Turismo

CARNAVAL SEM SAMBA: Prefeitura do Rio e Escolas ainda sem acordo

Prefeito Crivela confirma que vai mesmo reduzir a verba em 50%
Da Redação , Salvador | 21/06/2017 às 10:29
Desfile no sambódromo
Foto:
   O desfile das Escolas de Samba do grupo especial no carnaval do ano que vem continua ameaçado. Hoje (20) o presidente da Riotur cancelou uma reunião que teria com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para tratar do assunto. De volta ao Rio de Janeiro após viagem ao exterior, o prefeito Marcelo Crivella voltou a afirmar que não volta atrás na decisão de cortar pela metade o repasse da prefeitura às agremiações. 

— O que o prefeito disse causou surpresa. Muita surpresa. Estávamos conversando para tentar encontrar uma solução. O prefeito marcou um encontro conosco, mas acabou desmarcando para atender outros compromissos. Ele ficou de receber a Liesa e os presidentes das escolas. Ficamos surpresos. Nós e todos os sambistas. Ele voltou de viagem e dá uma declaração dessas. Não deu para entender — afirmou Castanheira.

No Facebook, o secretário de Educação Cesar Benjamin defendeu a postura do prefeito: 

"O prefeito Marcelo Crivella não cortou os recursos das escolas de samba. Ele cortou o AUMENTO desses recursos para poder dar um REAJUSTE às creches conveniadas, para que elas não fechem as portas. A verba do samba permanece no patamar tradicional. Os recursos novos para a educação serão gerenciados por mim, no âmbito da SME, e me permitirão reabrir negociações para o aumento de vagas".

O mundo do samba, por sua vez, vem se manifestando contra o prefeito. Carnavalescos e integrantes de escolas fizeram um protesto em frente à prefeitura. Monarco, sambista da Portela, criticou durante a decisão do prefeito. 

Hoje, em São Paulo, Crivella negou qualquer relação entre o corte de verbas e religião. O prefeito do Rio é bispo licenciado da Igreja Universal. 

"Não tem nada de religião. É responsabilidade fiscal", disse o prefeito,que criticou o ex-prefeito Eduardo Paes. "Ano passado foram R$ 2 milhões por escola. Antes sempre foi de R$ 1 milhão. Não me consta que nos outros anos os desfiles tenham sido menos glamurosos".