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Zé de Jesus Barrêto

EMPATE com gosto de Vitória: Atlético PR 1x1 Leão

Próximo jogo do Vitória no Brasileirão será contra o Santos, no Barradão
17/07/2016 às 20:01
Jogando um bom segundo tempo, o Vitória conseguiu um bom empate na Arena da Baixada, em Curutiba, ( 1 x 1) contra Atlético (PR), quinto colocado na tabela de classificação da Série A. Com o resultado, o Vitória chegou a 19 pontos ganhos e está no 12º lugar.

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O Palmeiras continua líder da Primeirona, com 32 pontos, seguido pelo Corínthians, Grêmio e Santos – os quatro primeiros. Três de São Paulo. 

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Jogo jogado

Grama sintética na Arena do rubro-negro paranaense, uma bola mais rápida, alguns escorregões e vacilos dos jogadores baianos no primeiro tempo..

Até pela postura ofensiva das equipes, a partida começou equilibrada. Aos poucos, o Atlético, em casa e mais à vontade com o gramado, foi tomando as rédeas do jogo, atacando mais, criando mais chances de gol. 

Aos 23’, primeiro lance perigoso para o rubro-negro baiano: num contragolpe, boa trama com Kieza, Marinho arrematou de canhota tentando o ângulo mas a bola raspou. A resposta veio um minuto depois. André Lima perdeu a chance na pequena área. Aos 28’, o goleiro Caique fez boa defesa numa cobrança de falta da direita, no canto, rasteira. 

Aos 38 min aconteceu um lance inusitado: o zagueiro Ramon cobrou uma falta da intermediária, quase em cima da linha lateral, atrasando a bola para o goleiro sem olhar; o goleiro Caíque estava bem fora do gol e teve de se desdobrar para evitar o gol contra, tirando a bola de pé, em cima da linha. Aos 41’, novamente Caíque salvou o gol. 

Aos 44’, um chute longo, que passou raspando a trave dos baianos. Aos 45’, Diego Renan, também desatento, atrasou de cabeça para o goleiro mas Pablo antecipou-se a Caíque e tocou por cima: 1 x 0. 

O time do Paraná terminou o primeiro tempo com o jogo nas mãos, o placar favorável, mais posse de bola, pressionando a instável defensiva baiana.

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Na volta dos vestiários, a substituição feita pelo treinador Mancini: a estreia de Serginho (recém chegado do Santos), em lugar de Nixon, no meio campo. Postura ofensiva da equipe baiana, apertando na frente a saída de bola do adversário. Outro panorama de jogo em campo. 

Aos 2’, Marcelo arriscou de longe para o goleiro atleticano Éwerton espalmar. Aos 20, contragolpe, Dagoberto bate mas o goleiro espalma. Saiu Dagoberto e entrou Vander. Aos 24’, no contragolpe rápido, a bola foi enfiada por Serginho, rasteira e no vazio, Kieza entrou livre na velocidade, dividiu com o goleiro e caiu; o árbitro viu pênalti. Diego Renan bateu forte e empatou: 1 x 1. Saiu Marcelo entrou Tiago Real; o Vitória pressionando e o Atlético na moita, apostando no erro do rival, no contragolpe. Jogo aberto, ofensivo. 

Aos 31’, o Vitória em cima, Serginho recebeu de Marinho e encheu o pé, de frente, acertando o travessão. Aos 32, Giovane mandou uma bomba da entrada da área mas o goleirão Caique salvou o gol de desempate. Aos 34’ Marinho arrancou, ganhou da zaga, dividiu com Éwerton e quase a bola entra. Lá e cá. Emoções e jogo intenso, indefinido até o apito final. 

Placar justo, afinal. O time da casa foi melhor na primeira fase e o Vitória dominou o segundo tempo.
 

Destaques: William Farias correu muito e Caíque fez umas três ou quatro ótimas defesas. No mais, Euller, e uma boa estreia de Serginho. Marinho reclamou mais do que jogou e está fora da próxima partida pelo Brasileirão, com o terceiro cartão amarelo. 

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O rubro-negro baiano volta a campo na quarta-feira, pela Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, no Mineirão. O time mineiro venceu a primeira, no Barradão, por 2 x 1. 

Já o próximo compromisso do Vitória pela Série A é no domingo, contra o Santos, no Barradão. 

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Piripaque tricolor 

Um Bahia em crise, arrebentado, dentro e fora de campo. Nas redes, críticas, cobranças, xingamentos contra a diretoria comandada por Marcelo Sant’Anna, chamada de ‘pé frio’, perdedora, incompetente, zero em futebol. 

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Depois da derrota para o Vila Nova, na Fonte Nova, a palavra foi mudanças. Houve desabafo em microfone, demissões de quatro atletas, promessa de novas contratações, saída do preparador físico, do diretor de futebol e a decisão de passar uma semana em Porto Seguro, longe do tititi, já de treinador novo, arrumando a casa. 
De novidade, ainda, a saída do ex-ídolo e goleiro Marcelo Lomba, que vinha ‘entregando’ e mostrando apatia em campo e fora dos gramados. E o anúncio da vinda, por empréstimo, do goleiro Muriel do Inter de Porto Alegre (para onde foi Lomba) e do meia Luis Antonio, ex-Sport. Só.

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Em campo, mais um desastre: o empate sem gols em São Luiz do Maranhão contra o lanterna Sampaio Correia e, pior, jogando muito mal, até pior do que antes. A equipe não assimilou nada dos novos treinamentos e das orientações do treinador Guto ‘gordiola’ Ferreira? Ou... 

Na saída de campo o atacante Hernane (ex brocador) cuspiu marimbondo nos microfones, dizendo que não recebe bolas, que há muita individualidade no jogo e pouca solidariedade em campo. Racha no plantel ? O que está acontecendo? Barca? Má vontade, boicote? 


O fato é que faltam pernas e postura em campo. Falta respeito à camisa, à história do clube. Jogadores como o próprio Hernane, Cajá, Roger, Luizinho, Lucas Fonseca ... não vêm jogando nada. Os laterais não existem. O time não chega na área adversária, não chuta, não mostra vontade, ganas de vencer. Jogador de nome que não acerta passe, não domina, apanha da bola. Preocupante!

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Pra piorar, o goleiro Douglas Pires está no estaleiro com problemas no joelho, o avante Edigar Júnio saiu lesionado na coxa (mais uma vez) logo no começo do jogo em São Luiz, Lucas Fonseca e Jeanzinho preocupam após um lance em que se chocaram, na mesma partida. O zagueiro levou a pior, tem um trauma nos quadris e será avaliado esta semana.

Uma semana, por sinal, inteira de treinos para a partida de sábado próximo, na Fonte Nova, contra o Luverdense (22 pontos), parelho com o tricolor baiano (21 pontos) na tabela de classificação. 

É vencer ou vencer, a torcida vai cobrar muito um bom desempenho e o triunfo. Ou começa a reagir agora, já, ou ... té logo, desastre total em 2016, ano perdido.

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Cadê as contratações prometidas pela diretoria? Lateral, zagueiros, meias atacantes e centroavante forte, chutador, de velocidade. Já. Estamos quase na metade da competição e para chegar entre os quatro primeiros está ficando cada dia mais... impossível. 
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