Esportes
Zé de Jesus Barrêto
07/10/2019 às  11:35

O FURACÃO QUEBRA INVENCIBILIDADE DO BAHIA NA FONTE NOVA 1x2

O velho ditado do futebol de quem não faz toma prevaleceu


   Foi sim um jogaço de bola  esse Athlético Paranaense 2 x 1 Bahia. Intenso, ofensivo, igual, disputado, corrido até o minuto final. Poucas faltas de lado a lado, boa arbitragem. Venceu a equipe que soube aproveitar as oportunidades e contou com a sorte. O Tricolor atacou e criou chances, poderia ter empatado, vencido, fez um bom jogo.  Até meteu três bolas na trave adversária.  Mas o Furacão paranaense matou o jogo numa cobrança de escanteio (Lucas Fonseca cochilou) e, quando estava todo na frente, num contragolpe nas costas de Nino (outra vacilada de Lucas, na pequena área).  A torcida chegou junto (cerca de 35 mil nas arquibancadas), empurrou mas os Athleticanos souberam se defender. É uma equipe competente e competitiva.

   Foi a primeira derrota do Bahia na Fonte Nova, na competição. Com o resultado, o Bahia caiu uma posição na tabela de classificação. Agora é o sétimo colocado, com seus 37 pontos ganhos, ainda na frente de Grêmio e do próprio Athlético.  A rodada segue.       

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Com a bola rolando...

- Em campo um Bahia que estava invicto há sete meses, atuando na Fonte Nova; o Athlético, Furacão Paranaense, o atual campeão da Copa do Brasil, já com vaga garantida na Libertadores de América, paroano. Uma rivalidade sadia e quente alimentada pelos recentes confrontos entre as equipes, jogos pegados e com polêmicas de arbitragem, o tal do VAR decidindo. 

 - E a partida não começou diferente. E até o final foi jogada em alta velocidade, com pegada forte, leal, as duas equipes buscando o gol. Logo aos 6 minutos Nikão torceu  o joelho numa dividida com Gregore e deixou o gramado, substituído por Thonny  Anderson.

 - Aos 8’, depois de uma roubada de bola de Artur, Gilberto encarou o goleiro e caiu na área; o torcedor queria marcação de pênalti mas o árbitro mandou seguir (a falta aconteceu, de Lucho, mas foi fora da área). Aos 11’, o mesmo Lucho disparou uma bomba de longe assustando o goleiro Douglas e o torcedor.

 - Bom ritmo e muitos lances de área, lá e cá. Aos 23’, Artur levantou, Gilberto testou mas o goleirão  ficou com a bola. Aos 26’, Gilberto caiu de novo na área, a torcida chiou mas o árbitro nem tchum. Aos 28’, foi a vez de Thonny testar bola cruzada da esquerda, Douglas ficou com ela.  Na sequência, contragolpe do Bahia e Madson salvou na pequena área.      

 -  Trave ! Aos 34’, Artur garrinchou pela direita, cruzou e Gilberto mergulhou de cabeça; a bola chocou-se no travessão, caprichosamente. 

- Dois minutos depois, após troca de bola rápida no ataque, Gilberto finalizou de frente, livre, a bola subiu um pouco, passou a palmo do travessão paranaense. O melhor momento do Bahia.  Aos 47’, Artur achou Nino que cruzou rasteiro, na pequena área, mas Gilberto e Élber não alcançaram.

   Fo um primeiro tempo de primeira !  Bom de ver, intenso. Equilíbrio, mas o Tricolor desfrutou das melhores chances de gol. Poucas faltas e boa arbitragem nessa etapa.

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  - Os mesmos atletas em campo na volta dos vestiários. Os tricolores mais contidos no começo, com a bola mais nos pés dos athleticanos. Proposta tática de contragolpe ou ...

  - Trave !  Aos 10’, Élber fez ótima jogada, tabelou com Gilberto que meteu o pé, acertando mais uma vez a trave paranaense; no rodapé do poste, o goleiro Santos espiando. Faltou um pouco de sorte e, no futebol, se diz:  - quem não faz,  toma!  Pois ...   

  - Gol ! 1 x 0 Athlético. Aos 12 minutos. Escanteio da esquerda, bola alçada, Lucas Fonseca cochilou, Thonny triscou e a bola descaiu na pequena área, lado oposto; Cirino, esperto, testou, ela bateu no travessão e entrou. O baiano Cirino, cruel !   

 - Roger tirou Guerra, com cartão amarelo, e colocou Lucca, aos 13’. O Bahia foi pra cima.

 -  Trave ! Aos 15’, o Tricolor entrou tabelando e Élber foi derrubado na meia-lua. A falta batida  por  Lucca, forte e a meia altura, foi espalmada pelo goleio Santos; Nino chegava e encheu o pé no rebote, acertando a trave, de novo. A terceira bola na trave dos sulistas. Não entra !  Então ...

- Gol ! 2 x 0, Athlético, Cittadini.  Com o Bahia todo na frente, o chutão pra esquerda pegou Thonny nas costas de Nino, o cruzamento de fundo saiu certeiro, Lucas Fonseca não cortou e Cittadini completou na pequena área.

  - Roger lançou o grandalhão Fernandão em campo, no lugar de Flávio. O Bahia foi todo pro ataque e o Furacão, como gosta, só nos contragolpes em velocidade, perigoso.  Saiu Artur, sentindo algo na perna, entrou Arthur Caíke. Mudou o jeito de atacar do Bahia, com cruzamentos altos para a dupla Gilberto/Fernandão. Deu certo...

  - Gol ! 2 x 1 , Bahia, aos 31’. Cruzamento na medida de Nino, da direita, Fernandão voou e testou, inapelável. O Tricolor voltou para o jogo. A torcida apoiando.

  - Mas, aos 33’, Douglas precisou fazer uma defesa elástica, espalmando chutaço venenoso de Citadini. Nada definido. Aos 39’, numa saída de bola errada de Lucca, na área baiana, Bruno Guimarães roubou e bateu cruzado, rasteiro para uma intervenção milagrosa de Douglas.

  - Aos 41’, Fernandão pegou uma bola arriando na área, frontal, de prima, mas chutou muito mal, perdendo a chance do empate. O Bahia continuou em cima e o Furacão travando, gastando tempo, dando chutões, defendendo-se...   e assim venceu a partida, com seus méritos e uma pitada de sorte também.

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   Destaques      

   - Douglas com boas defesas e sem culpa nos gols. Nino e Moisés com altos e baixos. Lucas Fonseca não foi bem nos dois lances de gol, em cima dele. Gregore e Flávio dinâmicos e eficientes. Guerra sabe jogar mas lhe faltam pegada, força física, flama. Artur e Élber fizeram um bom primeiro tempo, correria e ofensividade. Gilberto meteu duas na trave, chutou uma por cima, não esteve numa noite de sorte. Fernandão  fez o gol e brigou.

   - O Athlético é uma equipe coesa, bem treinada, perigosa. Defende-se com garra, ataca sempre com perigo. Não à toa é o campeão da Copa do Brasil.  Lucho, Marcio Azevedo, Bruno, Cittadini, Rony ...   bons valores.  

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Ficha técnica

- Bahia :  Douglas,  Nino, Lucas Fonseca,  Juninho e Moisés; Gregore, Flávio(Fernandão)  e Guerra (Lucca); Élber, Gilberto e Artur (Caíke). Treinador:  Roger Machado.

- Athlético(PR) : Santos, Madson, Thiago Heleno (Adriano), Leo Pereira e Márcio Azevêdo; Lucho (Erick), Bruno Guimarães e Cittadini; Nikão (Thonny), Cirino e Rony. Treinador, Tiago Nunes.

Arbitragem paulistana, com VAR; no apito, Raphael Claus. Seguro, sem queixas.


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