Colunistas / Esportes
Zé de Jesus Barrêto

VITÓRIA vence Boa por 2x1 e fica a 1 ponto do Fogão

Vitória foi bem superior em campo, mas não conseguiu um placar mais elástico
11/10/2015 às 18:58
Como era de esperar, de volta ao Barradão, a sua ‘Toca do Leão’, com um bom público presente (14 mil nas arquibancadas), o Vitória venceu o Boa Esporte (MG)  -  2 x 1 – num  fim de tarde do sábado primaveril, acumulou mais três pontos, foi a 55 na tábua de classificação, e ficou a um apenas do líder Botafogo (RJ) que ainda não atuou nessa rodada. 

  Completando o grupo dos quatro primeiros, na sequência tem o América (MG) com  51 pontos e o Santa Cruz com 48.  O Bahia, também com 48 pontos, está em sexto, atrás do Paissandu.  

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  Superioridade em campo

   O time da casa, com o torcedor inflamando, foi logo para o abafa, fazendo pressão total, marcação adiantada, em busca do gol logo no começo. Achou.  Após boa trama pela direita, Vander cruzou e Élton em aparente  posição de impedimento completou, fazendo  1 x 0 já aos 9 minutos.  

  O rubro-negro não arrefeceu, continuou em cima, como deve ser, com ganas de Vitória, dominando as ações e criando oportunidades de ampliar o marcador, exigindo muito do goleirão Douglas.  Élton e Rhayner desperdiçaram algumas chances claras de gol. O Boa buscou apenas se defender, com aplicação. Pouco ameaçou. 

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   Na etapa final, a tarde morrendo, o Boa Esporte voltou com uma postura mais ofensiva. No Vitória, Flávio em lugar de Pedro Ken, lesionado. Aos 10’, o árbitro viu pênalti numa disputa de bola entre Élton e a zaga do Boa, na pequena área. Escudero bateu, o goleiro defendeu parcialmente a cobrança mas o ‘gringo’ completou: 2 x 0. 

   Aos 15, Felipe Alves acerta chutaço rasteiro de fora da área, no canto, surpreendendo Gatito e pondo o Boa de novo no jogo: 2 x 1. O rubro-negro seguiu com as rédeas da partida, explorando a velocidade nos contragolpes, buscando mais o gol. O Boa menos tímido que na etapa inicial, arriscando mais, embora carente de talento na frente para decidir. O time baiano ‘cozinhou o galo em banho maria’, até o final’.  Venceu o melhor. 

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   Destaques:  Escudeiro ditando o ritmo, Vander fez um esperto primeiro tempo, Diego Renan sempre evoluindo bem  e Rhayner  a correr o campo inteiro todo tempo.  No Boa,  o goleiro Douglas trabalhou muito.

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   O rubro-negro baiano encara o Paraná, na Arena Fonte Nova, próxima sexta-feira, sem Rhayner, suspenso. 

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   A seleção

   Terça-feira à noite a seleção brasileira do Dunga volta a campo, em Fortaleza, para enfrentar a Venezuela pela segunda rodada das Eliminatórias para a Copa 2018 na Rússia. 

   O goleiro Grohe (Grêmio) e o zagueiro David Luiz (PSG) estão fora  e já desligados do grupo por lesões.  No gol, Jefferson é o titular. Na zaga eu poria Gil (Corínthians), mais confiável que Marquinhos, que vem atuando na lateral direita do seu clube, o PSG. Entendo também que Ricardo Oliveira poderia atuar na frente, com Hulk caindo mais pela direita; William e Douglas Costa comporiam o meio campo ao lado de Luis Gustavo e Elias; e Oscar iria para o banco, pois parece-me fora de ritmo, sem tempo de bola, e até porque tem sido reserva no Chelsea. 

   A Venezuela, embora tenha evoluído taticamente, é uma das seleções mais fracas da competição. Bom momento para a equipe de Dunga mostrar algum futebol e tentar apagar a má impressão da estreia contra o Chile, quando perdeu (2 x 0).

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  Safra nova
Pensando nos jogos olímpicos Rio/2016 . E já de olho na Copa 2018 da Rússia, tem despontado uma geração de jovens jogadores que dão esperança, alento. Cito alguns que têm me chamado a atenção:  o goleiro Alyson (Inter);  Os zagueiros  Rodrigo Caio (SP) e Jemerson (Atlético MG); o lateral Jorge (Fla); os apoiadores Rafael Carioca (Galo MG) e Wallace (Grêmio); os meias Gerson (Flu), Lucas Lima  e Geovânio (Santos), Gabriel Jesus (Palmeiras); meias atacantes Gabi Gol (Santos), Valdívia (Inter), Dudu (Palmeiras...   safra boa ! 

  Entendo que se obtivermos êxito nas Olimpíadas do Rio -  quem sabe o título que nos falta -, alguns deles podem, mais amadurecidos, figurar na seleção principal, dando uma oxigenada, uma necessária renovada nesse timeco de Dunga.  


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“Joga-se no ritmo em que se treina. Assim, no jogo, o acerto tático depende do talento do jogador, mas o ritmo virá do treinamento.  Se você treina mal, joga mal. Se treina como uma fera, joga como uma fera.”  

(Guardiola, hoje treinador do Bayern Munique, no livro ‘Guardiola – Confidencial’ , de Martí Perarnau/ Grande Área Editora. )

Recomendo.  É preciso treinar como feras.  Que isso ecoe lá pelo ‘fazendão’ de Itinga. 

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