Turismo

ORLA DE LAURO DE FREITAS: Novo projeto prevê construção de 58 barracas

Proposta é só derrubar as atuais barracas após a construção das novas
Decom , Lauro | 07/05/2017 às 19:40
Audiência na 13 Vara Civel Federal
Foto: BJÁ
A prefeita Moema Gramacho apresentou o projeto “Praia – Uma realidade para Lauro de Freitas”, durante audiência na 13ª Vara Cível Federal, presidida pelo Juiz Carlos D'Ávila Teixeira. A proposta é uma resposta imediata à ação movida pelo Ministério Público, Superintendência do Patrimônio da União, Instituto Chico Mendes e Ibama que solicitam a retirada das construções das faixas de areia das praias. “Nós sugerimos que a derrubada das construções aconteça após os trabalhadores serem remanejados para locais adequados”, destaca a gestora.

A iniciativa contempla os permissionários das barracas das praias do município com o remanejamento para outras áreas da orla que não prejudiquem o meio ambiente e nem afetem a economia local. De acordo com Moema, serão construídas oito barracas em Vilas do Atlântico, 11 em Ipitanga e mais 39 em Buraquinho. As construções serão edificadas em madeira e alumínio com frente e interior padronizados contando com banheiro, balcões e pia. A cada dez conjuntos de barraca, serão construídas estações com seis chuveiros e um sanitário para banhistas. “O descarte das águas será feito após tratamento em estações de esgoto construídas no local. Também pensamos na reutilização das águas que descerão dos chuveiros diretamente para caixas de descarga, economizando cerca 40% com esse processo”, pontuou.

A primeira etapa do projeto contempla a praia de Ipitanga, na faixa de extensão que abrange do Centro Panamericano de Judô até a primeira rotula, está orçada em R$8 milhões. Além das estruturas comerciais, o plano também propõe a criação de mais cinco quiosques para venda do artesanato local, orientações a turistas e, dentre eles, um direcionado a ser base do Projeto Tamar. Parques de lazer infantil, quadra poliesportiva, pista de skate e um mirante com acessibilidade para cadeirantes também foram descritos.

O projeto também propõe a construção de uma faixa de ciclovia na orla que será interligada com mais 60 km de pistas oriundos do projeto “Cidade Ciclovia” – iniciativa da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que foi captada para a cidade no início do ano pela gestão. O equipamento destinado à locomoção com bicicletas, patins ou patinetes iniciará no Aeroporto Internacional e percorrerá todo o centro da cidade.

Em Vilas do Atlântico a ideia é bem parecida com a estrutura lançada para Ipitanga. Na região serão construídos estacionamentos que facilitarão o tráfego de veículos aos finais de semana e feriados, período de maior intensidade de banhistas. Para Buraquinho, a proposta é utilizar as áreas onde hoje está instalada uma praça. “Na época em que implantei a praça, destaquei a intensão de realizar o recuo das barracas”, frisou Moema. Ruas próximas à praia serão utilizadas pelos veículos no “modo transbordo” em períodos específicos.

Antes da audiência na Justiça Federal, o projeto foi apresentado e discutido com os permissionários, em reunião no auditório da Secult, com a presença de secretários. Comerciante da praia de Ipitanga há mais de 45 anos, a gerente da barraca Estrela do Mar, Simone Oliveira, destaca que o projeto contempla as necessidades dos permissionários. “Estou muito otimista com tudo que eu vi. O projeto tem o aspecto positivo. As praias continuarão lindas, mais ainda”, comemora. Para Tia Delza, proprietária da barraca que leva seu nome há 52 anos, a gestão de Moema é a garantia de que tudo ocorrerá bem. “Confio nela. Sei que tudo isso só virá para melhorar nosso trabalho”, disse.

Uma cópia do projeto foi entregue aos propositores da ação que avaliarão sua execução e impactos. O juiz Carlos D´Ávila deu prazo de dez dias úteis para que apresentem parecer argumentativo.