Política

Odiosvaldo Vigas e Rogéria Santos condenam morte de Marielle Franco

Para ambos, esse tipo de crime é inadmissível na sociedade atual
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 16/03/2018 às 21:45
Odiosvaldo Vigas e Rogéria Santos
Foto: LB

Os vereadores Odiosvaldo Vigas (PDT) e Rogéria Santos (PRB) condenaram, nesta sexta-feira, 16, o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), no Rio de Janeiro. Para o pedetista, “não é possível aceitar por mais tempo esta violência contra pessoas que defendem a igualdade e combatem o racismo e todas as formas de discriminação”.

Através de nota oficial, ele se referiu ao enfrentamento da violência contra o povo negro e relacionou o triste episódio ocorrido com Marielle ao tema da sessão regimental em homenagem a Castro Alves.

“O Poeta dos Escravos esteve à frente de seu tempo ao denunciar a escravidão e as desigualdades sociais do Brasil. As novas formas de escravidão são as desigualdades sociais, o racismo e a discriminação dos negros”, disse ele.

Em sua opinião, a ativista foi morta por defender uma causa em que acreditava: “Num país democrático, como o nosso, não vamos permitir que o ódio se instale, a violência se propague e a liberdade se apague”.

Rogéria: Brasil perde

“Com imenso pesar afirmo que mais uma vez o nosso país perde. Perdemos uma mulher, negra, ativista e uma legisladora que durante o seu mandato lutou pelos indivíduos que viviam em situação de vulnerabilidade”, disse a perrebista.

E continuou: “Neste momento me solidarizo com todos aqueles que choram a perda desta grande mulher e militante. Foi exatamente pelo empenho dedicado à luta em favor dos direitos humanos, da mulher e da criança e do adolescente que a vereadora foi executada”.

A legisladora lembrou do trágico acidente que aconteceu na companhia Triangle Waist Company e deixou 141 pessoas mortas, a maioria do sexo feminino – um dos fatos que originou o Dia Internacional da Mulher há 107 anos. Para ela, o atual cenário não é muito diferente.

“O que mudou no momento presente é o fato das mulheres não se calarem. Hoje temos voz ativa, não nos escondemos, saímos para o campo de batalha a fim de lutar em favor dos nossos direitos”, concluiu.