Saúde

ILHÉUS: PMI exige explicações da SC sobre mães no chão em maternidade

A situação já foi normalizada
Secom Ilhéus , Ilhéus | 19/03/2018 às 16:41
Encontro para tomada de decisões
Foto: Rodrigo Macedo


A Prefeitura de Ilhéus convocou hoje (19) pela manhã diretores da Maternidade Santa Helena, em Ilhéus, para dar explicações plausíveis a respeito das imagens que circularam nas últimas horas, pelas redes sociais, de mulheres parturientes internadas naquela unidade, deitadas em tatames após o nascimento dos filhos. No final de semana, a secretária Elizângela Oliveira esteve na Maternidade para verificar a denúncia e acompanhar a situação.

Hoje, convocou uma reunião de emergência que contou com as presenças das enfermeiras Marleide Figueiredo e Naide Silveira, respectivamente Assistente Técnica e Diretora Administrativa da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, entidade mantenedora da maternidade; o secretário municipal de Comunicação, Alcides Kruschewsky e os advogados Márcio Cunha e Jefferson Domingues, procurador e sub-procurador Geral do Município. “Vamos apurar o que aconteceu”, assegurou.

Constrangimento - As imagens mostram parturientes em áreas incomuns da maternidade. De acordo com Naide Silveira, entre quinta-feira (15) e domingo (18), a Maternidade – a única em atividade em Ilhéus – recebeu 86 mulheres em trabalho de parto, a maior parte delas, segundo informou, em estado expulsivo, quando a gestante apresenta características de dilatação adiantada. O dia considerado crítico para o atendimento foi na sexta-feira – data em que as imagens foram gravadas – quando 35 crianças nasceram.

“Tínhamos que decidir, não havia tempo e estávamos com uma superlotação na maternidade, três vezes maior que em condições de normalidade. É fato que fizemos uma adaptação para garantir o atendimento a todas as mulheres, colocamos aonde não deveria, mas salvamos vidas. Priorizamos isso”, justificou.

Investigação - A Procuradoria Jurídica e a Sesau estão solicitando da Santa Casa o prontuário de todas estas pacientes para confirmar se, de fato, a grande maioria encontrava-se em estado expulsivo, que justificasse o acolhimento imediato em grande escala. “Caso isso não se confirme, iremos oficializar uma representação junto ao Ministério Público e notificar a maternidade”, afirma Elisângela Oliveira. O prefeito Mário Alexandre pediu rigorosa investigação do caso e repudiou a situação em que foram deixadas as nove gestantes que ficaram sob observação no tatame. “Qualquer que seja o nosso prestador de serviço ele não pode agir desta forma. O governo não aceitará este tipo de atitude de total desrespeito à população”, disse.

Vinte e quatro horas depois do ocorrido, a situação já era de normalidade na Maternidade Santa Helena com a maior parte das mães, liberada.