Cooperativismo, como doutrina filosófico-profissional, nasceu com a feição atual há mais de 200 (duzentos) anos e, com o passar do tempo tornou-se, também, alvo de oportunistas de plantão que desejam (e muitos deles conseguem) se locupletar às custas da boa fé e boa vontade dos Cooperados.
Senão vejamos, ela, na fase atual, foi idealizada e iniciada pelos "28 Tecelões de Rochdale", como forma de saciar a fome deles e de suas Famílias, com as modificações por acréscimo efetivada em 1995 em Manchester, Inglaterra, é uma Empresa eminentemente social.
Sempre esteve calcada em uma palavra mágica chamada "cooperação" que, para os dicionaristas tem o significado: "COLABORAÇÃO, AJUDA, AUXÍLIO".
Ora, enquanto no Mundo Inteiro é um empreendimento que visa tudo que está citado no parágrafo anterior, infelizmente, no Brasil, a grande maioria dos meus Patrícios vê apenas um local onde, como se diz na gíria, "vai se dar bem!..."
Mas é com fulcro no que existem em todo o Planeta, cooperativas que visam o bem comum, por que não tentarmos? E isso é tão fácil e intuitivo.
Comecemos por aprender, dentro de cada unidade cooperativa, através de cada Estatuto Social, sobre direitos e deveres e não somente os direitos, como muitos Cooperados pensam. Ora, se soubermos quem somos, o que fazemos e o valor que tal aprendizado encerra, com certeza faremos perene nosso empreendimento, concordam?
Se soubermos nos colocar com isenção e parcimônia nos dois pólos existentes na sociedade cooperativa, saberemos o que EXIGIR dos Dirigentes, tudo dentro da Lei, sem que sejamos pessoas impertinentes e abusivas.
Sem subserviência, buscando apenas defender seus direitos, desde que cumpram
com absoluta fidelidade os deveres a que se propuseram cumprir quando aderiram à Cooperativa, teremos, com certeza, um empreendimento progressista e de grande valor, propiciando grandes resultados, inclusive financeiros, aos Associados.
Desde que se cumpram os ditames das Leis que regem o Cooperativismo a tendência é que, gerando sobras dos investimentos de trabalho e financeiros, com certeza haverá equilíbrio e a tão sonhada independência profissional, além de dinheiro no bolso em todos os meses trabalhados e as merecidas sobras no fim do ano.
Mas, não é esse o assunto!... Precisei fazer este longo preâmbulo para chegar à resposta tão ansiada por todos os Amigos.
As razões principais da ocorrência do fato de, prematuramente, se encerrarem cooperativas, de quaisquer ramos, se baseia, principalmente, em algumas premissas, a saber:
Passado algum tempo sem que nenhuma providência seja tomada para sanear o empreendimento, fatalmente vai ser solicitada uma liquidação extrajudicial, ou um encerramento das atividades da Cooperativa, tudo porque ela é o Cooperado e o Cooperado é ela.
Temos vários exemplos de Má Gestão Cooperativistas, de descaminhos e os resultados conhecidos são o de encerramento das atividades cooperativas, via de regra, seguidos de prejuízos para os que acreditaram no ideal cooperativo e agora se queixam de terem sido lesados.
Mas, o mais importante é que podemos reverter esta situação e um dos caminhos é a aculturação, o conhecimento do "status" administrativo-financeiro da Cooperativa, enfim, propiciar condições reais de sobrevivência, através do conhecimento de tudo que envolve o empreendimento do Cooperado.
Minha exortação aqui é uma só: TRABALHO, TRABALHO, TRABALHO mas, sobretudo, FISCALIZAÇÃO. Revertamos o quadro de encerramento das atividades de mostremos a independência dos Profissionais Cooperados e das Cooperativas.
https://bahiaja.com.br/artigo/2008/08/16/por-que-muitas-cooperativas-fecham-hoje-em-dia,227,0.html