Saúde

BAHIA tem 90 mil obesos tipo mórbidos, diz médico do Aliança Hospital

Hoje aconteceu um evento no HA
Bruna Santana ,  Salvador | 25/03/2017 às 18:56
Dr Osiris Casais
Foto:
   Neste sábado, Dr. Osiris Casais, cirurgião bariátrico, reuniu um grupo de pacientes ex-obesos e obesos no auditório do Hospital Aliança, e falou sobre a cirurgia minimamente invasiva e os seus resultados. A grande novidade da área é a cura ou a redução da diabetes tipo 2 no pós-cirúrgico. O tema é atual e debatido no mundo inteiro nos maiores congressos. Somente na Bahia, há 90 mil obesos mórbidos.
 
No Brasil há aproximadamente 3,5 milhões de obesos mórbidos, e a falta de qualidade de vida está entre as principais causas do aumento da obesidade, atingindo 51% da população brasileira. Só na Bahia, há 90 mil obesos mórbidos. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, as baianas são a maioria entre as obesas da região do Nordeste, representando 13,7% no ranking das capitais do Nordeste. Deste total, quase metade está entre as faixas etárias mais jovens - de 18 e 35 anos (48%) e de 36 e 55 anos (42,5%), ou seja, a menor faixa de idade responde por quase metade das obesas. Já entre os homens, o índice de obesos coloca a cidade no sétimo lugar entre as capitais do nordeste, com 10,9%.

Diabetes Tipo 2 

A revista médica inglesa Lancet Diabetes & Endocrinology publicou  uma pesquisa revelando que a cirurgia bariátrica é o procedimento mais eficaz na cura do diabete tipo 2. Um levantamento do National Institute for Health Research, do Reino Unido, avaliou o efeito da cirurgia bariátrica no desenvolvimento de diabetes tipo 2 em indivíduos operados e numa população de indivíduos obesos.

O estudo foi feito com 2.167 pacientes que passaram por cirurgia bariátrica entre 2002 e 2014, mais um grupo de controle também com 2.167 pessoas obesas, sem diabetes, e que não fizeram cirurgia. Em sete anos o grupo de operados apresentou 38 casos de diabetes enquanto que no grupo de controle foram diagnosticados 177 novos casos, uma redução de 80% na incidência do diabetes tipo 2 no grupo de operados.