Política

BLOCO DA DIREITA AVANÇA E PODE VENCER A ELEIÇÃO EM PORTUGAL DIA 31

Os imigrantes brasileiros - a maioria - apoia o Chega (Com DN e agências e observações de TF)
Tasso Franco ,  Salvador | 26/01/2022 às 09:24
Rui Rio em Évora já está à frente de Antonio Costa
Foto: DN
   PSD e o PS estão praticamente empatados, mas, a menos de uma semana das eleições, a vantagem é de Rui Rio (34,4%), que leva seis décimas de avanço sobre António Costa (33,8%), de acordo com uma sondagem da Aximage para DN, JN e TSF. Mas há outra mudança significativa: a direita soma (46,8%) pela primeira vez mais do que a esquerda (46,3%), com o PAN a revelar-se, nesta altura, o fiel da balança (3,2%).

Duas semanas bastaram para que se operasse uma reviravolta na frente da corrida. Os socialistas, recorde-se, tinham uma vantagem de quase dez pontos percentuais nos dias anteriores ao arranque oficial da campanha eleitoral.

No entanto, e depois do frente-a-frente televisivo entre Rui Rio e António Costa (visto em direto por mais de 3 milhões de pessoas) e de uma semana de campanha nas ruas (que parece ter corrido melhor a Rui Rio), a diferença desfez-se, com o PS a cair um pouco mais de quatro pontos percentuais e o PSD a subir quase seis pontos, chegando pela primeira vez à liderança.

CHEGA DE ANDRÉ VENTURA

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou esta tarça-feira que a direita está a receber "lições à esquerda" sobre a necessidade de serem criadas pontes, temendo "uma geringonça de direita morta à nascença".

André Ventura disse que se têm ouvido "partidos à esquerda a dizer que é preciso criar pontes" e que construí-las é "mais importante que destruí-las".

"Nós estamos a receber lições à esquerda de quem não devíamos estar a receber lições", frisou o presidente daquele partido de extrema-direita, que falava aos jornalistas antes do jantar-comício em Faro, com cerca de uma centena de simpatizantes e militantes.

Para André Ventura, à direita, continua-se "sem se saber o que fazer, sem se saber que Governo" haverá após as eleições, com "uns a dizerem com este não, outros a dizerem com aquele não".

"Isto é uma total irresponsabilidade à direita", frisou.

Face à indefinição de entendimentos à direita com o Chega, André Ventura considerou que "pode haver uma geringonça de direita morta à nascença", caso esta vença as eleições de 30 de janeiro.