Política

Aleluia condena cancelamento de filme na UFBA e Marta defende reitor

Petista defendeu José Carlos Salles de ataques que, segundo ela, vêm sendo feitos ao professor
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 17/11/2017 às 00:12
Alexandre Aleluia e Marta Rodrigues
Foto: LB

O vereador Alexandre Aleluia, líder do DEM na Câmara de Salvador, anunciou nesta quinta-feira, 16, que entrará com uma moção de repúdio contra os grupos de esquerda que impediram a exibição do filme “O jardim das aflições” na noite de segunda-feira, 13, no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além disso, fará um requerimento para que a obra seja exibida no auditório da CMS.

Segundo ele, testemunhas contaram que militantes ligados ao PSTU, PCO e CUT agrediram os estudantes que queriam assistir ao filme que fala da obra do filósofo Olavo de Carvalho. Para o democrata, “esse episódio de ontem mostra qual é a disposição da esquerda: a violência contra tudo o que contrarie a sua visão de mundo. Em um dos cartazes segurados pelos baderneiros, estava escrito 'Morte aos cristãos'. Isso é um sinal que desvela o que realmente pensam os seguidores dessa ideologia genocida”.

Em sua opinião há uma completa desinformação sobre o que trata a película: “Dizem que o filme defende o fascismo. Há muita mentira, inclusive lançadas na mídia por aqueles que foram ontem impedir a exibição do filme. Pelo contrário, o filme aborda o pensamento de Olavo, de quem sou aluno, no que concerne à autonomia da consciência individual em oposição à tirania da coletividade”.

E continuou: “O incômodo e a violência da esquerda ocorrem pelo fato de perceberem que perderam a hegemonia no discurso. Mas, para evitar que quem deseja assistir ao filme seja agredido, pedirei oficialmente reforço da Guarda Municipal”.

Em defesa do reitor

Já a petista Marta Rodrigues saiu em defesa do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, após ataques sofridos por ele que ele com o cancelamento da exibição do filme.

Conforme ela, Salles tem sofrido ataques daqueles que criam factóides para se autopromover e não têm compromisso com a verdade. Para ela algumas dessas pessoas que acreditam atacar o reitor o chamando de “comunista” ou “esquerdista” demonstram total ignorância política, e, em alguns casos, má fé.

“Falam variados tipos de bobagens, numa tamanha desonestidade com as pessoas que as ouvem. O reitor explicou que o evento foi cancelado porque não teve aviso prévio ao centro acadêmico, além de ter se baseado no alerta de conflito, devido a possibilidade de graves confrontos. Não foi pelo conteúdo. Ele deixou, inclusive, o espaço aberto para uma futura exibição com mais organização”, disse a legisladora.

Ela acrescenta ainda que os agressores do reitor partem do princípio de que todo mundo é manipulável e tentam distorcer o ocorrido dentro da instituição, inventando, mesmo agressões contra o público de direita: “Tudo que não for do agrado dessas pessoas, elas querem associar ao PT, a uma agenda de esquerda e hoje em dia qualquer um que se levante contra o que eles dizem ser ‘ameaça esquerdista’ é tido como líder. E esse líder se aproveita do desconhecimento político de muitos e ainda o alimenta”.

“Geralmente são pessoas que querem desconstruir políticas sociais, direitos trabalhistas, que são a favor do porte de armas e da redução da maioridade penal. Não se preocupam com nada a não ser com eles mesmos, nem com racismo nem com a desigualdade social. Se estudassem um pouco mais, saberiam que as políticas para minorias têm um caráter social-democrata e também permeiam o pensamento político liberal dos EUA, que eles tentam tanto imitar sem”, ressalta.