Turismo

55% DOS VISITANTES AO MEMORIAL IRMÃ DULCE NÃO MORAM EM SALVADOR

Pesquisa da UNIFACS aponta ainda que 73% do público é composto por mulheres
Comunicativa , Salvador | 25/09/2019 às 15:16
Nas visitas, mulheres são maioria
Foto: BJÁ
A maior parte dos visitantes ao Memorial Irmã Dulce tem entre 46 e 65 anos, são do sexo feminino e residem fora de Salvador. Isso é o que mostra a pesquisa feita pela UNIFACS, em iniciativa voltada a potencializar a vocação para o turismo religioso existente no local em face à canonização da Santa Dulce dos Pobres no próximo dia 13 de outubro.

Dados levantados pela pesquisa, realizada entre 13 de agosto e 1º de setembro de 2019 na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), no Largo de Roma, em Salvador, mostram que mais da metade dos visitantes do local, que inclui o memorial, santuário, loja e café, residem fora de Salvador - 30% dos visitantes tem origem de outros municípios baianos, enquanto 25% são de outros estados do Brasil.

Entre os não residentes na capital baiana, 32,8% visitaram Salvador motivados pelo turismo religioso especialmente para conhecer a OSID, seguido de 27,6%, que afirmaram estar na cidade a lazer e aproveitaram para visitar a obra. Do total, 46% visitaram o memorial pela primeira vez. As principais motivações para a visita são devoção a Irmã Dulce (46%) e desejo de conhecer mais sobre Irmã Dulce (42%).

Em relação ao perfil, o levantamento aponta que, em primeiro lugar, vem os visitantes entre 56 a 65 anos (27%). Logo em seguida, com 26%, ficam as pessoas com 46 a 55 anos e, por fim, a faixa de 36 a 45 anos representa 22%. As mulheres se destacam, chegando a ser 73% dos que visitam a OSID, contra 27% do público masculino.

Boa parte tem Ensino Superior completo (30%), seguido do Ensino Médio completo (27%). O rendimento mensal dos entrevistados é bastante diverso, mas é possível observar a predominância de pessoas que ganham até um salário mínimo (24,2%). No outro extremo, pessoas com renda superior a oito salário mínimos representam 22,2% dos visitantes.

Para a professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da UNIFACS, Marluce Lodi, e coordenadora da pesquisa, a iniciativa é uma etapa crucial quando se busca atender melhor um determinado público. “Queremos conhecer quem visita o OSID e identificar o nível de satisfação deles em relação a sua estrutura e o entorno. Por isso é importante coletar informações para que se possa oferecer o produto e serviço que seja adequado a esse público”, relata.

Território Santo

A pesquisa realizada pela UNIFACS integra uma série de ações que a universidade tem feito de forma a estruturar um arranjo produtivo local (APL) para o chamado Território Santo, região entre a Basílica da Conceição da Praia, no Comércio, até a Igreja da Penha, localizada na península de Itapagipe.

O objetivo é organizar um ecossistema que reúna as culturas locais e atores sociais dessa região a fim de fomentar o turismo no entorno do santuário de Irmã Dulce no Largo de Roma e em todos os pontos religiosos da Cidade Baixa, dinamizar a economia local, fortalecer as comunidades existentes nesse perímetro e estimular também o desenvolvimento social. Até o momento, já foram mapeados 15 atrativos na região por onde circulou Irmã Dulce. O próximo passo agora é em consolidar esse mapa para pleitear melhorias ao Poder Público e estimular o fluxo de visitantes