Fala-se muito dos efeitos imediatos contra o aquecimento global: Plantar Árvores.
Nas áreas urbanas, as ruas bem arborizadas apresentam diferença de até menos 3°c em relação às não arborizadas, melhorando as condições microclimáticas, amenizando os efeitos desse fenômeno.
A Organização Mundial da Saúde recomenda 12 metros quadrados de área arborizada por habitante, entretanto, cada cidade apresenta um índice mais político que técnico, isso se observa a cada Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, quando a cidade sede sempre proclama elevados índices de arborização por habitante.
A Prefeitura de Salvador começou a desenvolver um projeto inteligente a partir de 2000, o Projeto "Geoverde", com o objetivo de cadastrar a arborização da cidade - identificando as espécies, quantificando, diagnosticando o estado fitossanitário, dados que passam integrar um software e disponibilizados em mapas cartográficos, através de GPS; trabalho desenvolvido em parceria com a Coelba - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia pelo interesse em melhorar seu sistema elétrico na incompatibilidade com a arborização.
Cerca de 100 mil árvores foram cadastradas com perspectivas para 600 mil; na época, projeto único no Brasil, seguindo o exemplo de Curitiba, aqui infelizmente está paralisado.
Iniciamos os estudos para elaboração do Plano Diretor de Arborização de Salvador, envolvendo Universidades, a Sociedade Brasileira de Arborização Urbana através de técnicos especializados e integrando a população como foi o Programa "Adote Uma Árvore".
É preciso projetar o plantio, logradouros, a espécie ideal, qualidade e porte das mudas, as interferências com o mobiliário urbano, a manutenção, condução, o que implica numa série de fatores e técnicas de manejo.
A cidade sofre, perdendo sua arborização por falta de manutenção e sem plantio por falta de planejamento.
Sabemos que estamos vivendo um momento crítico em relação às mudanças climáticas, e conseqüentemente o aquecimento global, enquanto as autoridades competentes são advertidas em todo momento, para que no curso da história não lhe seja imputada a responsabilidade por um crime que virá sacrificar gerações. Precisamos ter pressa, vontade e determinação política, porque, ainda há tempo para resgatarmos o espaço perdido, compensando esse passivo ambiental.
https://bahiaja.com.br/artigo/2007/10/31/plantar-arvores,137,0.html