Política

RIO: Presidente da ASSEMBLEIA pede intervenção federal no estado

Crise política no Rio de Janeiro se agrava e presidente da Alerj chama Governador de incompetente
Nara Franco , da redação em Salvador | 22/06/2017 às 17:38
Jorge Picciani
Foto: Alerj
Se a crise política no Brasil está dando nó na cabeça dos brasileiros, no Rio de Janeiro ela se agrava a cada dia e ganha contornos dramáticos principalmente na esfera estadual. Em entrevista à Rádio CBN na manhã de hoje (22) o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, fez duras críticas ao governador Luiz Fernando Pezão. 

“Aprovamos muito mais na Previdência do que eles pediram. Aprovamos a Cedae. Aprovamos, em cima dos incentivos fiscais, o pagamento de 10% do Fundo de Equilíbrio Fiscal. Aprovamos o aumento do ITB. Aprovamos o aumento do IPVA, o aumento da energia elétrica, da cerveja e do fumo. Se nada disso for suficiente para ter respeito pelo Rio de Janeiro, só vai restar ao governo Temer ter a coragem de fazer a intervenção, porque o Rio não pode ficar nesse descontrole na área da segurança e da saúde, ou nós vamos fazer o impedimento”, disse Picciani.

Não é a primeira vez que o presidente da Alerj solta o verbo contra o governador, ambos do PMDB. A divisão do partido no estado está cada vez explícita. Sucessor de Sérgio Cabral, Pezão vem enfrentando problemas desde que assumiu. Os funcionários do Estado estão com os salários atrasados, programas importantes do governo foram cortados e não há nenhuma perspectiva de melhora desse quadro. Pelo contrário: em reunião realizada hoje no Palácio Guanabara, Pezão afirmou a servidores que a única solução para o Rio é o acordo de ajuste fiscal e que não há previsão de quando vai pagar os salários atrasados. 

A falta de liderança na condução da crise é o ponto mais fraco de Pezão. Jorge Picciani não economizou nas palavras: afirmou que o governador é incompetente e que não estava preparado para governar o Rio, mas sim a cidade de Piraí, no interior do estado (onde Pezão foi prefeito). Para ele, o impasse sobre a homologação do socorro financeiro só virá em uma negociação envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e a bancada federal em Brasília.