Saúde

Congresso de infectologia em Salvador abordará fake news sobre vacinas

Tema integra programação do 20° Infectoped, de 14 a 17 de novembro, no Othon Palace, em Ondina
Imprensa Pediatria , Salvador | 19/10/2018 às 13:01
Infectoped2018
Foto: div

 

Especialistas nacionais e internacionais discutirão em Salvador estratégias para o enfrentamento de fake news (notícias falsas) disseminadas na internet contra as campanhas de vacinação no Brasil. O tema faz parte da programação do 20º Congresso Brasileiro de Infectologia Pediátrica que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) realiza entre 14 e 17 em Salvador, em parceria com a Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).

As inscrições para a atividade, que será realizada no Bahia Othon Palace, em Ondina, estão disponíveis no site oficial do congresso (infectoped2018.com.br) com valores promocionais até 26 de outubro.

Segundo a infectologista pediátrica Lêda Lúcia Ferreira, presidente do 20º Infectoped, o Brasil tem um programa de imunizações bem estruturado, mas sofre com a queda da cobertura vacinal justamente no período em que voltou a registrar casos de sarampo, doença que estava sob controle, e diante do risco da poliomielite, erradicada em território nacional desde 1990.

"É uma questão que precisamos combater na nossa rotina diária para garantir a efetividade das campanhas e o enfrentamento eficaz a essas doenças”, pontua Lêda Lúcia, ao detalhar que a questão será tema da palestra de abertura da infectologista pediátrica e professora da Universidade Federal de São Paulo, Regina Succi.

Em julho deste ano, no período de divulgação da Campanha Nacional de Seguimento contra o Sarampo e a Poliomielite, o Ministério da Saúde (MS) reforçou a vigilância sobre o compartilhamento de informações equivocadas sobre efeitos das vacinas em sites de notícias e nas redes sociais. Do começo do ano até aquele mês, o MS recebeu mais de mil alertas de fake news, contra 2,2 mil recebidas em todo o ano de 2017.

 

PROGRAMAÇÃO – A programação do 20º Infectoped também dará destaque a questões relacionadas à febre amarela, infecções na criança imigrante, estratégias para eliminação da transmissão vertical do HIV e o crescimento na população de adolescentes, Arboviroses: dengue, Zika e Chikungunya, sífilis congênita e o aumento da resistência antimicrobiana nas infecções comunitárias e hospitalares.