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VALENCIA (ES) CELEBRA FALLAS APÓS 2 ANOS SEM FESTEJOS, p TASSO FILHO

A origem da festa vem do século XVIII, quando os carpinteiros, na véspera do dia do seu padroeiro, São José, queimavam uma fogueira purificadora
Tasso Filho , Valencia, Espanha | 05/09/2021 às 12:55
As fallas são consideradas o Carnaval de Valencia, ES
Foto: TFF
  
Após mais de 2 anos sem celebrações por conta da pandemia do coronavírus, a mais tradicional e maior festa de Valencia, Espanha, voltou a acontecer. As Fallas, mais conhecido como o “Carnaval Valenciano”, foram realizadas entre os dias 1 e 5 de setembro, trazendo cor, alegria, fogos de artifício e turistas para as ruas de Valencia. A festa normalmente é realizada do mês de março e é considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade desde 2016 pela UNESCO.

A origem da festa vem do século XVIII, quando os carpinteiros, na véspera do dia do seu padroeiro, São José, queimavam uma fogueira purificadora; queimando as sobras e limpando as oficinas antes de começar a primavera. Com o passar dos anos essa tradição foi crescendo junto com a imaginação dos valencianos, que de simples fogueiras de madeira, passaram a criar grandes e coloridos monumentos feitos de madeira, isopor e papel machê que representam, criticam e expõem fatos do mundo e da sociedade em que vivemos. As Fallas chegam a até 30 metros de altura e podem custar até 120 mil euros.  

Cada rua e bairro tem sua comissão organizadora que passa o ano todo capitando recursos para a montagem desses monumentos. São, ao todo, cerca de 700 Fallas espalhadas por toda a cidade. As Fallas participam de uma competição onde, obviamente, a mais bonita vence. No último dia de festas, todos os monumentos são queimados.

       O bairro de Ruzafa estava lotado, como a muito tempo não se via, e foi um dos bairros destaque com a Falla de Papel(Falla inspirada na série La Casa de Papel) e a Falla Neo Feminista.

Assim como em Salvador, a cidade de Valencia muda nos dias de Fallas porém, devido à pandemia do coronavírus, as Fallas desse ano foram realizadas em condições excepcionais. As disputadas e tradicionais barraquinhas de comidas e bebidas estavam presentes e lotadas, porém esse ano não foram permitidas a montagem de palcos, nem festas com música pela rua. 

         A verdade é que mesmo sem música e com a pandemia, as ruas estavam lotadas. Gente de todas as idades se divertindo e relembrando da vida antes do coronavírus.  Pessoas com máscaras e outras sem, mas muito policiamento e tudo devidamente organizado. O toque de recolher também esteve presente e às 1h da manhã todos tiveram que ir para casa. 

A Espanha tem mais de 70% de sua população vacinada e os grandes eventos já estão voltando a acontecer. Quando será que o Carnaval retornará à Bahia?