Saúde

Sobape se engaja em ação para reduzir mortalidade neonatal

Estratégia Qualineo foi lançada hoje na Bahia, que está entre os estados prioritários das ações
Imprensa Pediatria , Salvador | 17/07/2017 às 18:28
Sobape se engaja em ação para reduzir mortalidade neonatal
Foto: div
Em apoio ao programa do Ministério da Saúde, a presidente da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), a pediatra Dolores Fernandez, participou na manhã de hoje (17) do lançamento da Estratégia Qualineo na Bahia. A iniciativa do Ministério da Saúde tem como objetivo reduzir a mortalidade neonatal em bebês de até 28 dias e qualificar a atenção ao recém-nascido nas maternidades. Será implantada inicialmente nos dez estados brasileiros com alta mortalidade neonatal.
Segundo o levantamento do Ministério da Saúde (MS), a Bahia tem a segunda maior taxa de mortalidade de recém-nascidos: são 13,7 para cada 1 mil nascidos vivos em 2014. O estado fica atrás somente do Amapá, onde a taxa é de 16,2. A média brasileira é de 9,9 para cada 1 mil nascidos vivos. A prematuridade, que está associada à assistência materna, está entre as principais causas da mortalidade, conforme o MS.
“Ainda temos uma alta taxa de mortalidade em nosso estado e, por isso, a Sobape apoia essa estratégia tão importante do Ministério da Saúde para reverter esses números”, disse a presidente da Sobape, a pediatra Dolores Fernandez durante a cerimônia de lançamento na Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Neto, em Pau Miúdo. Dolores Fernandez comemorou a inclusão no programa das maternidades José Maria de Magalhães Neto, Maternidade Dulcinéia Moinho (Hospital Geral Roberto Santos) e Maternidade Climério de Oliveira.

O programa
Profissionais das maternidades contempladas participação de oficinas de qualificação durante três dias. Os serviços serão monitorados e avaliados por 24 meses. Aqueles que melhorarem o atendimento e, consequentemente, reduzirem as taxas de mortalidade neonatal, receberão o Selo Qualineo de certificação, concedido pelo Ministério da Saúde. A partir daí, as unidades com o reconhecimento passarão a qualificar outros estabelecimentos e profissionais.
Segundo o MS, também estão entre as causas de risco para a mortalidade neonatal as infecções adquiridas após o nascimento ou durante a gestação, como a sífilis e a microcefalia possivelmente decorrente do vírus Zika, e malformações que demandam assistência ao recém-nascido.
O plano, executado pela Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM/DAPES/SAS), integra outros programas já existentes do Ministério da Saúde e dá continuidade à Rede Cegonha, que atende às mães desde o planejamento reprodutivo até a gestação, pré e pós-parto. Estarão agregados na iniciativa os programas Hospital Amigo da Criança, qualificação e habilitação de leitos neonatais, Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso (Método Canguru), Bancos de Leite Humano, Reanimação Neonatal e Transporte Neonatal.
Além da Bahia, também fazem parte da primeira parte do programa os estados do Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima, Sergipe e Ceará (escolhido por ser um centro de referência da Rede Cegonha).