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Zé de Jesus Barrêto

BAHIA SAI NA FRENTE E SÃO PAULO CONSEGUE EMPATE

Bahia está no G4
22/08/2020 às 10:37
 Com uma boa estratégia de jogo – marcando bem e explorando a zaga adiantada do adversário – o Bahia vencia o São Paulo até os 40 minutos do segundo tempo, 1 x 0, gol de Rossi no primeiro; já sem o goleiro Douglas, machucado e substituído por Anderson, levou um gol após cobrança de escanteio, o estreante Luciano testou no segundo poste, nas costas do lateral Zeca. 

  Fica aquele gostinho meio amargo, claro, mas um empate fora de casa, nas circunstâncias do jogo, nada mal. O Bahia vai a sete pontos ganhos em três jogos, e ocupa a quarta posição na tabela de classificação. O empate também ajuda a aliviar a pressão sobre o treinador e a equipe, que se postou bem e correu, e dá mais confiança para a viagem pro alto Nordeste, clima quente.
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 É que o próximo jogo no domingo, em Fortaleza, 18h, contra o ‘calo’ do Ceará, o Vozão, de quem viramos freguesia. E o time cearense vem mordido, após a derrota dessa quarta, em casa, para o Vasco (2 x 0). Para o Bahia, é hora da vingança, pois o Ceará nos tirou o Nordestão faz poucos dias, em Pituaçu.  
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 No gramado do Morumbi 

 Chuva, vento frio, gramado encharcado e escorregadio, 12 graus. Pela semelhança de conceitos dos dois treinadores, amigos, duas equipes que gostam de trabalhar a bola, marcam adiantado, mas que deixam jogar. Um jogo sem muitas faltas. O São Paulo, sob pressão, entre os últimos colocados, tinha o dever de vencer e foi pra cima, tomou a iniciativa. O Bahia postou-se bem no meio campo e soube explorar os costados da zaga paulista, adiantada.  Se deu bem. 

 -  Aos 4’, após uma patinada geral da zaga baiana, quase o SP marcou. 

    Olhe o VAR!  Aos 14’, Rodriguinho tabelou com Gilberto, invadiu a área e foi calçado na hora do arremate fatal. O VAR, acionado, atestou a falta e o árbitro paranaense deu o pênalti, que Gilberto bateu rasteiro, no cantinho, mas sem força; o goleiro Volpi adivinhou o canto e meteu pra escanteio com a ponta dos dedos.
 - Gol ! 1 x 0 Bahia. Zeca lançou de longe, no meio da zaga paulista, Rossi ganhou e, na saída de Volpi, bateu firme, abrindo o placar. 
 Fechadinho, só armando o bote, o Bahia só levou um susto aos 35’, num chute de Pablo por cima da meta.
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O São Paulo voltou dos vestiários com tudo, amassando, empurrado o Tricolor baiano para trás; chegou a colocar cinco avantes, e tome-lhe bola alçada, pressão, na força, o nervosismo tomando conta. E o Bahia resistia bem. Aos 12’, perdeu o goleiro Douglas, com fisgada na coxa. Os cansados foram cedendo lugar aos mais jovens, para não afrouxar a marcação no meio, mas sem Gilberto e Rodriguinho o time caiu em criatividade. 

 A bola do jogo esteve mesmo com Élber, aos 30 minutos. Roubou a bola do zagueiro e entrou só, de cara; tentou encobrir o goleiro, a bola sobrou, tentou de novo, a zaga salvou; chance que não se perde.
  De tanto levantar bolas na frente da pequena área baiana, saiu o gol de empate sampaulino, aos 40, após cobrança de escanteio da esquerda, Luciano testando sem marcação do lado oposto: 1 x 1.

  Aos 41’, o torcedor baiano levou um susto com uma bola marota atravessando a pequena área de Ânderson, ninguém alcançou. O Bahia teve uma chance com Alesson, aos 45’, Elber meteu uma bola na trave (teve desvio salvador de Daniel Alves) aos 49’, e o empate acabou justo. 
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Destaques
No Bahia, o miolo de zaga mostrou-se seguro, Zeca marcou bem, Ronaldo foi o melhor no meio campo. Rodriguinho e Gilberto enquanto tiveram pernas fizeram a diferença. 

 No São Paulo, o goleiro Volpi, o lateral Reinaldo, o meia Daniel Alves e o estreante Luciano.
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Escalações

 - São Paulo: Volpi, Igor Vinícius, Arboleda, Bruno Alves (Leo) e Reinaldo; Liziero (Sara), Tchê Tchê (Helinho) e Daniel Alves; Igor Gomes (Luciano), Pablo e Vitor Bueno.  Treinador Vitor Diniz.
 - Bahia : Douglas 9ânderson), João Pedro, Ernando, Juninho e Zeca; Gregore (Elton), Ronaldo e Rodriguinho (Daniel); Rossi (Alesson), Gilberto (Saldanha) e Élber. Técnico, Roger Machado. 
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  - Na sequência da Série B, o Vitória joga sábado, 19 h, contra o CRB , no estádio Rei Pelé, em Maceió. O time tem agradado mais fora de casa. 
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 Quem ganha a Champions? 

 Pra quem curte bom futebol, o assunto é a final da Champions, domingo à tarde, em Lisboa. Na disputa do troféu, em campo o melhor time da França, a atual campeã do mundo, o PSG de Neymar e Mbappé, dois fora de série, contra a equipe base da seleção alemã, o campeão Bayern de Munique que não perde há 29 jogos, 21 triunfos, gols, gols, equipe compacta e atletas consagrados. Vejam como estão jogando o arisco Gnabry, o meio-campista brasileiro Tiago (filho de Mazinho) e o Kimisch, um coringa. 
 Vai ser no detalhe, pra  quem souber aproveitar as chances, marcar bem o campo e o tempo inteiro, não colhilar... e pra quem estiver num dia abençoado.
 O Bayern é uma equipe mais encorpada, objetiva, veloz e obstinada. Mexe-se com inteligência, Lewandóvski confere.  O PSG tem um treinador alemão, conhece o adversário, e aposta tudo no trio de ataque: Neymar, Mbappé e Di Maria. Em chamas.  
 Outro futebol, bem diferente do que temos visto em relvados sulamericanos.
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