Tecnologia

BOLA DA VEZ: Smartphones caem no gosto da população brasileira

Quando questionados sobre a principal causa para não possuírem acesso à rede, os moradores desconectados apontam o preço (26%), falta de interesse (18%) e falta de necessidade (8%).
Nara Franco , Rio | 06/09/2017 às 13:06
Quase todo mundo tem
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Números da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros — TIC Domicílios 2016, divulgada nesta terça-feira (5) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) mostrou que o smartphone veio para ficar na vida do brasileiro. 

No ano passado, o Brasil tinha 107,9 milhões de internautas, 61% da população, sendo que 94% deles fizeram uso dos smartphones para acessar a rede. Os números revelam que 51% dos usuários acessaram a rede usando tanto o computador como o celular, queda de cinco pontos percentuais em relação ao mesmo estudo realizado há dois anos; e 43% acessaram apenas pelo smartphone, contra 20% em 2014. Apenas 6% dos internautas usam apenas o computador, contra percentual de 24% dois anos atrás.

Dos internautas que usaram smartphones nos três meses anteriores às entrevistas, 86% fizeram uso de redes Wi-Fi, contra 70% que usaram pacotes de dados de operadoras. E 25% disseram usar apenas o Wi-Fi. O preço continua sendo o principal fator apontado pelos brasileiros como impedimento para o acesso à rede. No país, 36,7 milhões dos domicílios possuem conexão à internet, o que representa 54% dos lares. Por outro lado, 46% continuam offline, sobretudo entre as classes D e E e zonas rurais. 

Quando questionados sobre a principal causa para não possuírem acesso à rede, os moradores desconectados apontam o preço (26%), falta de interesse (18%) e falta de necessidade (8%).

Entre os conectados, as respostas sobre os preços pagos pelo acesso à rede sugerem o custo elevado. Três em cada dez residências gastam mais de R$ 80 mensais com internet, e, na outra ponta, duas em cada dez pagam até R$ 40.

Como os pacotes de dados 3G e 4G têm arranjos que os tornam mais em conta, cresce o número de residências com acesso à internet, mas sem computador. Em 2014 eram apenas 7% dos lares conectados, e no ano passado, 14%. Outra estratégia utilizada pelos brasileiros é ter o acesso compartilhado com vizinhos, presente em 18% das residências.