Saúde

Uso contínuo ou excessivo da pílula do dia seguinte é prejudicial

Medicamento deve ser usado apenas em situações emergenciais
Reinaldo Oliveira , Salvador | 08/01/2018 às 19:16
O ginecologista Dr. Jorge Valente
Foto: div
Também conhecida como contracepção de emergência, a pílula do dia seguinte é indicada para evitar uma gravidez indesejada após uma relação sexual sem a devida proteção. São muitas as dúvidas sobre o uso correto desse método, mas o mais importante é a conscientização de que se trata de um medicamento que deve ser usado apenas em situações emergenciais. Seu uso contínuo, excessivo ou inadequado pode ser prejudicial à saúde da mulher.  "É um método contraceptivo de emergência que deve ser usado o quanto antes e até 72 horas após uma relação sexual desprotegida," esclarece o ginecologista Jorge Valente, diretor médico do do Ceparh (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana).   

O médico adverte que a pílula do dia seguinte não deve ser usada continuamente, pois tem uma dosagem hormonal muito elevada, que pode desencadear vários efeitos colaterais sérios se usada com frequência, além disso a sua eficácia é menor que a dos métodos contraceptivos tradicionais. A pílula do dia seguinte é indicada para casos emergenciais, quando o ato sexual aconteceu sem o uso de preservartivo ou o mesmo se rompeu ou ainda quando a mulher foi vítima de violência sexual.

Segundo Jorge Valente, quando usada nas primeiras horas após a relação sexual, a pílula pode evitar a gravidez em cerca de 95% dos casos. "É um método considerado seguro, quando usado de forma adequada", ressalta. “Apesar de ser chamada de pílula do dia seguinte, a mulher não deve esperar o dia seguinte para tomar, o quanto antes ela usar após a relação sexual, maior será a eficácia”, esclarece o médico.

Dentre os efeitos colaterais comuns, náuseas e vômitos, desregulação da menstruação, inchaço e dor de cabeça.  A pílula do dia seguinte não deve ser usada por mulheres que sofrem de hipertensão descontrolada, insuficiência hepática ou que possuem histórico de trombose.

Mulheres que têm uma vida sexual regular e desejam evitar filhos devem ser avaliadas por um ginecologista porque há no mercado diversos tipos de métodos contraceptivos e só o médico pode avaliar qual o mais indicado de acordo com o histórico de saúde de cada paciente.