Colunistas / Esportes
Zé de Jesus Barrêto

BAHIA e VITÓRIA seguem no G-4 com 2x2 e 4x1

Agora, ninguém pode perder jogos nessa fase
16/09/2015 às 10:54
 O Bahia, ainda sem ganhar, sem se impor fora de casa, empatou o clássico nordestino com o Ceará ( 2 x 2), num jogo disputado e equilibrado  no Castelão, em Fortaleza, e chegou aos 45 pontos ganhos, quarto colocado. 

   Na Fonte Nova, o Vitória passeou sobre o  fracote Mogi Mirim, goleando (4 x 1) e sobrando, para delírio da torcida rubro-negra. É o terceiro colocado na Série B – à frente do Bahia, ambos  com 45 pontos.

O Botafogo continua líder e Paissandu é o segundo, com 47 pontos ganhos. 

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  Fonte das goleadas 

   Como de costume, o rubro-negro baiano começou botando pressão, atacando, buscando abrir logo o marcador diante de um bom público (17 mil pessoas) nas arquibancadas da Arena Fonte Nova, aproveitando-se do bom gramado, molhado e rápido.  A equipe costuma se dar bem por lá. 

   O primeiro gol saiu aos 14’, quando o  meia atacante David recebeu livre pela esquerda, pedalou em cima da marcação e fuzilou : 1 x 0. O rubro-negro continuou em cima e, aos 20’, após tabela com Pedro Ken, o lateral Diego Renan bateu cruzado e rasteiro por baixo das pernas do goleirinho Mauro, que aceitou: 2 x 0. 

  Depois da vantagem de dois gols o Vitória se acomodou e até tomou algum sufoco, com o Mogi  criando e perdendo chances; o time baiano saindo só na boa, em contragolpes.

   A equipe do interior paulista voltou para a segunda etapa disposto a fazer assombração, atacando. Aos 3’ diminuiu de pênalti – cometido por Pedro Ken e convertido pelo meia Luis Fernando : 2 x 1. O Mogi equilibrou e buscou o empate, o rubro-negro deixando o adversário tomar as rédeas do jogo. Sob uma chuva fina, plateia saltitante, a partida ficou lá e cá, animada.  

Aos poucos, entretanto o time da casa voltou a crescer e dominar o jogo. Aos 16’, o meia Flávio bateu de fora e acertou o travessão, antes de dar lugar a Jorge Wagner.  Dois minutos depois Rahyner cruzou e David testou de frente para ótima defesa do goleiro Mauro.  O Vitória voltou a crescer em campo, impondo velocidade, investindo pelas laterais. Aos 25 saiu Pedro Ken e entrou Vander, mais velocidade. Aos 31, após boa trama, finalização de Rahyner, o goleiro deu rebote, enjoou  e Euler fez 3 x 1, desafogando a galera. Dois minutos depois, ótima trama pela direita entre Diego e David, bola cruzada e Élton escorou : 4 x 1. 

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Destaques para Pedro Ken, enquanto teve pernas,  o arisco menino David, o incansável Rahyner e o lateral Diego Renan.

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Na próxima rodada, a 27ª, o Vitória vai a Natal enfrentar o ABC.

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   Empate de quatro gols

   Terça-feira, 19h, Arena Castelão, Fortaleza, arquibancadas a meia boca. Em campo, Ceará  x  Bahia, clássico do Nordeste, rivalidade, sem favoritos.  

O tricolor baiano entre os quatro primeiros, dois triunfos seguidos em casa, mas com desfalques significativos, na zaga e no ataque.  Como novidade a estreia do avante Roger em lugar do artilheiro Kieza, suspenso.  O Ceará desesperado, pressionado pela necessidade de fugir da zona de rebaixamento.  Jogo brigado. 

O primeiro tempo terminou empatado, 1 x 1, mas o Ceará teve a iniciativa, atacou mais, levou mais perigo,  ganhou as divididas e sobretudo as disputas pelo alto, opção preferida pelos donos da casa. O tricolor baiano marcou muito mal no meio campo, a zaga perdida. Foi uma partida com muito corpo a corpo e faltas seguidas. 

Aos  4 minutos, após um chutão, o lento goleiro Omar saiu como líbero e quase complica. Aos 15’, Rafael Costa recebe de frente, livre, entre os zagueiros  baianos e testou pra fora. Aos 26,  o inseguro lateral Ávine, perdidão, tentou cortar uma bola alçada da esquerda e testou contra  sua meta: 1 x 0, num lance bizarro. Pra felicidade da torcida baiana, aos 361, o avante Roger estreou pegando com uma  cabeçada forte o escanteio bem executado por Eduardo:  1 x 1. Aos   42’, Ricardinho bateu falta e acertou a trave de Omar.  O Ceará foi melhor, chegou e finalizou bem mais.

Para a segunda etapa, o treinador  Sérgio Soares tirou Ávine, sem condições, e promoveu a estreia  do recém chegado João Paulo (ex-Ponte Preta).  O tricolor voltou mais esperto, marcando mais à frente e o jogo ficou mais equilibrado, melhor de ver, as duas equipes buscando o gol.

Aos 10’, Eduardo fez bela jogada, limpou e arremessou forte de canhota acertando o travessão, o goleiro cearense batido. A jogada mais perigosa do Ceará continua sendo as bolas alçadas na área. Aos 17’, após bola trama com Roger, Tiago Real finalizou, virando: 2 x 1.  Um Bahia diferente e melhor em campo, com outra postura. Aos 21, entrou  Souza em lugar de Tiago Real. 
Aos 23, num rápido contragolpe quase o Ceará empatou, e, aos 25, num vacilo de Talles, veio a cochilada da dupla Robson/Omar,  e o avante Julio Cesar, que acabara de entrar, empatou  , após chutão da zaga cearense: 2 x 2.  Aos 42 o goleirão Luis Carlos salvou o desempate, após bela jogada e chute forte de Roger. No último lance, contragolpe cearense e Julio Cesar quase faz, levando a zaga e chutando de fora, raspando. O Bahia foi melhor na etapa final, o empate pareceu justo, no entanto.

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Muito mal em campo o goleiro Omar, lerdo, sem tempo de bola; Ávine se mostra sem condições de jogar. O substituto João Paulo foi bem; Talles é um grandalhão que não ganha bolas altas e não sabe sair jogando; Yuri e Gustavo abaixo do que podem. Maxi  esforçado e Roger estreou mostrando futebol e fazendo gols. 

O Ceará brigou muito, deu chutões, alçou e ganhou as bolas altas e explorou contragolpes.

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Pela 27 ª rodada, o Bahia recebe o  Sampaio Correia na Fonte Nova, jogo de seis pontos, fundamental para as pretensões tricolores.  O Sampaio tem  43 pontos ganhos e  disputa espaço no G-4.