esqueceu de avisar aos candidatos. João não gostou do acontecido, entrou na Justiça, ganhou liminarmente para que o debate fosse mantido para às 21h30min, e disse que só iria neste horário. A TV Aratu decidiu então cancelar o debate.

   19. A TV Aratu, que havia feito o melhor debate no primeiro turno, pisou na bola legal e além de ter dado essa derrapada no sentido de não cumprir com a palavra, o acordado, ainda prejudicou seus telespectadores.

   20. Por questões de agenda dos candidatos a web A Tarde também cancelou seus encontros com os candidatos. Segundo a própria A Tarde os candidatos perderam de falar para 800 mil eleitores. Continha meio exagerada.

   21. De toda sorte, como Therezinha Cardozo diz que sua coluna Sete Dias tem 600 mil leitores, mais vale uma nota dos candidatos nesta coluna.

   22. O ministro Geddel Vieira Lima no comício de Periperi disse que a Prefeitura ainda não liberou o alvará e outras licenças para a construção do Hospital Geral do Subúrbio, devido a ineficiência do secretário Jorge Solla, a quem, classificou de "lerdo".

   23. Só recapitulando, a Praça da Revolução, em Periperi, onde foi feito o comício de João foi uma homenagem do "carlismo" ao marechal Castelo Branco, primeiro presidente pós golpe militar de 1964.


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