O Museu do Cinema está previsto para abrir as portas em 2019 na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. Será um verdadeiro oásis para os amantes da sétima arte. Kerry Brougher, diretor do museu, disse em entrevista ao jornal El País, que será um “centro do mundo do cinema, um lugar ao redor do qual se possam juntar os amantes do gênero não só para ver uma exposição, mas também para se sentar para falar dos filmes, descobrir coisas novas e assistir a palestras”.

O primeiro projeto tinha como data de entrega o ano de 2008, mas a crise econômia americana adiou em 10 anos os planos de Brougher. 

Foi a partir de 2008 que a Academia, responsável pelo Oscar, começou a adquirir recordações de Hollywood que durante anos tinham sido deixadas em baús privados. Em 2012, por exemplo, comprou em um leilão os sapatos de rubis que Judy Garland usava em O Mágico de Oz, graças a uma doação de Leonardo DiCaprio. 

No total, serão expostos mais de 2.500 objetos entre tecnologia antiga, vestuário e material de produção e de divulgação.

Todo o material está guardado no Centro Mary Pickford para o Estudo do Cinema. Além dos sapatos de rubi, estão a máscara original de Alien desenhada por H. R. Giger para o filme dirigido por Ridley Scott em 1979, a uma peruca vermelha de Harpo Mar e a cadeira de produção feita sob medida para Shirley Temple. 

O museu não será apenas um espaço para exibição de raridades de filmes clássicos de Hollywood. O museu será também um centro de estudos da história e do futuro do cinema. Está projetado para ser o museu total sobre essa indústria. “É um museu sobre a ciência do cinema e a arte que sai dela”, nas palavras de Kerry Brougher.

A coleção inclui filmes. São de 190.000 títulos em filme e vídeo, entre os quais estão as cópias de todos os filmes ganhadores do Oscar e de todos aqueles que a Academia em algum momento considerou que tinham valor. 

O financiamento do museu é privado: 100% em doações. Só o diretor Steven Spielberg e Jeffrey Katzenberg puseram, cada um, 10 milhões de dólares. 

O projeto, a cargo do escritório de Renzo Piano, consiste em remodelar um edifício art déco dos anos 30. Ao edifício original será acrescida uma esfera que terá dentro um cinema com mil assentos. 

“Como somos um museu, não basta ter um projetor digital. Podemos projetar 16, 35 e 70 milímetros”, explica Brougher. “Até está equipado para projetar cópias em nitrato de celulose, que deixaram de ser produzidas por volta de 1950.”