Recebeu parecer favorável da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Câmara de Salvador, na tarde desta segunda-feira, 20, o projeto de lei de autoria do Executivo Municipal, que concede o uso do novo centro de convenções da capital baiana. O voto do relator da matéria, vereador Duda Sanches (DEM), foi acompanhado pelos colegas: Marcelle Moraes (PV), Atanázio Júlio (PSDB) e Ricardo Almeida (PSC), presidente do Colegiado.
Segundo Duda, a proposição contribui para “o resgate do turismo de negócios, reduzido ao longo dos anos”. De acordo com Ricardo Almeida o entendimento a favor da proposta foi fruto de diversos diálogos realizados desde o início do ano com o secretário municipal Claudio Tinoco (Turismo), os secretários estaduais José Alves (Turismo) e Bruno Dauster (Casa Civil), além de representantes do trade turístico.
“É um projeto muito importante para o turismo de negócios, minimizando os efeitos da sazonalidade, permitindo que a indústria sobreviva além do período de sol e mar, através de feiras e convenções”, destacou o peessecista.
EJA em debate
Também nesta segunda-feira, 20, a Comissão de Educação, Esporte e Lazer, realizou uma reunião aberta com professores para debater sobre o sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA). A discussão ocorreu no auditório do Edifício Bahia Center, anexo da CMS, e foi conduzida por Hilton Coelho (PSOL) e Marta Rodrigues (PT), respectivamente membro e suplente do colegiado.
Conforme Hilton, o debate foi resultado de um encontro realizado com o secretário municipal de Educação, Bruno Barral: “Nessa reunião, pautamos várias questões e conseguimos avançar em todas elas. Conversamos com o secretário sobre bibliotecas, importância do estímulo à leitura, creches, alimentação escolar, material didático e fardamento”.
A professora Arielma Galvão denunciou deficiências estruturais além da falta de materiais apropriados para as turmas: “Existe uma lógica de expulsão dos alunos que se concretiza nas cadeiras impróprias e até mesmo na estrutura física deficiente. Os alunos se sentem desvalorizados por causa de materiais inadequados, pois não temos acesso a livros próprios para educação de jovens e adultos. Fazemos nossos projetos com conteúdo de diversas fontes, como a internet, por exemplo, pois não conseguimos o material adequado”.
A coordenadora pedagógica e professora do EJA Márcia Medeiros questionou a existência do programa: “Por que existe o EJA no Brasil? A desigualdade é que define a política de estado em nosso país, que não permite que sejamos uma nação digna na qual seja sanado o problema da educação. Se a instrução fosse feita na idade adequada, não geraríamos um povo que precisa sair cedo para trabalhar na informalidade, ou mesmo completar com muito custo a educação básica para tentar entrar no mercado de trabalho”.