Política

Marta Rodrigues acusa Plano Salvador 360 de ser jogada de marketing

Na opinião da petista as obras relacionadas no plano são uma compilação de projetos
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 21/08/2017 às 19:11
Marta: Salvador 360 é plano de marketing
Foto: Antonio Queirós

“O Salvador 360 é mais um plano de marketing do prefeito do que a garantia de melhorias para a cidade”, afirmou nesta segunda-feira, 21, a vereadora Marta Rodrigues (PT) a respeito do programa lançado pelo prefeito ACM Neto. Segundo ela, além de não apresentar nada de novo para a cidade, o plano é uma compilação de projetos – alguns problemáticos e outros que não saíram do papel – e cria um roteiro de ações sem transparência e sem aprofundamento para dialogar com as reais necessidades da população.

Na opinião da petista foram incluídas como novidade as requalificações da orla, “que mostraram ter objetivos escusos, como o caso da Barra, com preços que destoam completamente, a depender das regiões”. Também “não apresenta planos de mobilidade nem de encostas, para saber o que a cidade precisa. E insiste em um projeto de BRT defasado e superfaturado, cuja metade do dinheiro é para a construção de elevados, equipamentos obsoletos. É uma falácia”, diz.

Na avaliação da parlamentar Neto mais uma vez prioriza investimentos apenas em bairros cuja especulação imobiliária tem interesse. Do total de R$ 157 milhões previstos para a orla, R$ 70 milhões já foram aplicados no Rio Vermelho e R$ 65 milhões na Barra. Para Ribeira, Itapuã e São Tomé de Paripe os valores estão bem abaixo: R$ 9 milhões para as duas primeiras e somente R$ 3,5 mi para a região do subúrbio ferroviário. “Alguns desses valores já foram aplicados e as obras realizadas, mas o prefeito inclui tudo num pacote para apresentar ao empresariado e para a população como uma grande novidade”, diz.

Em sua análise o BRT é tradado como uma inovação quando, na verdade, o modal tem sido amplamente criticado por urbanistas e arquitetos: “O BRT estimado em R$ 376 milhões, por exemplo, ligará as regiões da Lapa ao Iguatemi onde hoje já existe um sistema viário desenvolvido, ao contrário das áreas mais carentes de Salvador”.