Saúde

Especialista explica como evitar a "doença do beijo" durante Carnaval

Veja quais cuidados tomar
Adriana Lopes ,  Salvador | 16/02/2017 às 18:29
Beije com moderação
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Música, curtição, azaração. Para muitas pessoas o Carnaval é sinônimo de tudo isso e muito mais durante os seis dias de festa. Entretanto, é preciso ter alguns cuidados com a saúde para evitar enfermidades comuns nesse período, como explica o infectologista e responsável técnico pelo serviço de vacinas do Laboratório Sabin, Claudilson Bastos.

“A aglomeração de pessoas e o clima propício para paqueras favorecem a ransmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV, HIV, além de herpes, vírus transmitidos por via aérea e a famosa mononucleose infecciosa”, explica.

De acordo com o especialista, a Mononucleose – chamada, popularmente, como doença do beijo – é causada pelo vírus Epstein-Baar e pode ser transmitida pelo contato íntimo e troca de saliva. Os sintomas são semelhantes a uma gripe ou resfriado, como dor de garganta, febre e inchaço nos gânglios. “A doença é benigna, mas em casos mais graves, como em pacientes com imunidade baixa, pode evoluir para anemia e meningite”, complementa.

Diagnóstico, tratamento e prevenção

O infectologista explica que o diagnóstico é clínico e pode ser associado a exames de sangue, como a sorologia, que detecta anticorpos do tipo IgM e IgG. Não há tratamento específico para a doença. “Na maioria da vezes, o organismo combate naturalmente o vírus da doença e o que pode ser feito é um tratamento para aliviar os sintomas”, finaliza.

Para prevenir a doença, Claudilson Bastos alerta que é importante higienizar as mãos com água ou álcool gel e evitar locais com muita aglomeração e contato com pessoas com sintomas gripais.