Política

SÃO JOÃO muda para pior em termos culturais e vira showzões na BAHIA

A transformação do São João no modelo carnavalizado, de grandes shows, agora com sertanejos é o fim da picada
Tasso Franco , da redação em Salvador | 24/06/2017 às 19:24
Em Salvador, São João no modelo carnavalizado de coloca as mãos pra cima
Foto: Secom
    MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. O São João na Bahia passa por transformações radicais e isso vem acontecendo há alguma décadas quando a turma da Axé Música, nos anos 1990, dava as cartas no cenário musical e quase afoga os forrozeiros. Mas recentemente, muito forte em 2017, chegou a vez das duplas sertanejas e das músicas de SP, PR e Goiás, típicas da caipiragem do campo e universitária a dominar os festenjos juninos. A grita dos forrozeiros é geral e desta vez chegou até ao topo com Elba Ramalho reclamando.

   2. Os patrocinadores dos joões - Bahiatursa, governo da Bahia, prefeituras e iniciativa privada - ajudam a incrementar essa onde tornando os festejos juninos em muitos lugares showzões. Poucos são os lugares em que se dança um forró, que se pula uma fogueira, que se faz e se paga uma promessa. Tudo é show. O Pelourinho que poderia ser um Pelô-forró-à-moda-antiga também virou showzão. Uma lástima. Mas, paciência, a vida como ela é.

   3. A verdade, também, é que os forrozeiros estão envelhecendo, não há uma renovação musicial de qualidade nesse segmento e enquanto aparecem Marilia Mendonça e outros fenômenos, o forró ainda está cultuando Luis Gonzaga - o que é bom - e se sustentando em Genival Lacerda, Elba Ramalho, Alceu Valenla, e aqui na Bahia em Zelito Miranda, Virgilio e Trio Nordestino, ainda que tenha surgido uma leva de forrozeiros no modelo Calcinha Preta e Aviões. Mas, essa turma também está cansando.

   4. As Prefeituras quando não tem argumentos para justificar seus showzões dizem que promovem São Joões Culturais. Valha-me Deus. São pouco. Em Lauro de Freitas, por exemplo, enquanto sai um bloco de cangaceiros e outro do jegeue, pertinentes, desponta um trio elétrico em arrastão de foliões. Uma discrepância. Várias outras cidades tiveram trios, em arrastões 'culturais'.

   5. São poucas e raras as manifestações culturais incentivadas. A maioria é espontânea das comunidades. Eu mesmo participei de uma dessas manifestações em Quijingue, na Cova dos Anjos. Aí, sim, São João cultural autêntico.

   6. As 'quadrilhas' juninas estão carnavalizadas. Teve uma este ano no concurso da Bahiatursa que parecia dança can-can de Paris. Alguns municípios promovem esses eventos incentivadores da dança das quadrilhas com alguma originalidade. Mas, são pouco.

   7. Tal como o Carnaval o São João vai se transformando num grande negócio e não mais numa manifestação da cultural popular. O que mais se fala são em milhões pra lá e pra cá, cachês milionários e uma mudança para pior em termos de cultura.
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    8. Apenas 7% da população brasileira considera o governo do presidente Michel Temer "ótimo" ou "bom", de acordo com uma pesquisa divulgada hoje (24) pelo Instituto Datafolha.

    9. Esta é a menor marca já registrada por um presidente nos últimos 28 anos. Apenas José Sarney ficou abaixo disso, com 5%, em setembro de 1989, durante a crise da hiperinflação no Brasil.

    10. O Datafolha revelou que a gestão de Temer é considerada "ruim" ou "péssima" por 69% dos eleitores, e "regular" por 23%.

    11. A situação atual do peemedebista é pior, inclusive, que a da ex-presidente Dilma Rousseff às vésperas de seu impeachment. Em abril de 2016, a petista tinha 13% de aprovação e 63% de reprovação.

   12. Só Temer não percebe que ele está no fundo do poço.

   13.  Por meio de carta enviada à imprensa, funcionários terceirizados através da Fundação José Silveira (FJS) no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, denunciaram que estão com pagamentos dos salários e das férias vencidas em atraso. 

   14. Conforme o material, há mais de um ano e meio a FJS atrasa os pagamentos de médicos, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, entre outras funções, alegando que a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) não repassa os valores.
 
    15. A carta diz ainda que, segundo a página online da transparência do Governo da Bahia, houve repasse da Sesab à FJS no dia 13 de junho último no valor R$ 267.036,06. O deputado estadual Carlos Geilson (PSDB) diz que trabalhadores não devem ser penalizados por conta das questões entre o Estado e a fundação.

   16. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Sutran) de Ilhéus realizou uma campanha de conscientização na rua Barão do Rio Branco, no bairro Pontal. Durante seis horas de operação conjunta com a 13ª Ciretran e a Polícia Militar, a Operação Junho Vermelho abordou 311 motociclistas, resultando em 81 autuações, duas remoções em guincho e até uma CNH apreendida.

   17. De acordo com o superintendente Rogério Buralho, a operação não foi apenas punitiva. “Trabalhamos com o objetivo de promover e esclarecer motociclistas e população sobre medidas de mais disciplina e segurança no trânsito de Ilhéus”, assegurou. Do total de pilotos autuados na operação, 37 aceitaram participar, como voluntários, de uma campanha de Doação de Sangue à Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus.

   18. Nível de confiança no meio empresarial baiano volta a subir em maio. O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano, índice que avalia as expectativas das entidades representativas do setor produtivo do estado, calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apresentou, em maio, um quadro de menor pessimismo comparativamente ao observado no mês anterior. 

   19. O ICEB marcou -135 pontos em maio, melhora de 16 pontos em relação ao de abril (-151 pontos). O indicador voltou a avançar após recuo no mês anterior, assumindo o segundo menor nível de pessimismo dos últimos 38 meses. Apesar do progresso neste mês, a expectativa geral do empresariado baiano continuou na zona de Pessimismo Moderado – completando nove meses seguidos nessa região.

   20. A melhora do nível de confiança, captada na passagem de abril a maio, evidenciou o avanço nos indicadores de três dos quatro grupamentos de atividades: Agropecuária (de -95 a -88 pontos), Indústria (de -136 para -105 pontos) e Comércio (de -169 para -35 pontos). O setor de Serviços (de -160 para -175 pontos), portanto, foi aquele que aumentou o pessimismo.

    21. A Agropecuária, mesmo com o segundo avanço seguido em seu indicador de confiança, deixou de ocupar o posto de atividade menos pessimista no mês. A Indústria voltou a revelar recuo do pessimismo, após elevação captada no mês anterior. Com o único recuo da confiança entre as atividades no mês, o setor de Serviços voltou a figurar, após dois meses, como o mais pessimista. E o setor de Comércio, diante do maior progresso na confiança entre as atividades, saiu do posto de mais pessimista para o de menos pessimista de um mês ao outro.

    22. Do conjunto de itens avaliados, Crédito, PIB Nacional e PIB Estadual foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano no mês. Em contrapartida, Inflação, Juros e Exportação apresentaram os indicadores de confiança em melhor situação.

   23. O boletim completo com as análises referentes ao mês de maio pode ser acessado diretamente do site da SEI: www.sei.ba.gov.br