Política

Direção nacional do PT decide manter Suíca e Moisés Rocha no partido

Para a sindicalista Ana Angélica Rabello seria um erro irreparável punir os dois
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 30/03/2017 às 19:07
Suíca e Moisés: bancada petista mantida
Foto: LB

Após um embate de 10 a 10 na Executiva Municipal do PT a direção nacional da sigla decidiu extinguir o processo e absolver os vereadores Luiz Carlos Suíca e Moisés Rocha, no processo que pedia a expulsão de ambos, sob a alegação de terem descumprido uma decisão partidária na votação para a Mesa Diretora da Câmara de Salvador, no dia 2 de janeiro deste ano, quando a colega Marta Rodrigues se candidatou ao cargo de presidente da Casa.

Para a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Intermunicipal (Sindilimp-BA), Ana Angélica Rabello, a decisão da legenda “faz justiça às trajetórias dos dois legisladores”.

Segundo ela as histórias de ambos falam por eles: “São militantes históricos do partido e que muito contribuíram para o crescimento da legenda. Membro da direção do nosso sindicato, Suíca obteve 9.797 votos em sua reeleição e sempre lutou pela população mais carente da nossa cidade. São homens honrados, negros, de origens humildes e que batalharam muito até chegarem ao papel de representantes de categorias tão importantes”.

Para a sindicalista, “seria um irreparável erro punir um vereador negro, de origem humilde e que se mostra eficiente como parlamentar, abraçando as causas da população das camadas mais populares. Não houve nenhum tipo de traição em se votar em uma chapa de unidade que contou com o apoio de dois vereadores do PT, as bancadas do PCdoB e do PSB”.

Em sua opinião Suíca continuará “representando com dignidade” os trabalhadores da limpeza: “Sabemos que em nossa luta cotidiana podemos contar com ele no combate à exploração e contra os ataques aos direitos dos trabalhadores em geral. Contamos com sua ação para que a população mais carente participe ainda mais das decisões na Câmara e um canal para que as demandas das mulheres, negros, LGBTs e pessoas com deficiências possam ter vez e voz”.