Turismo

Cachoeira completa 180 anos de cidade e tem rico acervo arquitetônico

É considerada a segunda capital do estado
IPAC , Salvador | 13/03/2017 às 16:49
Cachoeira e do outro lado São Félix
Foto: Geraldo Moniz
Cachoeira está completando hoje (13), 180 anos desde que foi elevada à categoria de cidade por decreto imperial de 13 de março de 1837 (Lei Provincial 44). “A cidade é monumento nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e é considerada como uma segunda capital do estado pela sua importância histórica, cultural e arquitetônica”, explica o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos de Oliveira.
 
Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual também transfere sua sede para Cachoeira, num reconhecimento histórico pelos feitos da cidade em prol do país, via Lei Estadual nº10 695/07. Na cidade, o IPAC coordenou o programa Monumenta do IPHAN/MinC que recuperou dezenas de imóveis, monumentos, igrejas e duas orlas fluviais (Cachoeira e São Félix). Cachoeira foi a cidade brasileira que mais recebeu recursos do Monumenta. Igrejas do Monte e da Matriz, Convento do Carmo e Cineteatro Glória foram alguns dos importantes imóveis restaurados.
 
LIVROS e DOCUMENTÁRIOS – Através da coordenação do IPAC/Monumenta foi restaurado e entregue ainda o atual prédio do Centro de Artes Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. “Além disso, o IPAC atua na região já que tem bens culturais protegidos, como a Festa da Boa Morte (Cachoeira) e doze terreiros (Cachoeira e São Félix)”, completa João Carlos. Ele ressalta que livros e vídeos-documentários sobre terreiros e a Boa Morte também foram produzidos pelo IPAC.
 
No ano passado, o IPAC repassou materiais para obras prediais em dez terreiros que receberam o ‘Registro Especial’ para contemplar os espaços físicos e os bens simbólicos desses locais. Outra iniciativa do IPAC na cidade de Cachoeira é a ação-piloto do programa de residências artísticas, criado via parceria com a Fundação Cultural do Estado (FUNCEB), ambos órgãos da secretaria estadual de Cultura (SecultBA). O apogeu da cidade ocorre nos séculos XVIII e XIX, quando seu porto escoava a produção agrícola do Recôncavo. No início do século XX, a economia entra em declínio.
 
A presença de africanos, afrodescendentes, indígenas e europeus trouxe diversidade singular à ambiência e cultura local. Os livros são acessados via download no link http://goo.gl/CDv6q3. Ou ainda podem ser obtidos na sua versão impressa no Centro de Documentação e Memória (DECOM) do IPAC, na Rua Gregório de Mattos, n.29, Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, no horário das 8h às 12 e 13h às 17h. Informações via (71) 3116-6945. Acesse: www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’ e twitter ‘@ipac_ba’.