Política

PRESIDENTE INTERINA DA BOLíVIA VAI CONVOCAR ELEIÇÕES, MAS NÃO DIZ DATA

Conflitos diminuíram mas seguem (Com informes do La Razon)
Da Redação , Salvador | 18/11/2019 às 09:50
Posse de Luis Fernando Valente
Foto: La Razon
Sem definir uma data e de maneira concisa, a Presidente Jeanine Áñez anunciou na tarde de domingo que "muito em breve" dará notícias do apelo a eleições e da recuperação da credibilidade democrática.

O anúncio foi feito no ato de posse do novo diretor da Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH), Luis Fernando Valverde, e logo após se encontrar no Palácio Quemado com o embaixador da União Europeia, León de la Torre, que afirmou que O governo boliviano está ciente da necessidade de uma chamada antecipada para eleições.

No momento, não há sinais no Legislativo sobre qualquer sessão para começar a trabalhar em uma regra que viabilize a convocação de novas eleições. Os presidentes do Senado, Eva Copa e os deputados Sergio Choque, ambos do MAS, convocaram uma sessão para terça-feira, mas o senador Oscar Ortiz descartou a participação dos legisladores da oposição.

Há um processo de diálogo em andamento, mas sem resultados concretos até o momento. Os conflitos persistem, principalmente em El Alto, La Paz e Cochabamba, onde são mobilizados setores relacionados ao Movimento Socialismo (MAS) em apoio a Evo Morales e em rejeição à atual administração. Havia nove mortos em Cochabamba

"Informamos que em breve daremos notícias sobre nosso principal mandato, a convocação de eleições transparentes e a recuperação da credibilidade democrática de nosso país", afirmou Añez de maneira concisa e sem fornecer mais detalhes.

Desde que a oposição levantou a possibilidade de convocar eleições por decreto, se os esforços no Legislativo não prosperarem.
Momentos antes de se encontrar com De la Torre, que disse que o bloco que ele representa está predisposto a apoiar o trabalho das próximas eleições, nem mesmo descartou a chegada de observadores para garantir a transparência desse processo.

Antes, a ministra da Comunicação, Roxana Lizárraga, leu no Palácio Quemado uma carta dirigida aos líderes suplentes, na qual ela os convoca a dialogar.

Áñez pediu desmobilização, levando em consideração o dano econômico que causa.