Colunistas / Miudinhas
Tasso Franco

GLOBO REPÓRTER mostra o trem bala japonês e Brasil segue de carroça

Brasil deveria inspirar-se no Japão para avançar em tecnologia, em civilidade e no respeito a natureza
19/05/2018 às 19:03
MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. A REDE GLOBO exibiu na noite de ontem no Globo Repórter a primeira etapa de reportagens sobre o Japão por seu correspondente Márcio Gomes. A segunda etapa vai ao ar dia 24 de maio. A equipe usou o trem bala para cortar o país de ponta a ponta e mostrar sua cultura, tecnologia, cidades, campo, aspectos gerais de um país moderno e contempoâneo, com alta qualidade de vida.

  2.  O trem bala é a estrela do Japão. Ele é muito famoso não apenas no país, mas no mundo inteiro. Chama-se Shinkansen. Um míssil em disparada, riscando um país inteiro a mais de 300 quilômetros por hora! Hoje, a malha tem quase 2.400 quilômetros aproximando as grandes metrópoles e mais de 300 trens-bala por dia.

   3. Segundo Márcio Gomes, "o trem bala é a nossa máquina do tempo, nos levando de volta a um dos períodos mais dolorosos da história da humanidade. Hiroshima, 6 de agosto de 1945. Uma segunda-feira, às 8h15 da manhã. O dia e a hora em que a terra ardeu tanto quanto o sol. Apenas as construções mais resistentes ficaram de pé. Milhares de pessoas morreram e, por causa da radiação, acreditava-se que sequer grama cresceria de novo ali. Quem diria que viria dos trilhos os primeiros sinais de que Hiroshima iria renascer".

   4. A cidade - com mais de um milhão de habitantes - foi totalmente reerguida após a guerra. A cúpula retorcida é um exemplo da força desse povo. Abalada, em ruínas, e continua de pé. Virou um memorial da paz, patrimônio mundial e um dos lugares mais visitados do Japão.

   5. Logo depois do fim da guerra, os moradores pegavam a farinha distribuída pelo governo americano e misturavam com o que tinham à mão numa chapa. Assim se popularizou o okonomiaki, um prato que nasceu da necessidade. Heranças da guerra. Enquanto o medo insiste mundo afora, Hiroshima resiste defendendo o fim das armas nucleares. Um eterno pedido de paz ecoando pelo planeta.

   4. Faço esse comentário para mostrar como um país, de povo disciplinado e que enfrentou várias guerras violentissimas, com a China, a Coréia, a Rússia, os Estados Unidos, participou ativamente da II Guerra Mundial e teve duas cidades destruidas integralmente - Hiroshima e Nagashaki - conseguiu tornar-se um dos mais dinâmicos do mundo, com uso da alta tecnologia, economia equilibrada há décadas, mesmo ocupando um território sujeito a terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas, neve e outras situações drásticas. 

   5. Imaginar que, há pouco mais de 120 anos imigrantes japoneses chegaram a Santos em busca de oportunidades melhores de vida e fundaram com o decorrer dos anos, a maior colônia japonesa fora do Japão. E mais: o Japão tem um povo civilizado, educado, com baixissimas taxas de homicidios, mantém suas tradições milenares vivas e em funcionamento, exporta sua cultura para o mundo em heróis de quadrinhos, no cinema e em video, e tornou-se um povo longevo diante da alta qualidade de vida com grupos enormes de pessoas vivendo saudáveis com mais de 100 anos.

   6. No Japão não há corrupção no modelo latino-americano e quando uma empresa erra o CEO vai a TV e pede desculpas a população. E cobre os danos. O cuidado que o japonês tem com a natureza impressiona com seus parques. Marcos mostrou isso nas bordas do Juji monte nevado simbolo do Japão, e também cuidado com as cerejeiras, os rios, os lagos, o mar. 

   7. Quando tem um terremoto, os japoneses reconstroem danos numa estrada em uma semana. Já teve casos de recompor uma cratera enorme numa grande cidade em 24 horas. Isso dá uma inveja danada a nós que não conseguimos tapar um buraco da Embasa num mês.

   8. Vou dar um exemplo rasteiro: a Bahia Gás fez uma vala para colocar uma encanação na Av Tancredo Neves de Baixo, em Salvador, em frente ao Barbacoa, tem 6 meses ou mais, e a vala foi recomposta com asfalto "sonrisal" e produziu uma buraqueira enorme. É chover, as poças d'água aparecem. Outra caso emblemático: O Estado tem mais de um ano para desmontar uns ferros do antigo Centro de Convenções da Bahia. Nem precisa dar muitos exemplos.

   9. A Bahia tem 10 anos tentando fazer uma estrada de ferro, a Fiol, ligando Oeste-Leste, e o tal do Porto Sul. Conclusão? Nem pensar. Já começaram, pararam, recomeçaram, e os trilhos e outras peças estão nos locais e nos canteiros de obra. No Japão, uma ferrovia dessa se fazia em 6 meses. E a ponte Salvador-Itaparica? Mais 10 anos de lero-lero. No Jpão já tinham feito 10 pontes.

   10. O metrô de Salvador começou em 1999 e a primeira etapa foi inaugurada por João Henrique em 2012, 6.5 km; e a segunda, por Rui Costa, em 2018, algo em torno no total de 28k. O metrô de Madrid é ampliado em 4.5 km ao ano. Ou seja, em 20 anos: 90 km.

   11. O Trem Bala anunciado pela ex-presidente Dilma entre São Paulo capital e Campinas nunca saiu do papel. O Japão tem 2.400km de linhas com 300 trens. O Brasil não consegue fazer unzinho. 

   12. Quando o Brasil de hoje vai chegar ao nível do Japão? Nunca. Quando Salvador for ligada a Juazeiro pela linha férrea com trem bala nem meus bisnetos vão alcançar. A essa altura, o Japão já estará com carros voadores. Muito triste essa situação, mas, a realidade.
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   13. Nossa realidade: A população de Teolândia, no Sul baiano, comemorou importantes reforços nas áreas da saúde e agricultura familiar, neste sábado (19). Em visita ao município, o governador Rui Costa entregou obras, anunciou convênio com a prefeitura para aquisição de um veículo e equipamentos para fortalecer a agricultura familiar da região.

   14. Nós precisamos fortalecer a agricultura familiar na Bahia. A Bahia é um estado grande, de vocação agrícola, mas que ainda compra muitos produtos de outros estados, então, se a gente quer uma economia mais forte, nosso povo precisa produzir mais, com uma qualidade maior, e  por isso nós estamos determinados a apoiar as cooperativas e associações pro povo produzir cada vez mais, ganhando seu sustento, fortalecendo o comércio e a economia da região”, afirmou o governador.

   15. No II Seminário de Agroecologia e Produção Orgânica do Território Sertão Produtivo (Seapo), realizado no Instituto Federal Baiano, em Guanambi, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) criticou a articulação da bancada ruralista, no Congresso Nacional, para flexibilizar a Legislação de agrotóxicos no Brasil, com a votação do chamado "Pacote do Veneno", adiada esta semana para acontecer em 29 de maio. 

   16. O parlamentar avalia que a medida representa "um risco à vida" e é "inadmissível" retrocesso num país que já vive "o total descontrole" da comercialização e uso desses princípios ativos, responsáveis por contaminar 70% dos alimentos in natura consumidos por brasileiros, "com comprovados danos" à saúde pública e ao meio ambiente.

   17. Para marcar a Semana Mundial da Hipertensão, o Planserv compartilhou com seus beneficiários, através do Programa Sou + Saúde, uma série de informações preciosas voltadas para reforçar a prevenção da doença. 

   18. As dicas, publicadas no site e no aplicativo do plano, são de interesse direto tanto de beneficiários que já foram diagnosticados e estão sendo tratados quanto daqueles que podem agir para evitar a doença através da mudança de hábitos de vida.

   19. De acordo com o material divulgado pelo Planserv, preparado pela enfermeira Patrícia Santana Caldas com base em informações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a hipertensão arterial é uma doença crônica que pode ocasionar uma série de complicações em diversos órgãos, tais como coração, cérebro e rins. Por isso, o tratamento deve ser contínuo e adequado, pois quando não realizado pode reduzir e comprometer os anos de vida.

   20. A Secretaria da Educação do Estado publicou, no Diário Oficial deste sábado (19), o edital da terceira etapa do Mais Futuro, programa estadual de assistência estudantil. A iniciativa oferece auxílio financeiro para os estudantes das universidades Estaduais de Feira de Santana (Uefs), de Santa Cruz (Uesc), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e da Universidade do Estado da Bahia, (Uneb), que estejam em condições de vulnerabilidade socioeconômica, inscritos no CadÚnico, além de oportunidades de estágio no setor público. 

   21. O período para as inscrições é de 23 de maio a 21 de junho deste ano, através do site maisfuturo.educacao.ba.gov.br.
 
   22. Segundo o secretário da Educação, Walter Pinheiro, o programa vem contribuindo de forma decisiva para a permanência daqueles estudantes que mais precisam de apoio para continuar estudando. “Esta iniciativa já beneficiou cerca de 8.600 estudantes das universidades públicas estaduais nas duas primeiras etapas. 

   23. Com o Mais Futuro, estamos contribuindo para que os estudantes concluintes do Ensino Médio tenham a garantia de que, ao ingressar em uma de nossas universidades, possam cursar e finalizar o Ensino Superior, principalmente para os de baixa renda, que por muitos motivos acabam abandonando a universidade“.

   24. De acordo com as informações reunidas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a Bahia gerou 1.976 postos de trabalho com registro em carteira em abril de 2018, um aumento de 0,12% em relação ao montante existente no mês anterior. O resultado positivo decorreu da diferença entre 48.368 admissões e 46.392 desligamentos.

   25. O registro positivo para o estado da Bahia, em abril de 2018, foi inferior ao do mesmo período do ano anterior (+7.192 postos) e ao registrado no mês de março de 2018 (+4.151 postos), resultados que ainda não contemplam as declarações fora do prazo.

   26. Setorialmente, em abril, seis das oito atividades econômicas contabilizaram saldos positivos: Agropecuária (+1.730 postos de trabalho), Serviços (+1.104 postos), Indústria de Transformação (+481 postos), Administração Pública (+275 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (+124 postos) e Extrativa Mineral (+16 postos). Por outro lado, dois setores eliminaram posições de trabalho com carteira assinada: Comércio (-929 postos) e Construção Civil (-825 postos).

   27. Análise regional – Em abril de 2018, em relação ao saldo de postos de trabalho com carteira assinada, a Bahia (+1.976 postos) ocupou a segunda posição entre os estados nordestinos e a décima primeira no conjunto das unidades federativas. No Nordeste, seis estados apresentaram saldo positivo no mês: Ceará (+3.098 postos), Bahia (+1.976 postos), Maranhão (+1.332 postos), Piauí (+579 postos), Sergipe (+266 postos) e Paraíba (+154 postos). Portanto, a maioria dos nove estados da região apresentou desempenho positivo no quarto mês do ano, influenciando no resultado da região (+4.447 postos). Em contrapartida, três estados registraram saldos negativos: Alagoas (-2.565 postos), Pernambuco (-270 postos) e Rio Grande do Norte (-123 postos).