Salvador

Comoção marca despedida ao estudante morto por agressão no Carnaval

Com informações de A Tarde
Da Redação , Salvador | 17/02/2018 às 11:41
Familiares e amigos no sepultamento de Kaique Moreira
Foto: Margarida Neide
O último adeus ao estudante Kaíque Moreira Abreu, de 22 anos, na tarde desta sexta-feira, 16, no Cemitério Bosque da Paz, no bairro Nova Brasília, em Salvador, foi marcado por um clima de muita tristeza e comoção.

Ele teve a morte cerebral constatada na tarde da última quarta, 14, seis dias após ser brutalmente agredido a socos e pontapés pelo pintor Edson Rodrigues dos Santos, 27. As córneas, os rins, o coração, o pâncreas, o fígado e o pulmão dele foram doados.

Segundo o microempresário e amigo da família Igor Aquino, 38, os pais e o único irmão do jovem decidiram doar os órgãos porque era um desejo dele.

Kaíque estava internado no Hospital Português, na Barra, desde a madrugada da sexta, 9, quando foi agredido, na rua Manoel Barreto, na Graça.

Igor contou que, no momento da agressão, o estudante tentava reencontrar os amigos, após se perder deles no circuito Barra-Ondina. Uma adolescente de 17 anos foi a responsável em pedir ajuda para levá-lo ao hospital e por acionar os familiares.

Kaíque chegou à casa do amigo, na Graça, na noite da quinta, 8, levado pelo irmão. Ele retornaria para casa, em Lauro de Freitas (região metropolitana), na sexta.

“Ele tinha uma residência de apoio, seria a única noite que ele iria (Carnaval), porque os pais viajariam no dia seguinte e, preocupado com a viagem deles, ele resolveu antecipar a ida ao Carnaval para que os pais viajassem tranquilos”, lembrou Aquino. Ele conhecia Kaíque desde os 2 anos.

Na quarta, policiais do Departamento de Homicídios (DHPP) prenderam Edson, na Capelinha de São Caetano. Ele confessou o crime e disse ter agido por raiva, após ter sido espancado no Carnaval. Kaíque foi escolhido de forma aleatória.

Os policiais chegaram ao agressor após identificar Bruno Fernando Ribeiro Batista, 30, como sendo o motorista do caminhão que o ajudou na fuga. Bruno foi autuado por omissão de socorro e favorecimento pessoal.