Política

Sessão da CMS tem denúncia de racismo contra integrante do Sindipetro

Leo Prates anuncia que Super Terça debaterá projeto do BRT
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 21/05/2018 às 18:29
Moisés (1º à esq.): denúncia de racismo no Hotel Fiesta
Foto: Antonio Queirós

O vereador Moisés Rocha (PT) denunciou, na sessão desta segunda-feira, 21, na Câmara de Salvador, um caso de racismo, ocorrido no último sábado 19, quando um petroleiro aposentado foi agredido por uma hóspede, no Hotel Fiesta, ao declarar que “pessoa de raça inferior não deveria nem estar aqui neste hotel”.

A ofensa, cuja queixa foi registrada na 16ª Delegacia, na Pituba, foi motivada porque o sindicalista saiu em defesa do jornalista Paulo Henrique Amorim, que havia participado de um evento, promovido pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro). O profissional de imprensa foi chamado de “esquerdista”.

O caso provocou protesto em frente ao hotel. “É lamentável que este fato tenha ocorrido justamente num evento que prestava homenagem ao líder negro Martin Luther King”, comentou Moisés, que recebeu solidariedade de Silvio Humberto (PSB).

O assunto foi levado também à reunião da Comissão de Reparação da CMA, também na tarde desta segunda-feira, 21, quando se definiu como estratégia que a votação do Estatuto Municipal da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa, em plenário, deverá acontecer ainda neste semestre. Dentro de 20 dias o relator da matéria (Sílvio Humberto), apresentará o parecer a ser encaminhado às demais comissões permanentes da Casa.

O projeto foi apresentado originalmente pela ex-vereadora Olívia Santana e resgatado pela Comissão de Reparação. Segundo Moisés, presidente do colegiado, o texto foi amplamente discutido com a comunidade em audiências públicas para colher contribuições e aperfeiçoar a proposta.

BRT na Super Terça

Ainda durante a sessão desta segunda-feira, o presidente Leo Prates (DEM) anunciou que a Super Terça deste dia 22 terá como tema a implantação do BRT, cujas obras foram iniciadas na Avenida Antonio Carlos Magalhães.

Os líderes do governo e da oposição concordaram em que o debate, em vez de ser travado por apenas dois integrantes de cada bancada (contra e a favor), admitirá pronunciamentos de outros vereadores que quiserem se pronunciar sobre o assunto. Para a líder oposicionista Marta Rodrigues (PT), um maior número de falas é bem vindo, pois, segundo entende, quanto mais debates a respeito do projeto, melhor.

Defesa do “Revogaço”

Alexandre Aleluia (DEM) ocupou a tribuna, durante o tempo do pinga-fogo, para defender o trabalho realizado até agora pela chamada “Comissão do Revogaço”. Conforme disse, ao contrário do que se comenta, de que o colegiado estaria fazendo um levantamento para beneficiar empresários, o objetivo é facilitar a vida das pessoas e da própria cidade.

Em sua opinião, não é possível continuar a conviver com tantas leis que engessam as atividades da sociedade, entre elas as empresariais, criando empecilhos até para a criação de empregos. Assim, as normas sem utilidade serão revogadas em lotes, por segmentos. Para isso, os integrantes da comissão contam com a assessoria de entidades representativas da sociedade, como a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Bahia).