Política

ELEIÇÕES 2016: Vânia Galvão acha que PT consegue manter bancada na CMS

Segundo a petista os candidatos do partido não têm sofrido rejeição junto ao eleitorado
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 28/09/2016 às 13:58
Vânia: otimismo em relação ao PT
Foto: LB

Para a vereadora Vânia Galvão a crise política não tem provocado rejeição entre os eleitores do partido. Líder da sigla na Câmara de Salvador ela acredita na eleição de pelo menos seis vereadores petistas no próximo dia 2, ou mesmo na ampliação da bancada.

BahiaJá – Nós estamos vivenciando uma eleição com novas regras e um cenário político de crise. Como essa situação está repercutindo na campanha do PT como um todo?

Vânia Galvão – Olha, logicamente que tem um certo impacto, lógico, não é? Mas estamos conseguindo fazer um debate político muito bom. Pelo menos as candidaturas proporcionais têm procurado estabelecer essa discussão junto às comunidades, e lhe confesso que não estou sentindo nenhuma rejeição com relação a isso, ao contrário, existe uma compreensão da sociedade, do povo com quem nós temos dialogado, de que nós tivemos um golpe aqui no nosso País, que está existindo uma seletividade em todo esse processo de condenação, de investigação... Pessoas que foram denunciadas e os delatores já mencionaram, no entanto não existe iniciativa neste momento dos órgãos responsáveis para mandar prender, para investigar, não é? Que é isso que tem sido feito. Então, tem tido a compreensão do povo, a gente tem sentido isso. Eu tenho feito muitas reuniões, muitas discussões, muitos debates e não sinto rejeição nenhuma com relação às candidaturas do nosso partido.

BJ – Neste caso a Sra. acha que o potencial eleitoral do PT se aproxima do da eleição passada quando o partido fez oito vereadores?

VG – Pode ser que não se aproxime, mas eu estou tendo muita confiança de que, no mínimo, seis vereadores conseguiremos eleger, essa é a minha leitura, mantendo pelo menos o número da bancada atual. Não sei, logicamente, se os mesmos vereadores, isso as urnas vão dizer a partir do dia 2 de outubro. Mas pelo menos o mesmo número em termos de bancada, ou até um pouco mais, é o que nós queremos, não é? Mas eu tenho feito a minha campanha, tenho sondado realmente as pessoas e a receptividade não é ruim. Da minha parte eu considero que está existindo uma receptividade boa.

BJ – O fato do PT não ter uma cabeça de chapa na majoritária tem influência na campanha?

VG – Tem uma certa influência, lógico, não é? Porque existe aquela pergunta: “Quem é o candidato do PT? E o PT, de quem é a candidatura?” E aí, dizemos, nós temos a candidatura da companheira Alice Portugal. Você não pode votar neste momento no 13, tem que votar no 65. Se você votar no 13 o voto será anulado, o voto tem que ser no 65. Lógico que vai trazer um certo prejuízo, não é? Mas nós temos candidatos a vereador com um potencial muito grande. Além dos atuais vereadores nós temos pessoas novas, que estão vindo, se candidatando pela primeira vez à vereança, e têm uma inserção muito grande nos movimentos sociais. E isso aí é o forte do PT. Então nós temos candidaturas que têm condições de fato de chegar à Câmara de Vereadores, e se não chegar, contribuir bastante para elevar a votação da coligação de um modo geral. Esta é a avaliação que eu faço. Tenha a certeza que estamos com muita fé e muita esperança. Lógico que eu sempre fui uma defensora de que o partido tivesse uma candidatura própria, mas foi uma decisão tomada, nós temos que respeitar a decisão, e apostando muito que a companheira Alice Portugal vai chegar no segundo turno, e aí é uma nova eleição.