Foto: ABRIL |
Organize sua agenda dentro um planejamento adequado |
Historicamente, a mulher se emancipou no século XX levando consigo o poder assumido nas diversas áreas da vida, juntamente, com o compromisso e a respectiva carga que essa conquista impõe. Se por um lado a mulher pode usufruir o ‘bônus' da conquista dos mesmos direitos dos homens, como independência financeira, reconhecimento no mercado de trabalho, autonomia e liberdade; por outro, vem o "ônus" da turbulência pelo exercício dos múltiplos papéis: mãe, esposa, dona de casa, superprofissional, resolvida sexualmente, vaidosa, alegre, otimista e com aquele jeitinho feminino e intuitivo de ser.
A mudança sociocultural que a mulher de hoje vivencia precisa ser amparada por um forte desejo de autoconhecimento, a fim de que reconheça o seu processo ascendente de evolução e as suas dificuldades, evitando que não recaia em uma atitude de faz de conta, de incansável, de supermulher e que resolve tudo, na casa e no trabalho. E o pior, em silêncio, como mártir, podendo ser acometida de angústias, insatisfações, problemas cardíacos e outras doenças.
No processo de transformação da mulher, a busca da verdade sobre o que sente e faz, precisa fazer parte do seu dia. Isso é possível através de reflexões do processo emocional e quanto dele está sendo externado diante dos opressores no ambiente de trabalho, aqueles que podem estar aproveitando da sua competência e do antigo rótulo de "boazinha" e "frágil" para impor uma condição de superioridade com exigência de produtividade exagerada. É preciso também ficar atenta para não condicionar o avanço na carreira a relacionamentos afetivos ou, deixar que sua independência financeira, seja objeto de exploração, esquecendo-se da afetividade, do verdadeiro companheirismo e amor do homem.
Como afirma a advogada Soraya Kuhlmann, ‘nunca é demais alertar aos desavisados que o modelo frágil está em extinção - hoje, a mulher joga como homem e vence como mulher'. Entretanto, para que, de fato, a mulher possa fazer a transição de "submissa, boazinha" para de "autêntica mulher", com igualdade de direitos, liberdade de expressão, amada e satisfeita nas suas diversas necessidades, incluindo a sexual, é claro, ela precisa otimizar o tempo.
A mulher atual pode recorrer a algumas ferramentas da administração do tempo, mapeando a distribuição dele na vida pessoal e profissional, na relação com os outros e em serviço da comunidade. Registre também os pontos fortes/qualidades e aqueles que precisam ser melhorados; relacione metas para cada área básica, identificando qualidades e definindo ações que neutralizem os pontos fracos e que podem ser sabotadores das realizações.
Lembre-se ainda de priorizar as ações adotando o critério de urgente (prazos) e de importância, que está relacionado com os resultados. Monitore diariamente os resultados e tenha cuidado com os ladrões do tempo e as tarefas que não agregam valor às metas definidas. O que surgir fora do planejamento, seja flexível para alterá-lo quando necessário, não se esquecendo de pedir ajuda sempre e delegar tarefas a subordinados, filhos, secretária e companheiro.
https://bahiaja.com.br/artigo/2010/02/22/emancipacao-da-mulher-contemporanea,485,0.html