Salvador

GREVE DOS ÔNIBUS deixa Salvador semiparalisada e comércio sem vendas

Greve dos ônibus afeta a vida da cidade e seus cidadãos
Tasso Franco , da redação em Salvador | 23/05/2018 às 11:52
Transporte alternativo no vale tudo desta quarta-feira
Foto: BJÁ
  A cidade do Salvador está semiparalisada nesta quarta-feira, 23, com a greve dos rodoviários e sem ônibus nas ruas. A população se vira com os micro-ônibus do transporte alternativo, vans escolares, kombis, táxis, Uber e serviços de carona. 

  Tudo está funcionando a meio pau: os shoppings, supermercados, bancos, comércio e serviços. A greve não afetou todos os serviços, mas, prejudica bastante. Muitas lojas abriram depois das 9 horas e o movimento no comércio é fraquissimo.
 
  Pra piorar a situação, chove na capital baiana, aquela chuvinha chata de quase inverno. Os pontos de ônibus estão vazios e o comércio ambulante nesses locais e na Avenida Sete estão à míngua, sem clientes. 

   Como sempre, quem mais sofre com a greve são as pessoas mais pobres. Apesar da greve, as secretarias de Educação do município e do estado informaram que as aulas não foram suspensas nas unidades de ensino.As escolas estaduais também funcionam.

Para colocar 50% da frota na rua nos horários de pico, como determina uma medida judicial, o sindicato dos rodoviários aguarda a lista com os nomes dos motoristas. Como ainda não chegou o documento, o setor jurídico da categoria cobra uma posição dos empresários, afirma Hélio Ferreira, presidente do sindicato. Ele está na porta da garagem da Íntegra Azul, em Pirajá.

REPERCUSSÃO POLITICA

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), avaliou que “os empresários de ônibus e a gestão do DEM massacram rodoviários e compromete a mobilidade da população”. Para o parlamentar, a greve dos rodoviários é “exemplo de unidade, força e resistência para a classe trabalhadora”, que deve ser compreendido pela população. 

“Enquanto os empresários não querem garantir nem reajuste salarial de 6% e propõe cortar postos de trabalho, com a demissão de cobradores e o corte de um dia de folga, os trabalhadores estão unificados na luta por seus direitos, contra a demissão de seus colegas e pela melhora do serviço ofertado à população”, refletiu Galo.