Colunistas / Esportes
Zé de Jesus Barrêto

O BAHIA NA ZONA e o VITÓRIA na BOCA, SOS

BAVI passam sufoco no dificil campeonato brasileiro
11/08/2014 às 12:26
Na noitinha do domingo, lua cheia e dia dos pais, a defesa do Vitória deu uma de mãe e entregou o jogo ao São Paulo ainda na primeira etapa - 3 a 1 -, resultado que deixa o rubronegro baiano na porta da zona de rebaixamento, com 14 pontos, um somente a mais que o rival Bahia que,mesmo vencendo o Goiás no sábado, continua no grupo dos quatro últimos da tabela de classificação, o grupo da degola. 

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O Vitória, no Morumbi, começou encarando o tricolor paulista. Antes do primeiro minutos de jogo, Caio ganhou da zaga paulistana na velocidade, penetrando pelo miolo e ficou de cara com Rogério Ceni, mas bateu por cima. Aos 17 minutos o zagueiro Alemão com a bola dominada falha grosseiramente e Kaká agradeceu, enfiou na pequena área para Pato abrir o placar – 1 x 0. Aos 30’ a torcida rubronegra pediu pênalti após um empurrão de Antonio Carlos em Caio, na área sampaulina, mas o árbitro ignorou o lance. Na sequência, a defesa rubronegra faz uma ‘ linha burra’ pedindo impedimento, Denilson enfia e Alan Kardec dribla Wilson e marca o segundo, fácil – 2 x 0. Aos 38’, Pato pegou livre pela direita, foi fechando pro meio sem combate, ajeitou o corpo, mediu e chutou sem marcação da meia lua da grande área, acertando o cantinho, rasteiro – 3 x0. O time baiano diminuiu no finzinho da primeira etapa, após cobrança e falta, a defensiva do São Paulo parou e o becão Kadu, sem marcação, bateu rasteiro para vencer o Rogério Ceni – 3 x 1.
 
Foi só. Na segunda etapa o São Paulo diminuiu o ritmo esperou o Vitória para explorar os contragolpes. Até perdeu umas duas boas chances de ampliar. O treinador do time baiano, Jorginho, modificou a equipe, pos fogo no ataque mas chegou pouco. Nas vezes em que venceu a defesa adversária, com Caio e Willie, o veteraníssimo goleiro Ceni apareceu bem, fazendo boas defesas. 

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Alemão e Adriano foram desastrosos pela equipe rubronegra, na primeira etapa. Caio brigou muito e Willie teve lampejos. Sò. O rubronegro baiano não jogou um bom futebol.

No São Paulo, a boa estréia de Kaká e uma atuação diferenciada de Pato fizeram a diferença. 

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O Vitória, no próximo fim de semana, recebe a Chapecoense no Barradão. Uma boa oportunidade para somar pontos; o time de Chapecó tomou 1 x 0 do Figueirense, em casa. 

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O Bahia, ufa

Depois de nove rodadas sem triunfos, o tricolor ganhou uma ( 1 x 0 sobre o Goiás) na noite fria e chuvosa de sábado, lua plena, Fonte Nova. Foi a 13 pontos, quebrou a inhaca mas não deu para sair ainda da zona do miserê que indica a segundona, paroano.

O time, agora sob o comando de Charle Fabian, mostrou-se motivado, correu muito, não se acovardou, atacou com mais gente na frente... mas, convenhamos não foi um grande jogo. A bola tinha dificuldades de rolar no gramado com tantos chutões e disputas no corpo-a-corpo pelo alto. No mais, mais de 50 faltas nos 90 minutos de jogo, a chamada ‘pegada forte’ das duas equipes e uma arbitragem de doer, trapalhona, sem critérios. 

O gol, único, saiu de um escanteio bem cobrado pela direita pelo meia Marco Aurélio: Fahel subiu livre na marca do pênalti e testou bonito, no ângulo; o goleirão Renan só espiou. Aconteceu no primeiro tempo, quando o Bahia foi bem melhor, atacou mais e teve a bola mais tempo sob controle. Na segunda etapa o Goiás foi melhor, buscou o empate a todo custo mas não conseguiu penetrar na área tricolor; suas melhores chances decorreram de bola cruzadas e alçadas. 

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Findo o jogo o torcedor se perguntava : Railan não é melhor do que Roniery ? Feijão não tem lugar nesse time ? 

Destaques para a boa atuação de Lomba, fez três defesas que garantiram o resultado. O miolo de zaga com Démerson e Lucas Fonseca foi bem. Fahel fez um golaço, Rafael Miranda correu muito e Leo Gago arrumou o meio campo, botou a bola no chão, virou jogo, tentou chutes, foi o melhor. Rahyner e Kieza deram sangue e apanharam bastante.

O Goiás é um time durão, quase gaúcho. Amaral, Thiago Mendes, Moisés e Ramon destacaram-se individualmente.

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O tricolor joga no próximo sábado em São Paulo, contra o Corínthians (de novo ? ), com desfalques nas duas laterais, Roniery e Guilherme Santos punidos com cartões amarelos, além de Rahyner. Railan e Raul devem entrar nas laterais e no lugar de Rahyner pode dar Branquinho, Maxi ou Emanuel Biancucchi... até o rápido Bárbio ou o mais defensivo Uéliton. 

Como Charles vai agora encarar o Corínthians, lá em SP... fechadinho ou encara de igual pra igual ? Pela Copa do Brasil, há pouco, o Bahia perdeu lá de 3 x 0 e ganhou aqui na Fonte(1x1), com um mistão, encarando. Cada jogo é um jogo. 

O Corínthians, no domingo, venceu o Santos ( 1 x 0), na Vila Belmiro, no jogo de re-estréia de Robinho no time peixeiro, após umas boas temporadas na Europa. Atuou bem. 

Mas o ‘timão’ aproveitou-se bem da expulsão de um volante santista ainda na primeira etapa (dois cartões amarelos) e conseguiu o placar mínimo com um gol de cabeça, na segunda etapa, do zagueiro Gil, escorando escanteio. Com 27 pontos ganhos, o Corínthians é o terceiro na tabela de classificação, a 3 pontos do líder Cruzeiro. Parada indigesta pro Bahia, pois não ? 

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Enfermidades
Em entrevista ao repórter Diego Adans, o secretário de Futebol do Ministério do Esporte , Toninho Nascimento, alerta: “Precisamos curar a doença do futebol Brasileiro” 
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O ex-jogador Leonardo, hoje dirigente do PSG constata que o nosso Campeonato Nacional , o tal ‘Brasileirão’ é muito ruim, sem atrativos, desconhecido na Europa; trata-se de um produto invendável. 

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Um futebol desestruturado, corrupto e falido fora de campo, das divisões de base dos clubes às federações e CBF, e tecnicamente muito ruim nos gramados, com jogos duros de se ver, faltosos, mal jogados, além de arbitragens patéticas, sem critérios. 
Fica a questão: será que a tal ‘renovação’, tão exigida depois dos 7 x1 na Copa, contra a Alemanha, acontecerá ‘de mermo’ com Gilmar Rinaldi, Dunga, Del Neros... com o nosso Ney Campelo (PCdoB) em Brasília, como assessor de Dilma para assuntos do futebol brasileiro (campanha, plano de governo) ... arre, alguém acredita?