Política

ESTUDANTES OCUPAM PRÉDIO DO ODORICO EM PROTESTO PELO FECHAMENTO ESCOLA

PM agiu para desocupar o Colégio mas não houve violência nem confronto
Da Redação , Salvador | 22/01/2020 às 09:39
Estudantes permaneceram no local até a madrugada de hoje
Foto: Felipe Iruatã/A Tarde
   Depois que a Assembleia Legislativa aprovou a uurgência para votação do PL que alienará a área do Colégio Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, um grupo de estudantes e funcionários ocupou a escola ontem, em protesto. A manifestação durou toda a noite.

  De acordo com o Centro Integrado de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública (Cicom), a Polícia Militar comunicou o fim da ocupação às 5h40.  Segundo a Secretaria de Comunicação do governo estadual, os manifestantes deixaram o local por volta de 1h30min. Houve uso da força policial, sem confronto;

  Durante a ocupação, houve suspensão do abastecimento de água e energia no prédio. O fechamento da unidade de ensino foi anunciado no dia 26 de dezembro pelo governador Rui Costa. Na ocasião, o chefe do Executivo estadual informou que a intenção é manter os alunos nas proximidades de casa para evitar gastos com passagens.

  Em nota divulgada ontem, a Secretaria de Educação informou que está garantida a matrícula dos 176 estudantes em unidades próximas da região, como o Colégio Estadual Manoel Novais (Canela), que fica a cerca de 1 km do Odorico; o Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas (Nazaré); e o Colégio Estadual da Bahia – Central (Nazaré), que possuem estrutura para recepcionar os novos alunos.  

INFORME DO CORREIO

De acordo com a vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Débora Nepomuceno, 20 anos, que estava no local, a saída dos estudantes só foi possível depois que a Polícia Militar entrou no prédio pela portaria do Canela, com  três viaturas e com policiais em formação para invadirem o prédio. O Odorico tem uma segunda portaria no Corredor da Vitória. 

"Depois que a imprensa foi embora, eles entraram pela parte do Canela com três viaturas. Depois disso, ouvimos barulhos muito alto de serras. Eram eles serrando o portão para entrar. Nós saímos por uma questão de integridade física. Eles se perfilaram, fazendo formação para invadir e assim fizeram. Não houve truculência, foi tudo conversado, mas decidimos sair por conta de segurança mesmo. Eles receberam informações de que havia menores de idade e recuaram no uso da força. Depois que saímos, nos reunimos no Campo Grande e parabenizamos todos pela luta. A nossa luta continua. Vamos nos reunir para futuras decisões, vamos nos reunir e tentar dialogar com a secretaria de educação", contou.