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Zé de Jesus Barrêto

BAHIA GOLEIA O TUPI 4X0 e cola no G-4

Bahia tem tabela favorável e pode chegar ao G4 no próximo jogo
09/10/2016 às 22:02

Pouco mais de 17 mil tricolores viram o Bahia golear ( 4 x 0 ) o Tupi de Juiz de Fora (MG), na Fonte Nova, noitinha domingueira, fechando a 30ª rodada da Série B. Com o resultado, o tricolor baiano chega aos 46 pontos e alcança o 6º lugar na tabela de classificação, a dois apenas do grupo dos quatro primeiros. 

O líder é o Atlético (GO) com 55 pontos, seguido pelo Vasco da Gama com 54. Em terceiro está o Náutico com 48, seguido pelo Avaí e Londrina, ambos também com 48. O Bahia tem 46, a mesma pontuação do Criciúma, mas o time baiano tem a vantagem do saldo de gols. O Brasil de Pelotas, próximo adversário do Bahia tem 45, na cola. 

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Bola quicando

O treinador Guto Ferreira improvisou Tinga na lateral esquerda, e optou por Natã estreando pelo lado direito do ataque, parecendo meio deslocado pelas suas características de homem de área. Equipe ofensiva.

Iniciativa tricolor, buscando o ataque desde que a bola rolou, com o time mineiro só atrás, marcando, defendendo-se. Aos 2’, Edigar tentou de fora e errou o alvo. Aos 11’, foi a vez de Cajá arriscar de longe, de perna direita, acertando o cantinho: 1 x 0, abrindo o placar. Aos 15’ Cajá livrou-se da marcação e rolou para Hernane, livre, na marca do pênalti, e o tal ‘brocador’ perdeu de cara batendo para fora. Pouco depois, o garoto Natã estreou, acertando uma bela cabeçada, na frente da pequena área, subindo mais que a zaga adversária, colhendo um cruzamento longo de Edigar Júnio da esquerda, aos 18 minutos. Dois minutos depois, Juninho bateu falta de média distância, forte, a bola desviou num defensor no meio do caminho e matou o goleiro: 3 x 0. Só o Bahia jogou até os 20. 

Os mineiros pareciam azoados. Só a partir dos 30’ o time de Juiz de Fora decidiu sair para o jogo, avançando a marcação, buscando incomodar um pouco a zaga tricolor. E os baianos diminuíram o ritmo, já optando pelos contragolpes. Aos 41’, em boa triangulação pelo meio, Juninho bateu forte da entrada da área e por pouco não ampliou o placar. E o tricolor trocou passes, teve a bola e o domínio da partida até o final dos primeiros 45 minutos. Sem sustos. 

Três gols, superioridade, o Bahia impondo o ritmo e o torcedor feliz nas arquibancadas. 
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O Bahia voltou dos vestiários no mesmo padrão, atuando no campo adversário, buscando mais gols. E o time mineiro tentou encarar para tirar a diferença do placar. Sem alternativas. Aos 11’, Guto trocou o menino Natã, sob aplausos, por Vitor Rangel. Nenhuma chance de gol até os 18 minutos, quando a zaga tricolor deu mole e Muriel teve de mostrar serviço, o Tupi assustando, mostrando-se vivo, tentando fazer uma pressão. Guto retirou Cajá, cansadão, e pôs Regis, na tentativa de reanimar a equipe. Dois minutos depois, após erros seguidos da zaga mineira, Hernane tentou fazer o gol de calcanhar e a bola raspou a trave. A partida ficou mais franca e animada, lá e cá, diferente do primeiro tempo quando só um time jogou.

O quarto saiu aos após bela jogada de fundo pela esquerda de Tinga, Hernane fez um inteligente corta-luz na frente da pequena área e Regis ficou de cara; driblou o zagueiro e colocou no canto: 4 x 0, um belo tento pelo trabalho coletivo. Deu tempo de Feijão entrar no lugar de Juninho, e a equipe de Guto procurou ter a bola, trocar passes, sem forçar muito e sem deixar espaços para o adversário. Um ótimo resultado, até pelo saldo de gols que pode ser fundamental adiante na classificação da equipe. 

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Destaques: 

Muito bem Tinga improvisado pela esquerda, Juninho e Luis Antonio dominaram o meio campo, Cajá bem enquanto aguentou, Regis manteve o ritmo, Natã deixou boa impressão, Edigar sempre perigoso e Hernane até que correu mais, disputou mais a bola, mas continua errando demais. 

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O próximo confronto do Bahia é também dentro de casa, perante seu torcedor: sexta-feira, nove e meia da noite, contra o Brasil de Pelotas, um adversário teoricamente bem mais difícil que o Tupi. Vencer é fundamental para continuar pensando em classificação. 

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Pela Série A, novamente na boca da zona de degola, o Vitória enfrenta a Ponte Preta. O jogo é lá em São Paulo, na quinta-feira. O rubro-negro não terá em campo a sua estrela maior, o avante Marinho, vai ter de correr muito e se superar em campo.

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Ah! Bola
A bola é redonda. Símbolo do universo, do que não tem começo nem fim.
A bola é um brinquedo de Deus.
A bola deve sempre unir as pessoas, em torno do seu encantamento, do seu mistério... 
Nunca separá-las.
A bola ensina, educa... Assim penso, assim vejo, assim sinto. Assim pude aprender com ela. 
A bola iguala, ficamos todos do mesmo tamanho perante ela.
Nós súditos, ela rainha.