Salvador

Festa Literária do Cmei Cecy Andrade se estende até sexta-feira (27)

O tema do projeto pedagógico deste ano é “Historia e Cultura Indígena Brasileira”
Jornalismo Smed , Salvador | 26/09/2019 às 15:35
Festa Literária do Cmei Cecy Andrade se estende até sexta-feira (27)
Foto: divulgação
Teve inicio nesta quarta-feira (25), a 4ª edição da Festa Literária do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Cecy Andrade, localizado no bairro de Sussuarana. O tema do projeto pedagógico deste ano é “Historia e Cultura  Indígena Brasileira”, que tem por base na lei 11.645/08 e considera de forma ampliada os aspectos que caracterizam a formação da população do país.
Intitulado “Um passeio pelas histórias dos povos indígenas do Brasil: somos todos frutos da mesma raiz”, a Feira Literária tem uma programação que se estende até sexta-feira (27), com participação de escritores, apresentações musicais, de teatro e dança, produção de tinta e pintura corporal, brincadeiras e culinária indígenas, visitação de escolas convidadas, dentre outras. 
Além disso, a Fliceca homenageia este ano Daniel Munduruku, indígena nascido na Floresta Amazônica do Pará, na aldeia Munduruku, onde viveu até os 15 anos de idade. Atualmente se dedica à produção de livros infantis sobre histórias e lendas da aldeia onde nasceu, já são 52 obras publicadas.
O projeto começou a ser trabalhado em abril deste ano, quando as crianças tiveram acesso à literatura infantil relacionada ao tema e escolheram um deles como fonte inicial da pesquisa.  A partir disso, as crianças pesquisaram a historia e cultura dos seguintes povos: Munduruku (grupos 2A e 5B), Kaiapó (grupo 3 A), Saterê – Mawé (grupos 3B e 5C), Wapixana (grupo 4 A), Kisedjê ( grupo 5 A).
A diretora da unidade de ensino, Cristiane Feitosa, ressalta que além do conhecimento sobre a nossa cultura, o projeto estimula a autonomia das crianças. “A Fliceca é a culminância de todo trabalho artístico realizado ao longo do ano pelas crianças. Durante o processo, garantimos às crianças o protagonismo na tomada de decisões e encaminhamento das ações, E na Fliceca é a vez de expor essas atividades na escola, na presença das famílias, da comunidade, de outras escolas assim como dos escritores convidados que conhecem de perto essas expressões artísticas produzidas a todo tempo pelas crianças”, explica.
Convidada do evento, a escritora e contadora de histórias, Carla Chastinet, fala sobre o desafio de prender a atenção de crianças de 2 a 5 anos e ressalta a importância de eventos como este para desmitificar a ideia que se tem sobre a literatura infantil. “As crianças precisam de historias com mais musica, mais ritmo, e eu fui buscar um pouco dessas histórias para entretê-los. A literatura é transdisciplinar, pois através desse projeto, lendo essas histórias, eles aprenderam biologia e botânica quando conheceram a floresta Amazônica, sociologia, ao conhecer o modo de vida dos indígenas, ela vê o fruto guaraná, ela está aprendendo sobre geometria, então a literatura traz toda uma bagagem para os alunos o que é de um valor imensurável”. Durante o evento, a escritora contou histórias, como a lenda das araucárias (árvore encontrada apenas no sul do país), parlendas (versos contados), além de exercícios de trava-línguas.
De acordo com a coordenadora pedagógica Érica Pimentel, a Festa Literária tem grande importância no desenvolvimento infantil e as famílias são grandes aliadas no processo. “É uma evolução. Estamos na quarta Fliceca, temos uma participação mais ativa e efetiva desses familiares nas oficinas, nas atividades na escola, ou seja, vivenciam com as crianças as propostas desenvolvidas pelas professoras. Mesmo depois da Fliceca, continuaremos desenvolvendo o trabalho com as aprendizagens que são necessárias até o final do ano e podemos retomar as propostas do projeto,  já que contemplam esse processo educacional”.

 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA FLICECA PARA A SEXTA (27):

 

 

SEXTA-FEIRA (27)

8h as 8h40 -  Abertura – Apresentação musical – Banda Curiatã

8h50 as 9h – Intervalo

9h10 as 10h – Espetáculo de Dança “Alice no país da diversidade” – Grupo Opaxorô Cia de teatro

10h10 as 11h – Visitação das escolas convidadas

12h as 13h30 – Intervalo para almoço

14h as 15h – Abertura – Contação de história – Ana Fátima  (mestre em crítica cultural e contadora de histórias)

15h30 as 16h30 – Encerramento – Sessão de história “Tringuilim – no tempoem que os bichos falavam” – Companhia de teatro Griô