Turismo

RIO TEJO: SÉTIMA MARAVILHA DA CAPITAL PORTUGUESA PARA CURTIR E AMAR

É tão querido em Lisboa que parece ser um rio genuinamente português, mas, nasce na Espanha
Tasso Franco , da redação em Salvador | 21/01/2020 às 10:18
O Tejo, o por do sol na Torre de Belém e turistas à beira rio
Foto: BJÁ
   O Rio Tejo nasce na Espanha com o nome de Tajo (tacho em aragonês) na Serra de Albarracim e ganha fama em Lisboa após percorrer 1.007 km onde forma um estuário e deságua no Atlântico, donde partiram as naus para a descoberta do Novo Mundo.

  É tão famoso na capital portuguesa que mais parece um rio genuinamente português, como o São Francisco, no Brasil. Em sua bacia hodrográfica, terceira mais extensa da Península Ibérica, corta três cidades espanholas, alimenta 7 barragens na Espanha e duas centrais nucleares, e na parte baixa 15 localidades portuguesas incluindo Vila Franca de Xira, Santarém e Lisboa.

  É tão querido em Lisboa com as pontes 14 de Abril ligando a cidade a Almada e a Vasco da Gama, maior da Europa, com 17km, ligando Sacavém (Lisboa) a Alcochete que donde se vai na capital do poeta Fernando Pessoa, cidade enladeirada, aprecia-se o Tejo.

    As suas margens, desde o Cais do Sodré até a Ponte de Belém praticamente há um calçadão incluindo a área das Docas, o Porto Madero português, para passear e curtir o Tejo. Há, ainda, passeios náuticos pelo Tejo, por do sol em Belém ou em Cascais programas que envolvem o rio.

  No Terreiro do Paço há um cais contemplativo do Tejo onde milhares de pessoas diariamente vão apreciar o rio, curtir, produzir fotos e videos, namorar, ouvir música, vê transatlânticos cortando o Tejo rumo ao Atlântico, apreciar pescadores à beira rio com suas águas formando ondas. No terremoto de 1755 inundou toda a parte baixa de Lisboa conhecida, hoje, como baixa pombalina. 

  A parte que os turistas curtem mais do Tejo fica nas proximidades do Mosteiro dos Jerônimos uma monumental construção manuelina erguida para ser o ícone arquitetônico da Dinastia dos Avis, onde está o Monumnento dos Navegadores Portugueses e a Torre de Belém. 

   Há um calçadão entre o Monumento e a Torre e os turistas percorrem esse trecho em 15 a 20 minutos se antes não parar nos quiosques e bares que há no percurso. No final da tarde, por do sol, é encantador. 

   Nesse ponto também faz-se passeios pelo Tejo em imensos barcos repletos de turistas. Não diria que seja tão romântico como no Rio Sena, mas, tem-se visões diferenciadas de Lisboa a partir do Tejo. (TF)

WIKIPEDIA DADOS GEOGRÁFICOS

O rio Tejo (em castelhano Tajo, aragonês Tacho) é o rio mais extenso da Península Ibérica. A sua bacia hidrográfica é a terceira mais extensa na Península, atrás do rio Douro e do rio Ebro. Nasce em Espanha - onde é conhecido como Tajo - a 1 593 m de altitude na serra de Albarracim, e após um percurso de cerca de 1 007 km, desagua no oceano Atlântico formando um estuário em Lisboa.

Nas suas margens ficam localidades espanholas como Toledo, Aranjuez e Talavera de la Reina, e portuguesas como Abrantes, Santarém, Salvaterra de Magos, Vila Franca de Xira, Alverca do Ribatejo, Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria, Sacavém, Alcochete, Montijo, Moita, Barreiro, Seixal, Almada e Lisboa.

Do estuário do Tejo partiram as naus e as caravelas dos descobrimentos portugueses. A onda que assolou Portugal no dia do terramoto de 1755 subiu o rio e inundou Lisboa e outras localidades na margem.

Em Lisboa, o estuário do Tejo é atravessado por duas pontes. A mais antiga é a Ponte 25 de Abril (inaugurada em 1966, então Ponte Salazar), uma das maiores pontes suspensas da Europa, e que liga a capital de Portugal a Almada. A outra é a Ponte Vasco da Gama, de cerca de 17 km de comprimento. Foi inaugurada em 1998 e liga Lisboa (Sacavém) a Alcochete, Moita e Montijo. O local mais largo deste rio chama-se Mar da Palha, um lago, e fica entre Lisboa, Vila Franca de Xira e Benavente.

Todos os anos no porto de Lisboa, atracam centenas de paquetes de luxo, principalmente na doca de Alcântara. No seu estuário existe uma reserva ecológica (Reserva Natural do Estuário do Tejo, com sede em Alcochete) onde nidificam várias espécies de aves. Devido à grande poluição do rio deixaram de existir golfinhos de forma permanente, mas nos últimos anos durante o Verão têm aparecido exemplares, que após uma boa pescaria retornam ao mar.

Desagua no oceano Atlântico, formando o chamado mar da Palha, o mais importante da Península Ibérica, tanto pelas dimensões como pela relevância sociodemográfica. Na parte norte, este espaço está protegido legalmente mediante a Reserva Natural do Estuário do Tejo, criada em 1916, com uma área de 14 560 hectares.

Aqui se integram zonas húmidas, lodos, salinas, ilhotas e terrenos agrícolas que, a cada inverno, dão abrigo a cerca de 80 000 aves. A vila de Alcochete, situada na margem esquerda do estuário, pode ser considerada como a principal localidade de referência deste espaço protegido.

O rio bordeja a parte oriental e meridional de Lisboa, onde se encontram diversos monumentos, erigidos praticamente na margem, como a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, ambos de estilo manuelino, declarados Património da Humanidade. No seu final, já na fronteira com o mar, encontra-se uma pequena ilha com o Forte de São Lourenço e Farol do Bugio.